Por Leonardo Pereira
Enquanto preparava o material para uma aula sobre as igrejas do primeiro século, eu encontrei este trecho descrevendo a condição da religião naquela época: "...devemos lembrar que o estado não ditava nenhum sistema de teologia, que o império no início apresentava a vista de um tipo de caos religioso onde todos os cultos nacionais tiveram a proteção garantida, que o politeísmo romano era naturalmente tolerante, e que a única forma de religião que o estado não suportava era uma que era equivalente a um ataque ao sistema politeístico como um todo, já que esta colocaria em perigo o bem-estar da comunidade negando as ofertas e outros serviços aos deuses, pelos quais eles os davam favores" (ISBE, "Roma," Vol. IV, p. 2621).
Nós vivemos numa época em que o estado não dita nenhum sistema de teologia. O nosso sistema de governo geralmente é tolerante dos grupos religiosos enquanto não apresentam nenhuma ameaça. O governo romano eventualmente proibiu o cristianismo. A igreja ensinava que havia um só Deus. Proclamava que a imoralidade associada com o culto pagão e idolatria eram pecados. Os cristãos não forçavam ninguém a acreditar em suas crenças, mas na sua condenação do pecado se tornaram inimigos daqueles que sentiram que a sua maneira de vida estava sendo ameaçada.
Hoje, falar contra o pecado é, nas mentes de alguns, equivalente a tentar negar os direitos das outras pessoas. Para os imorais e amorais sexualmente, isto é uma ameaça. Não temos escolha a não ser falar contra o pecado (exemplo: imoralidade sexual e aborto), porque,“estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou. . .” (At 17.31). Talvez esteja chegando o dia em que tal “intolerância” seja colocada como intolerável. Então, apenas aqueles que forem tolerantes em relação a todos serão tolerados.
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