sábado, 8 de janeiro de 2022

Comentário Bíblico Mensal: Janeiro/2022 - Capítulo 2 - Vida e Obra do Ministério de Cristo

 




Comentarista: Henrique Lins



Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 4.12-25


12. Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia;

13.E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali;

14.Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz:


15. A terra de Zebulom, e a terra de Naftali, Junto ao caminho do mar, além do Jordão, A Galiléia das nações;

16. O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte,A luz raiou.

17. Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.

18. E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;

19. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.

20. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.

21. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes;

22. E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.

23. E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

24. E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava.

25. E seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia, e de além do Jordão.



Momento Interação

O Evangelho de Mateus é o primeiro livro do Novo Testamento. Ele era o principal Evangelho utilizado pela Igreja Primitiva. Através do evangelho de Mateus, todo cristão verdadeiro é instruído a cumprir com gratidão o serviço de anunciar o Reino de Deus. Neste capítulo faremos um panorama completo sobre o Evangelho de Mateus. Saberemos quem foi seu autor, a data provável em que foi escrito, o propósito, características e o esboço dessa obra tão importante para todos nós.

Introdução

O propósito e tema do Evangelho de Mateus é apresentar Jesus como o Messias, o Filho de Deus. Ele é descrito no primeiro Evangelho como sendo o cumprimento das profecias anunciadas pelos profetas no Antigo Testamento. Logo na genealogia do capítulo 1, o Evangelho de Mateus mostra que Jesus é o tão esperado rei prometido. O reino que Ele trouxe é o cumprimento do plano de redenção de Deus. O Evangelho de Mateus nos informa que Jesus: cumpriu as Escrituras; inaugurou o Reino de Deus; comissionou seus seguidores a espalhar esse reino a todos os povos, tribos e línguas; advertiu que a tarefa de evangelizar seria acompanhada de aflições e perseguições, mas também avisou que sempre estaria com aqueles que são seus. Por fim, Ele prometeu que um dia retornará e o Reino de Deus alcançará sua plena realização.

Com um arranjo sistemático muito bem feito, o autor do primeiro Evangelho traz uma categorização e organização dos temas de forma impecável. Assim Mateus nos proporciona a experiência maravilhosa de lermos os relatos do ministério de Jesus descritos por uma testemunha ocular: o próprio apóstolo Mateus. Seja como for, a verdade é que não existem argumentos realmente convincentes para que de fato a autoria do Evangelho de Mateus, pelo próprio Mateus, seja contestada. Assim, o apóstolo Mateus continua sendo o autor mais aceito entre os estudiosos, desde os mais antigos até os mais modernos. Mesmo que haja alguma dificuldade em se determinar com exatidão sua autoria, nada esconde a verdade que o próprio Espírito de Deus é o principal autor desse Evangelho.

I. O Nascimento de Jesus

O nascimento de Jesus ocorreu na pequena cidade de Belém e marcou para sempre a história do mundo. O menino judeu que nasceu em Belém não era apenas mais um homem qualquer a nascer, mas era a encarnação de Deus. Obviamente negar o nascimento de Jesus Cristo é negar o Evangelho e, consequentemente, toda a Escritura, visto que ela aponta para esse acontecimento e seus desdobramentos. O nascimento de Jesus ocorreu de forma milagrosa. Todos os humanos que já nasceram na história da humanidade, nasceram da relação entre um homem e uma mulher. Mas o nascimento de Jesus Cristo ocorreu por obra e graça do Espírito Santo (Mt 1.18). Não sabemos qual foi o mês e o dia que em que Jesus nasceu. Na verdade não sabemos com exatidão nem mesmo o ano em que se deu o nascimento de Jesus. Estamos acostumados a imaginar que isso ocorreu no ano 1 do calendário que divide a história em dois períodos: antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.).

Porém, houve um erro na contabilização desse calendário. Como resultado, posteriormente foi descoberta uma diferença que provavelmente varia entre quatro e seis anos. Mas como o calendário já estava plenamente estabelecido e em uso no mundo, era tarde demais para corrigir essa diferença. Isso quer dizer que Jesus nasceu possivelmente entre 6 a.C. e 4 a.C., apesar de parecer estranho falar isso. Na época em que Jesus nasceu, o império dominante já era o poderoso Império Romano. A língua comum em toda a região da Palestina era o grego por causa da influência do antigo Império Grego de Alexandre Magno (Alexandre, o Grande) que resultou no período helenístico.

Basicamente sob uma mesma língua e com a boa infraestrutura e segurança promovidas pelo Império Romano, havia uma unidade política nunca vista antes naquela região. Mas consequentemente, toda essa unificação também trouxe uma fragmentação interna no judaísmo. Isso porque alguns judeus eram a favor do domínio romano – especialmente por causa de seus benefícios – enquanto outros eram contra esse domínio e aguardavam por uma libertação. Por isso muitos esperavam um messias político que pudesse livrá-los do domínio estrangeiro. Na época do nascimento de Jesus, o imperador romano era Otávio Augusto. A Judeia era um estado-vassalo do Império Romano, e era governada pelo rei Herodes, o Grande. Inclusive, foi esse Herodes quem ordenou a matança dos meninos em Belém após o nascimento de Jesus (Mt 2).

II. O Ministério de João Batista

Os Evangelhos de João e de Marcos já iniciam as suas narrativas com o ministério de João Batista em pleno desenvolvimento. Já Mateus e Lucas contam um pouco mais sobre o nascimento de Jesus; e Lucas é quem traz mais detalhes sobre o nascimento de João Batista, mostrando que eles eram parentes. E Lucas descreve que João Batista nasceu na região montanhosa da Judéia (Lc 1.39), que é a região das Montanhas Centrais de Israel, e é também onde fica Belém, a cidade onde Jesus nasceu. Em Mateus 3.1, temos a indicação que ele foi para o deserto da Judéia, que fica na região próxima ao Mar Morto. Então das montanhas da Judéia, ele desce para o deserto, e depois, em Lucas 3.3, ele é visto percorrendo toda a região ao redor do Jordão, que seria provavelmente a área ao norte do Mar Morto. E mais adiante, ele é preso e levado para a prisão de Machaerus, e lá é morto. Não há como negar a importância desse personagem bíblico, sendo primo de Jesus, João Batista era filho de Zacarias e Isabel, fruto de uma concepção milagrosa, já que sua mãe era idosa e estéril (Lc 1.57-66). João Batista desde cedo já sabia qual era o seu propósito aqui na terra: Anunciar a vinda de Jesus Cristo – o Salvador – e ele permaneceu fiel ao seu chamado.

O profeta Isaías já havia profetizado a respeito dele. E isso é confirmado no texto de Mateus: "Naqueles dias surgiu João Batista, pregando no deserto da Judéia. Ele dizia: Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo”. Este é aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías: “Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele" (Mt 3.1-3). Quando o Espírito de Deus o dirigiu ao deserto para iniciar seu ministério de pregação, não hesitou em obedecer (Lc 1;80; Mc 1.2-6). Ele viveu no deserto até começar seu ministério, não bebia álcool, vestia roupa de pêlos de camelo e comia gafanhotos e mel. Seu ministério consistia em andar pela região do rio Jordão e pregar que as pessoas precisavam se arrepender de seus pecados para serem perdoadas. João, pregava sobre o evangelho do arrependimento, avisando que Deus pune o pecado e que ninguém poderia escapar só por ser judeu de nascimento. Ele pregava que era necessário se arrepender e viver de maneira que agrada a Deus (Lc 3.7-9). Suas pregações atraíram muitas pessoas que eram batizadas por imersão, como um sinal de sua purificação, pois agora eram novas criaturas.

João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele: “Raça de víboras! Quem lhes deu a idéia de fugir da ira que se aproxima? Dêem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão (Lc 3.7,8). Muitas pessoas achavam que ele era o Messias, mas João sempre explicava que viria alguém maior que ele e que este iria batizar com o Espírito Santo (Mc 1.7,8). Até que certo dia, Jesus chegou para ser batizado, João não queria batizá-lo pois sabia que Jesus era superior a ele, mas Jesus insistiu e então foi batizado. Neste momento,  João Batista viu o Espírito Santo descer sobre ele como uma pomba e ouviu uma voz proclamar que Jesus era o Filho de Deus. A partir de então, João passou a anunciar Jesus como o Messias (Jo 1.29-31). No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que vim batizando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel” (Jo 1.29-31).

O significado de humildade tem a ver com conhecermos a nós mesmos. Sabermos quem realmente somos de forma equilibrada. Paulo fala na carta aos Romanos, capítulo 12 verso 3: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. João sabia qual era a identidade d’Ele em Deus. Por mais que alguns pudessem pensar que ele era o Messias, ele sabia exatamente quem ele era. E que ele estava ali para preparar o caminho para o verdadeiro Messias. Ele se coloca na posição de alguém que não era digno nem mesmo de desatar as sandálias de Jesus.

III. O Ministério de Jesus

O ministério de Jesus Cristo na terra começou com sua encarnação. A Bíblia diz que por obra e graça do Espírito Santo, Jesus foi concebido de uma jovem virgem de Nazaré, chamada Maria (Mt 1.18). Os estudiosos geralmente organizam o ministério de Jesus em duas grandes partes: sua humilhação e sua exaltação — essa última permanece até hoje e se estenderá por toda eternidade futura. A ideia de entender o ministério de Jesus como sua humilhação, não está relacionada apenas à sua origem humilde na terra, mas ao que Ele precisou deixar para trás para poder assumir a forma de servo e ser achado verdadeiramente humano.

Aqui jamais podemos nos esquecer de que o ministério de Jesus não foi exatamente igual ao ministério dos profetas do Antigo Testamento, por exemplo. Isso porque embora Cristo tivesse sido feito plenamente homem, Ele também era plenamente Deus. Em outras palavras, durante seu ministério Jesus não deixou de ser Deus para ser homem; mas Ele assumiu a natureza humana abrindo mão, temporariamente, de seus privilégios como Deus. Contrariando a expectativa judaica de que o Messias prometido nasceria num berço ouro, a Bíblia nos informa sobre como Jesus Cristo nasceu de forma humilde na pequena cidade de Belém. Em seguida, conforme mandava a Lei, Jesus foi circuncidado e consagrado no Templo em Jerusalém (Lc 2.21,22).

Depois, Herodes, o Grande, ordenou a morte dos meninos recém-nascidos em Belém. Isso fez com que a família de Jesus tivesse que passar um tempo no Egito. Mas a Bíblia não fornece quase nenhum detalhe a respeito da infância, adolescência e juventude de Jesus. O texto bíblico diz apenas que Jesus se desenvolveu em sabedoria, estatura e graça (Lc 2.52). O único episódio específico registrado na Bíblia sobre a infância de Jesus é aquele em que com apenas doze anos de idade Jesus foi encontrado no templo, sentado entre os especialistas da Lei. Então a Bíblia registra o início de seu ministério público quando Jesus já estava numa idade adulta. A Bíblia diz que Jesus começou seu ministério público quando tinha cerca de trinta anos de idade (Lc 3.23). À luz dos textos dos Evangelhos, especialmente do Evangelho de João, parece que o ministério público de Jesus durou cerca de três anos. O evento que marcou o início do ministério público de Jesus foi seu batismo por João Batista no rio Jordão (Mc 1.9; Jo 1.28).

IV. Jesus escolhe os seus Discípulos

Como crentes, temos consciência do valor que a pregação da Palavra tem para a construção do Reino de Deus. Todavia, quando lemos os Evangelhos, acabamos descobrindo que Jesus, durante o seu ministério terreno, ensinou mais do que pregou. Na verdade, suas pregações, mesmo quando proclamações, eram recheadas de conteúdo pedagógico. Esses fatos nos mostram a importância que o ensino tem para um aprendizado eficiente. Nesta lição, aprenderemos com o Mestre dos mestres como Ele ensinou os seus seguidores e como, dentre eles, formou seus discípulos. Os discípulos se sentiram motivados a orar quando viram seu Mestre orando (Lc 11.1-4). As palavras de Jesus eram acompanhadas de atitudes práticas. De nada adianta a beleza das palavras se elas não vêm acompanhadas pelas ações (Tg 1.22). O povo se convence mais rápido pelo que vê do que pelo que ouve. Por isso, o Mestre exortou os seus discípulos a serem exemplos (Mt 5.16).

Jesus, o homem perfeito, foi o Mestre por excelência. A maior parte do seu ministério foi dedicada a ensinar e a preparar os seus discípulos (Lc 4.15,31; 5.3,17; 6.6; 11.1,2; 13.10; 19.47). Portanto, o ministério de Jesus foi centralizado no ensino. As Escrituras registram que as pessoas ficavam maravilhadas com o ensino do Senhor (Lc 4.22). Elas já estavam acostumadas a ouvir os mestres judeus ensinando nas sinagogas (Lc 4.20). Porém, quando ouviram Jesus ensinando, logo perceberam algo diferente! (Mt 7.28,29) O que era? Ele as ensinava com autoridade, e não apenas reproduzindo o que os outros disseram. A natureza de seu ensino era diferente — seu ensino era de origem divina (Jo 7.16). 

De fato, a Escritura mostra que algumas vezes a iniciativa do chamamento parte do próprio Senhor Jesus. Enquanto pregava e ensinava, Jesus observava as pessoas a quem iria chamar (Mc 1.16-20). Em alguns casos, o chamamento veio através da indicação do Batista (Jo 1.35-39). Houve também pessoas que se ofereceram para serem seguidoras de Jesus (Lc 9.57,58,61,62). E, finalmente, existiram os que foram conduzidos até Jesus por intermédio de amigos (Jo 1.40-42,45,46). Dessa forma, todas as classes foram alcançadas por Jesus. E foi dentre esses seguidores que Jesus chamou doze para serem seus apóstolos (Lc 6.13-16).

Jesus deixa bem claro quais são as implicações envolvidas na vida daquele que aceitasse o chamado para ser seu discípulo. Tornar-se discípulo é bem diferente de se tornar um simples aluno. No discipulado, o seguidor passa a conviver com o mestre, enquanto na relação professor-aluno essa prática não está presente. O aprendizado acontece diuturnamente, e não apenas durante algumas aulas dadas em domicílio ou numa sala. Quem quiser segui-lo deve, portanto, avaliar os custos. Seguir a Cristo envolve renúncia, significa submissão total a Ele. Jesus lembrou as pessoas desse custo, pois não queria que o seguisse apenas por empolgação (Lc 14.25-27). Muitos querem ser discípulos mas não querem renunciar nada. Às vezes precisamos sacrificar até mesmo o nosso relacionamento religioso na família, abrir mão de algumas coisas para seguir a Jesus.

Conclusão

O ministério de Jesus consistia no ensino da Palavra de Deus, na pregação do Evangelho do Reino e na cura dos doentes (Mt 4.23; Lc 4.44; 8.1). No texto de Lucas 9.1,2, vemos Jesus enviando os doze: “E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios e para curarem enfermidades; e enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos”. “Pregar” é a tradução do verbo grego kerysso, que possui o sentido de “proclamar como um arauto”. Jesus treinou seus discípulos com uma missão específica — serem proclamadores da mensagem do Reino de Deus. Proclamar o Evangelho do Reino ainda continua sendo a principal missão do Corpo de Cristo! Quando a Igreja se esquece desse princípio, ela perde o seu foco.

O Evangelho de Cristo provê tanto a cura para a alma como também para o corpo. O Evangelho de Mateus revela com clareza que o Senhor Jesus proveu tanto a cura como a libertação para todos aqueles que se achegavam a Ele com fé e contrição (Mt 8.16,17). Embora a obra redentora de Cristo tenha o seu centro na cruz, Ele já era redentor da doença e do pecado durante o seu ministério terreno. Os discípulos, portanto, precisavam levar à frente essa verdade a todos os locais. Jesus ensinou os seus discípulos, mas não os ensinou de qualquer forma nem tampouco lhes deu qualquer coisa como conteúdo. Ele lhes ensinou a Palavra de Deus. Mas até mesmo o ensino da Palavra de Deus, para ter eficácia, precisa ser acompanhada pelo exemplo, valer-se de recursos didáticos eficientes, firmar-se em valores e possuir um objetivo claro e definido. Tudo isso encontramos com abundância nos ensinos de Jesus.

Recomendação de Leitura da Semana: SILVA, Oliveira. A Missão dos Discípulos de Cristo. São Paulo: Evangelho Avivado, 2018.


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