sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Comentário Bíblico Mensal: Agosto/2019 - Capítulo 3 - A Meditação nas Escrituras Sagradas




Comentarista: Matheus Santos



Texto Bíblico Base Semanal: Neemias 8.1-9

1. E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.
2. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
3. E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.
4. E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
5. E Esdras abriu o livro perante à vista de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
6. E Esdras louvou ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao Senhor, com os rostos em terra.
7. E Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías, e os levitas ensinavam o povo na lei; e o povo estava no seu lugar.
8. E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
9. E Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.

Momento Interação

A Bíblia dá muito valor à meditação (1 Tm 4.15). Mas o tipo de meditação mencionado na Bíblia não se refere a esvaziar a mente nem a ficar repetindo certa palavra ou frase como um mantra. Em vez disso, a meditação bíblica envolve refletir em assuntos positivos, como as qualidades de Deus, seus padrões e as coisas que ele criou. “Medito em todas as tuas ações, refletindo sobre a obra de tuas mãos”, orou um fiel servo de Deus (Sl 143.5). A meditação nos ajuda a ter forças para fazer o que é certo e a ser pessoas maduras e equilibradas. Assim, conseguimos falar e agir de forma sábia (Pv 16:23) Portanto, esse tipo de meditação contribui para uma vida feliz e satisfatória. 
Bons Estudos!

Introdução

“Meditação” é a palavra da moda em nossos dias. Todos praticam meditação. Muitos sites que tratam de produtividade dizem que quando você começa a se sentir improdutivo é realmente útil fazer um “intervalo para meditação”.  A verdade é que a Bíblia também fala muito sobre meditação. Salmo 1.2 diz a respeito do homem de Deus: “… o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”.  Isso leva-me a perguntar: o que exatamente é a meditação? De acordo com a nossa cultura, meditação é o relaxamento da mente até o ponto em que pouco ou nenhum pensamento ocorre. De acordo, porém, com as Escrituras, meditação é a concentração intensa da mente que permite uma prática profunda de pensar. O objetivo da meditação secular é esvaziar a mente. O objetivo da meditação bíblica é preencher a mente com a verdade de Deus. Definindo de maneira sucinta, a meditação bíblica é a prática de encher a mente com a Palavra de Deus com o propósito de aplicar a Palavra. Sendo assim, como vamos meditar na Palavra de Deus? Como isso acontece na prática? Estudaremos isto no capítulo de hoje.

I. A Importância da Leitura Bíblica

A Bíblia foi escrita num período muito longo, aproximadamente 1500 anos. São diversos autores, são mais de 40 homens ungidos pelo Espírito Santo, eram pessoas de todas as classes sociais, do humilde ao nobre. Desde a sua finalização, Já são quase 2 mil anos. Apesar dos milênios, continua na sua forma original. Com certeza, é a mão do Senhor na sua preservação. É um livro especifico para o povo de Deus. O ímpio a encara como mais uma literatura e não dão a devida credibilidade às suas informações. Ela foi escrita para os eleitos! E para aceita-la é necessário crer integralmente em suas informações. É um Livro de Fé, para um povo de Fé. Explicá-la e praticamente desnecessário. Entende-la, não depende de uma boa formação cultural, de sabedoria, ou mesmo dominar sua língua original. Na verdade apenas aceita-se seus princípios, sem questioná-los!

É a única fonte reveladora de Deus, Sua vontade e propósitos para Seus filhos. Aos que querem viver em comunhão com o Eterno, precisam conhecê-la e meditar em suas verdades. A seguir forneço diversos textos, nos quais podemos ver, o que a Bíblia diz a seu próprio respeito. Medite. A Bíblia tem sua origem no coração do Senhor e segundo o Espírito Santo foi revelada a homens puros.

Para o salmista (Sl 1.1,2) a meditação nas escrituras é em primeiro lugar uma atitude profundamente realizadora. Pois o justo tem prazer na leitura da Palavra. Procura ler as escrituras encontrando nelas a sua regra de vida. Ler as escrituras é mais do que um mero exercício acadêmico. É uma forma de relacionamento com o autor primário. É relacionar-se com Deus. Meditar na lei do Senhor é se achegar a santa palavra com atitude reverente e com espírito de oração. A segunda implicação é que neste tipo de leitura não é preciso pressa. O salmista medita na lei do Senhor de dia e de noite. Profundidade exige tempo, dedicação. Não se achega perante o eterno olhando o relógio. A cultura do descartável e do efêmero não tem vez aqui. É preciso recitar interiormente o texto até absorve-lo. É necessário dedicar-se a observação.

II. A Importância da Meditação Bíblica

Como fazer uma leitura proveitosa das escrituras sagradas? Como compreende-la com profundidade sem incorrer em equívocos? Como conciliar a seriedade necessária para a leitura e estudo bíblico com crescimento e devoção pessoal? Estas são perguntas que muitas pessoas se fazem e que demandam o esforço.

a) Medite em oração: Quando lemos a Bíblia, não estamos apenas lendo um livro − estamos lendo a Palavra Sagrada de Deus. Ela nos foi dada por Deus para que possamos conhecê-lo, amá-lo e obedecê-lo. Isso significa que nós não podemos entender de fato a Bíblia sem o poder esclarecedor do Espírito de Deus. Devemos deixar que Deus abra os nossos olhos para compreendermos e aplicarmos as verdades gloriosas que lemos nas Escrituras. Sem a atuação do Espírito de Deus, o nosso tempo devocional é seco, apático e infrutífero. Antes de ler a Palavra de Deus, ore pedindo que Deus lhe dê entendimento.

b) Medite em quietude: É difícil concentrar-se e pensar com profundidade numa passagem das Escrituras quando você está cercado por distrações. Entendo que este não é o caso de todos, mas para a maioria de nós a meditação efetiva na Palavra de Deus ocorre em lugares tranquilos.Salmo 131.2 diz: "…fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo".  A meditação eficaz acontece, geralmente, no silêncio.

c) Medite com expressão: O fato de você estar em um lugar quieto não significa que você precise ficar quieto. Deus fala conosco quando lemos as Escrituras e, geralmente, é adequado responder verbalmente ao estímulo da Sua Palavra. Tomemos por exemplo 1 Tessalonicenses 5.16-18, que diz: ” Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. A Bíblia não é um livro árido. Ela é a palavra viva de Deus. Temos de interagir com as Escrituras, responder ao seu comando, regozijarmo-nos em suas promessas e deliciarmo-nos com suas revelações.

III. Cumprindo com os Propósitos da Palavra de Deus na Vida

Meditar nas passagens bíblica é ocupar a nossa mente com o texto inspirado. Através dos padrões da verdade revelada somos libertos de estruturas mentais escravizadoras e destrutivas e começamos mudar as nossas atitudes. Pois como bem afirmou o apóstolo Paulo: "as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo" (2 Co 10.4,5). No entanto, estes ensinamentos serão verdadeiramente entendidos apenas por aqueles que se deixam envolver pelo Espírito do Senhor; os demais, que não possuem o Espírito não conseguem entende-la ou aceita-la (Jo 6.63; 2 Co 3.6) e a sua ignorância os leva ao erro (Mt 22.29; At 13.27). O Senhor Jesus e o Espírito Santo, nos capacitam a entende-la e a aceitá-la sem questionamentos (Lc 24.45; Jo 16.13; 1 Co 2.10,14). Os homens que foram transformados em novas criaturas devem observar seus ensinamentos e aceitá-los. É fonte de vida e crescimento na comunhão com o Eterno.

Conclusão

Os homens que continuam a viver segundo a carne, impulsionados pelo maligno são inimigos da palavra e para estes os seus ensinamentos são nulos (Mc 7.9-13), rejeitados (Jr 8.9) e não obedecidos (Sl 119.158). Amados irmãos, sem equívocos nenhum a Bíblia Sagrada deve ser observada e seus ensinamentos praticados no dia-a-dia. A meditação bíblica em suas verdades nos aproxima e nos faz semelhantes ao Criador.

Temos herdado dos tempos modernos a pressa, o pensamento acelerado em muitas questões, mas, sobretudo, temos sofrido com a avalanche de informações derramadas sobre nós. Ganhamos em muitas áreas com o avanço tecnológico, mas deixamos de desenvolver as percepções espirituais que apenas uma mente conectada com o céu pode perceber. Isso acontece porque as revelações Divinas não vêm quando estamos distraídos com entretenimentos ou pensamentos fúteis e egoístas, mas quando ficamos com o Texto Sagrado na mente, até conseguir absorver as Verdades contidas nele para nós. Muitas vezes, o que o Senhor deseja nos falar está nas entrelinhas, nas vírgulas, na pausa ou em apenas uma palavra que, até então, nunca tinha chamado nossa atenção. 

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