quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Comentário Bíblico Mensal: Janeiro/2019 - Capítulo 2 - O Avivamento Genuinamente Bíblico




Comentarista: Leonardo Pereira



Texto Bíblico Base Semanal: Jeremias 29.8-14

8. Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos, que sonhais;
9. Porque eles vos profetizam falsamente em meu nome; não os enviei, diz o Senhor.
10. Porque assim diz o SENHOR: Certamente que passados setenta anos em babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar.
11. Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
12. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.
13. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.
14. E serei achado de vós, diz o Senhor, e farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Senhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.

Momento Interação

O verdadeiro avivamento é o avivamento que se encontra dentro das Escrituras Sagradas. Existem movimentos que parecem ser avivamento mas que não é avivamento. Para sabermos sobre o avivamento que o Senhor Deus nos envia, somente e plenamente, precisamos retornar as Escrituras Sagradas pois é lá que se encontram os fundamentos verdadeiros e reais do pleno avivamento do Senhor que manda ao Senhor.

Introdução

Avivamento em primeiro ponto de significado é tornar mais ardente, e o que temos visto nestes últimos dias é exatamente um frio constante e inextinguível nas igrejas, cumprindo Mateus 24.12 “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Ao entrar na questão de questionar essa passagem entre os cristãos, mitas vezes achamos que esse amor é referente ao amor mundano, o amor vivido pelas pessoas que não conhecem a Cristo, mas pergunto então que amor esfriaria de uma pessoa que não conhece a fonte do amor que é Jesus? Ou seja, se alguém tem amor pra esfriar é exatamente o povo cristão, porque esses receberam amor do Pai celeste, esses receberam amor da fonte que é Cristo. Neste capítulo abordaremos acerca do estudo sobre o avivamento genuinamente bíblico e as suas bases nas Escrituras Sagradas.

I. O Avivamento Começou no Éden

Quando Deus formou o homem do pó da terra (Gn 2.7), disse ele: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa  semelhança" (Gn 1.26), e assim o fez. Que privilégio para o homem ser feito à imagem e semelhança da santidade de Deus e, semelhantemente, da sua misericórdia, bondade, amor, e muito mais.

Deus preparou um local para o homem habitar. Um local especial chamado Éden. Deus providenciou, em sua sabedoria, um lugar santo, onde o pecado não existia, um local onde sua imagem e semelhança, espiritualmente falando, habitaria, e assim o fez (Gn 2.8). O Senhor detalhadamente descreveu esse lugar em Gênesis 2.8-14. Eu gostaria que você analisa-se cuidadosamente a riqueza. Não é por menos. Quem habitaria ali era o Senhor, Deus Único (Gn 3.8). O Éden era um verdadeiro santuário até a introdução do pecado por Eva e Adão (Gn 3.6). Deus já estava começando a mostrar seu plano, que era habitar juntamente com seu povo, sua criação.

Adão e Eva tinham, no Jardim do Éden, perfeita comunhão com Deus e o melhor ambiente que se possa imaginar. Com acesso à árvore da vida, eles não envelheciam, nem adoeciam. Quase não tinham restrições; um fruto somente era proibido. Mas o diabo, na forma de uma serpente, tentou Eva e ela comeu do fruto proibido, e o repartiu com Adão. Essa desobediência fez com que eles fossem separados de Deus, expulsos do jardim, e privados da árvore da vida. Mas Deus desejava trazer o homem de volta à perfeita harmonia com ele. Para isso tinha desenvolvido um plano restaurador antes mesmo de haver criado o mundo. Quando o primeiro casal pecou, ele começou a desenvolver esse plano progressivamente. Através do Velho Testamento, Deus fez promessas importantes que levaram o homem a entender como o Senhor haveria de reconciliá-los consigo.

Imediatamente depois do pecado do homem, Deus amaldiçoou o diabo: "Porei  inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te  ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn 3.15). Essas palavras revelavam como Satanás continuaria a opor-se aos melhores interesses do homem, mas um descendente da mulher destruiria o poder dele. A referência ao descendente da mulher é incomum, porque quase sempre a linhagem é traçada através do homem. À luz do cumprimento podemos ver como essa declaração foi apropriada, uma vez que o descendente em questão, Jesus Cristo, não teria um pai terrestre. A derrota de Satanás é descrita na forma de um homem pisando sobre uma serpente, assim ferindo seu próprio calcanhar, mas esmagando a cabeça dela. Essa promessa seria cumprida de um modo notavelmente claro.

II. Confissão de Pecados: Prosseguimento para o Avivamento

Desde Adão e Eva, o pecado tem corrompido nosso mundo e manchado nossas vidas. Deus ofereceu aos homens inúmeras oportunidades para serem limpos do pecado, mas as pessoas, egoístas, concupiscentes, continuam pecando. O problema é tão difundido que Paulo afirmou: "Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus" (Rm 3.23) e "...assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Rm 5.12). Na verdade, aqui temos um problema. O mais completo argumento da Bíblia sobre o assunto da culpa humana é encontrado nos capítulos da abertura do livro de Romanos. Paulo principia com a mensagem do evangelho da salvação para os judeus e gentios (Rm 1.16). O fato que os homens precisam de salvação implica em que eles estão perdidos, separados de Deus pela barreira do pecado (cf. Is 59.1-2). Paulo desenvolve sua tese muito claramente, começando pelos gentios e então voltando para os judeus.

Paulo disse que os gentios eram culpados porque tinham fechado seus olhos à evidência da existência e justiça de Deus. Eles não glorificavam a Deus, em vez disso adoravam a criatura antes que o Criador (Rm 1.25). Tal rejeição da pessoa de Deus levou rapidamente à rejeição de seus princípios: "Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames, porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro" (Rm 1.26-27). Não somente tais pessoas começaram a praticar o homossexualismo, mas também acrescentaram malícia, avareza, homicídio, desobediência aos pais e vários outros pecados dignos de morte (Rm 1.28-32). É com tristeza que vemos este antigo cenário sendo repetido hoje em dia. Numa época em que a evolução nega a existência de Deus, religiões politeístas e místicas estão se tornando crescentemente proeminentes e homens estão defendendo como "normal" toda a perversão da lei de Deus, desde a desonestidade à homossexualismo e ao adultério.

Pessoas religiosas, freqüentemente, acham muito fácil condenar tais horríveis pecados. Mas Paulo não parou depois de definir o mal dos gentios. Ele imediatamente voltou sua atenção para aqueles que deveriam ser considerados o povo mais espiritual de sua época, os judeus. Estes descendentes de Abraão conheciam a lei e aborreciam a carnalidade dos gentios. Mas seriam eles melhores por isso? Paulo não deixou espaço para auto-justificação quando se voltou para os judeus e perguntou: "Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa" (Rm 2.23-24). Finalmente, Paulo mostrou que os dois grupos gentios e judeus tinham uma coisa em comum: "Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus" (Rm 3.23). Muitas outras passagens ilustram este ponto e, muito significativamente para nós, demonstram claramente nossa própria culpa. Se todos pecaram, então eu tenho pecado. Eu o desafio a ler as passagens do Novo Testamento que relacionam os pecados, considerando cuidadosamente sua própria vida. Toda pessoa honesta e responsável perceberá, por estas passagens, que está condenada pelo pecado. Quando Deus relaciona tais pecados, está claramente pronunciando nossa culpa. Fazer o que Deus proibiu é pecado (1Jo 3.4). Não fazer o que ele exigiu é pecado (Tg 4.17). A conseqüência do pecado é a eterna separação de Deus (Rm 6.23; 2 Ts 1.8-9). Eu tenho pecado. Você tem pecado. Necessitamos do perdão misericordioso de Deus.

Devemos confessar os nossos pecados a Deus para receber perdão. João escreveu aos cristãos: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1.8-9). A confissão aqui é feita pelo cristão ao Pai, com ajuda do Advogado Jesus Cristo. Alguns pecados não precisam ser confessados a outros homens, mas todos precisam ser confessados ao Senhor para receber o perdão dele. Devemos confessar os nossos pecados às pessoas que ofendemos. Jesus mostrou que tal confissão é necessária para receber o perdão do irmão ofendido: "Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lc 17.3-4).

III. A Busca Constante pelo Senhor

A nossa busca por Deus precisa ser diligente. O que significa isso?  Significa que devemos nos entregar à busca por Deus com uma prioridade   e paixão com as quais não investimos em qualquer outra busca. Deus deve vir primeiro em nossos corações. Devemos estar prontos a sacrificar qualquer outra coisa – na verdade todo o resto – para ver a face dele. Nossos corações têm de estar livres de qualquer interesse que entre em conflito ou qualquer desejo que compete. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8). Em nosso anseio por Deus devemos ser totalmente sinceros, e em nossa busca por Deus devemos estar apaixonadamente comprometidos. Ele merece nada menos que o nosso todo.

A maneira que Deus fez o mundo é tal que achamos necessário buscá-lo e procurá-lo, mas na verdade ele “não está longe de cada um de nós” (At 7.27). O fato de ele parecer escondido neste mundo quebrado não é para dificultar a nossa busca, e sim para nos instigar a procurá-lo. Enquanto stimula nosso apetite por ele, Deus está nos desmamando de nossa rebelião uto-suficiente e pecaminosa. Está nos ensinando a amá-lo. Com as evidências e seu poder, e as amostras amorosas de sua bondade, ele nos puxa para a sua presença eterna. “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor” (Os 11.4). É prazeroso para Deus ser encontrado por todos aqueles que anseiam por ele em amor honesto e obediente.

Deus não é neutro em relação à inclinação dos nossos corações. O seu desejo é que nós o encontremos. Ele anseia por aqueles que se alegram com ele. “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros” (Tg 4.8). Ainda há um perigo: não podemos mentir a nós mesmos dizendo estarmos buscando a Deus se de fato são apenas algumas das bênçãos de Deus que buscamos. Resistindo à tendência de nos concentrarmos em nós mesmos, devemos aprender a buscá-lo, contente e simplesmente. Quando assim o fizermos diligentemente, nossa recompensa será o próprio Deus, que suprirá os nossos anseios mais profundos de acordo com o plano do próprio amor dele. Tendo buscado a Deus fervorosamente, seremos enriquecidos pela alegria de um coração que transborda com sua glória.

Conclusão

Vamos considerar as coisas que, conforme diz o salmista, nos admoestam.  A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos. O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo....” (Salmo 19.7-11a). Às vezes, temos a tendência de ignorar avisos porque achamos que não se aplicam a nós. Os tripulantes do navio Titanic foram avisados sobre o perigo de icebergs, mas eles baixaram suas defesas porque acreditavam que o navio fosse inafundável. O resultado foi a morte de 1.600 pessoas. A palavra de Deus nos ensina que haverá um julgamento e que a maneira de sobreviver a este julgamento é atender à Palavra. Quando Pedro ouviu do Senhor que ia negá-lo três vezes naquela noite, ele não deu a devida importância ao aviso. Nós, como Pedro, podemos nos tornar confiantes demais e ignorar os avisos. Como resultado, sofreremos as consequências. Há muitos avisos na palavra de Deus que as pessoas ignoram. Por exemplo, Jesus avisa que ninguém pode entrar no reino sem nascer de novo (Jo 3.1-5). Milhões não dão ouvidos a este aviso. Eles confiam na sua moralidade, nas suas boas obras ou na sua fé. Mas Jesus foi bem claro: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. Uma pessoa nasce da água e do Espírito quando obedece o mandamento de Deus para se arrepender e ser batizada (At 2.38). Deus nos avisa, também, que temos um inimigo que procura nos destruir. É este mesmo inimigo que nos faz ser confiantes demais. Foi o mesmo inimigo que convenceu Eva no jardim que ela não morreria se comesse do fruto proibido (Gn 3). Este inimigo é um “leão que ruge” que procura nos devorar (1 Pe 5.8). Este inimigo é agressivo e um enganador que procura nossa ruína total. Este inimigo é o Diabo. Devido à natureza do Diabo, somos avisados da importância de der sóbrios e vigilantes.

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