Acena
se repete muitas vezes. O marido e a esposa sentam frente a um
conselheiro matrimonial ou um líder religioso, descrevendo o seu
casamento problemático. Brigas quase constantes acabaram com a
intimidade do relacionamento. Tanto que, é comum um dizer ao outro: “Eu
não te amo mais!” O que pode ser feito por casais que “se
desapaixonaram” um pelo outro? O divórcio, muitas vezes, parece ser a
única saída. Afinal, como poderia uma pessoa se forçar a amar outra
pessoa? Ou a pessoa ama ou não ama! Quem quer continuar em um casamento
sem amor?
É
triste que tantas pessoas parecem acreditar que o amor é, em primeiro
lugar, uma reação de glândulas. Nós nos “apaixonamos” e então “deixamos
de estar apaixonados” na mesma velocidade. Duas pessoas são atraídas uma
a outra e um casamento é feito com pouco mais fundamento que “nossas
idéias realmente batem”. Quando param de “bater”, o casamento é desfeito
como um erro infeliz. O verdadeiro erro é basear um relacionamento para
toda a vida em amor romântico!
A
palavra de Deus dá direcionamento para o casal que “deixou de estar
apaixonado”. O mandamento é: “Comece a amar!” O apóstolo Paulo escreveu
do amor que um marido deve manifestar para com a sua esposa. Guiado pelo
Espírito Santo (1 Coríntios 2:10-13), ele mandou os maridos a amarem as
suas esposas, porém ele usou uma palavra para “amor” que descreve um
amor de escolha moral ao invés de um de emoção (Efésios 5:25, a palavra
grega ágape). Este amor não é necessariamente sem emoção, mas não
encontra a sua base na paixão humana. É expresso em bem-querer ativo
para com o seu objeto ao invés de um sentimento alegre que deixa as
pernas moles e um frio no estômago!
A
noção na nossa sociedade é de que uma vez que o fogo do amor romântico
se apague, há pouco a fazer a não ser terminar o casamento pelo
divórcio. Quando a afeição pelo parceiro está “fraca” por causa de
conflito e a tensão resultante, as pessoas se descrevem como “não
apaixonadas”. O fogo do amor romântico pode ser quente, mas a brisa
causada pelas circunstâncias da vida pode o apagar. O amor de escolha
moral, por outro lado, pode parecer um pouco frio por comparação, mas é
um amor que pode suportar até os momentos mais tempestuosos do
casamento. Eu escolho amar a minha esposa, não porque ela está de alguma
maneira amável no momento (uma situação hipotética, é claro), mas
porque é a coisa certa a fazer. É o que Deus manda e ele compreende a
dinâmica do relacionamento matrimonial melhor que eu.
O amor mandado por Deus não é apenas um “Eu te amo” e um beijinho na bochecha. É o bem-querer ativo.
Ele nos leva a buscar o bem-estar um do outro independentemente do
comportamento daquele. O marido que ama busca o melhor para a sua esposa
mesmo quando o relacionamento está difícil por causa de discussão ou
conflito.
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