sábado, 24 de julho de 2021

As Coisas de Deus ou as dos Homens?

 




Por Leonardo Pereira



Porque Pedro, que era tão firme pela verdade, às vezes tropeçava?

Pedro é um dos mais fascinantes personagens da Bíblia. Jesus viu o potencial deste "diamante bruto" e trabalhou para lapidá-lo num apóstolo eficiente, que mais tarde se tornou qualificado para servir como presbítero (1 Pe 5.1). Houve momentos de brilho na vida de Pedro. Ele não hesitou de modo nenhum em confessar Jesus, mesmo quando outros estavam inseguros a respeito dele (Mt 16.13-20). Ele proclamava ousadamente o evangelho em Jerusalém, apesar das ameaças dos dirigentes judeus (At 4.18-31; 5.27-32). Ele tinha coragem para obedecer a Deus e pregar aos gentios, mesmo quando isso significava voltar-se contra 1500 anos de tradição religiosa (At 10; 11 e 15).

Mas Pedro também cometeu alguns erros importantes. Ele agia, frequentemente, sem parar para escolher cuidadosamente seu rumo. Nesses momentos, Pedro repreendeu Jesus por falar de sua morte que se aproximava (Mt 16.21-23), e até negou Cristo na sua hora mais difícil (Mt 26.69-75); uma vez agiu como hipócrita ao recusar associar-se com os cristãos gentios (Gl 2.11-17).

Por que o mesmo homem, que era tão firme pela verdade, às vezes tropeçava? Encontramos a chave para o entendimento de Pedro, e talvez de nós mesmos, em Mateus 16. Quando Jesus elogiou a grande confissão de Pedro, disse: "Pois isso não lhe foi revelado por carne nem sangue, mas por meu Pai que está nos céus" (v. 17). Quando Jesus repreendeu Pedro por sua interferência no plano de Deus, disse: "Não tem em mente as coisas de Deus, mas as dos homens" (v. 23). Esta é a chave para nós entendermos Pedro: Quando pensava e agia com base na revelação de Deus, ele luzia brilhantemente. Mas quando permitia à sabedoria humana dirigir, ele tropeçava e pecava.

Pedro aprendeu, finalmente, esta lição. Ele veio a entender a importância do domínio próprio, perseverança e amor, e disse que aqueles que desenvolvessem tais qualidades não tropeçariam (2 Pe 1.3-11). Este é o conselho de um apóstolo que cresceu em Cristo. É a chave para o sucesso espiritual. Precisamos enraizar firmemente nossas vidas na sabedoria da revelação de Deus. Se o fizermos, entraremos no reino eterno de nosso Salvador.


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