Comentarista: Daniel Alcântara
Texto Bíblico Base Semanal: 1ª Timóteo 1.8-19
6. A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais.
7. Não convém ao tolo a fala excelente; quanto menos ao príncipe, o lábio mentiroso.
8. O presente é, aos olhos dos que o recebem, como pedra preciosa; para onde quer que se volte servirá de proveito.
9. Aquele que encobre a transgressão busca a amizade, mas o que revolve o assunto separa os maiores amigos.
10. A repreensão penetra mais profundamente no prudente do que cem açoites no tolo.
11. Na verdade o rebelde não busca senão o mal; afinal, um mensageiro cruel será enviado contra ele.
12. Encontre-se o homem com a ursa roubada dos filhos, mas não com o louco na sua estultícia.
13. Quanto àquele que paga o bem com o mal, não se apartará o mal da sua casa.
14. Como o soltar das águas é o início da contenda, assim, antes que sejas envolvido afasta-te da questão.
15. O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao Senhor.
16. De que serviria o preço na mão do tolo para comprar sabedoria, visto que não tem entendimento?
17. Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão.
18. O homem falto de entendimento compromete-se, ficando por fiador na presença do seu amigo.
Momento Interação
As redes sociais digitais são aplicações que operam através da internet e que tem como finalidade conectar pessoas e organizações. A internet teve origem no século passado e se desenvolveu muito a partir do início deste século. Então foram nos últimos quinze anos que as principais redes sociais se propagaram grandemente. Essa propagação ganhou ainda mais força com o crescimento das tecnologias mobile. Hoje a maior parte dos acessos à internet é proveniente de aparelhos portáteis como telefones, tablets e até relógios. As principais redes sociais da atualidade são: Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e Linkedin. Também podem ser incluídas nesse grupo as aplicações de comunicação instantânea, como o Whastaap.
Como um cristão deve usar suas redes sociais? Esta é a pergunta de muita gente. Na verdade este assunto deve ser discutido e ensinado nas comunidades cristãs. É cada vez mais comum perceber um despreparo de muitos cristãos no uso de suas redes sociais. Alguns se mostram incapacitados de se posicionarem nas redes sociais de acordo com as verdades fundamentais da fé cristã; enquanto outros simplesmente acabam por envergonhar a Igreja de Cristo e trazer prejuízos ao Evangelho através da internet.
Introdução
Com base em alguns princípios da Palavra de Deus, podemos destacar alguns pontos que devem ser observados pelos cristãos no uso de suas redes sociais. Em primeiro lugar, o cristão precisa saber que tudo o que ele faz deve ser feito para a glória de Deus, inclusive seu uso das redes sociais. Todos os cristãos deveriam refletir se Deus está sendo glorificado através de seu perfil e de suas interações nas redes sociais. Em segundo lugar, o cristão jamais deve deixar que as redes sociais prejudiquem seu relacionamento com Deus. O pastor John Piper diz algo interessante sobre isso. Ele fala que uma das maiores utilidades das redes sociais será provar no dia do juízo que a falta de oração não era por falta de tempo.
Em terceiro lugar, diretamente ligado ao ponto anterior está também a necessidade de controle no uso das redes sociais. Muita gente tem tido muitos prejuízos emocionais, profissionais e até espirituais por causa da falta de temperança no uso das redes sociais. Algumas pessoas não conseguem se desligar de suas redes sociais nem mesmo na hora do culto! Em quarto lugar, o cristão deve saber o compartilhar e o que não compartilhar. Sem dúvida as redes sociais apresentam uma ótima oportunidade para a evangelização através do compartilhamento do Evangelho. Mas também elas fornecem muitas facilidades para divulgar aquilo que afronta a Palavra de Deus.
I. Amizades Verdadeiras
Após o triunfo sobre os filisteus, Saul conservou Davi como membro de sua corte. A Bíblia relata que desde o início nasceu uma amizade profunda e fraternal entre Davi e Jônatas. O texto bíblico descreve essa amizade dizendo que “a alma de Jônatas se ligou com a de Davi” (1 Sm 18.1). O termo hebraico utilizado para expressar a ligação entre Jônatas e Davi é perfeitamente apropriado para se referir ao tipo de amizade íntegra que havia entre ambos; pois é o mesmo termo utilizado em Gênesis 44.30 para se referir ao amor paterno de Jacó para com Benjamim. Na sequência do texto, lemos que Jônatas despojou-se de sua capa, armadura, espada, arco e cinto (1 Sm 18.4). Essa informação é muito significativa, pois nos ajuda a entender o tipo de caráter que Jônatas tinha. Em 1 Samuel 13.22, lemos que Jônatas, juntamente com seu pai, se destacava entre o povo pelas armas que possuía. Já no capítulo 18, encontramos Jônatas justamente transferindo sua capa e suas armas a Davi.
Esse foi um gesto público de grande afeição e respeito por parte de Jônatas. Isso simbolizou não apenas sua lealdade, mas também seu provável reconhecimento inicial de que Davi era o escolhido de Deus para reinar sobre Israel. Jônatas era o sucessor natural ao trono, portanto, humanamente falando, uma amizade com Davi era completamente improvável. No entanto, o príncipe realmente mostrou seu caráter diferenciado, e sua percepção apurada com relação ao destino espiritual de Israel, ao contrário de seu pai. Jônatas de fato era uma pessoa leal e íntegra. Sua lealdade fez com ele se arriscasse em prol de seu amigo, quando entendeu que se pai realmente planejava matar Davi. Além disso, vemos que Jônatas também não era uma pessoa egoísta e soberba; mas possuía um caráter humilde que colocava seus próprios interesses em segundo plano.
Amizade entre Jônatas e Davi foi verdadeira não apenas porque através dela eles se apoiaram mutuamente; mas porque essa amizade os envolveu em um compromisso com Deus. Jônatas e Davi não permitiram, de forma alguma, que qualquer coisa ameaçasse a harmonia de sua amizade. Na verdade, a amizade entre ambos se mostrou ainda mais forte quando foi provada (1 Sm 20.30-34,41). A amizade deles perdurou até mesmo após a morte de Jônatas, quando o rei Davi lembrou-se da aliança que eles tinham feito, e usou de benevolência para com Mefibosete, filho de Jônatas (2 Sm 9.7-13).
Como bem escreveu o sábio rei Salomão, “as amizades multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa” (Pv 19.4). Infelizmente é esse tipo de padrão de amizade que é tão comum em nossos dias, onde as pessoas se aproximam umas das outras apenas objetivando algum benefício próprio. No entanto, o mesmo Salomão também escreveu que “em todo tempo ama ao amigo, na angústia se faz o irmão” (Pv 17.17). Certamente esse provérbio resume muito bem o tipo de amizade forte, sincera e exemplar que havia entre Jônatas e Davi, e que obviamente deve servir de exemplo para todos nós.
II. Amizades na Igreja
Paulo, como sabemos, foi um apóstolo muito usado pelo Senhor no início da igreja. Na sua segunda viagem missionária, na companhia de Silas, chegou à cidade de Listra, e ali encontrou o jovem Timóteo, “dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio” (At 16.1,2). Paulo, então, quis levar Timóteo consigo para a continuação da viagem. Apesar da diferença de idade, começava assim uma relação de intimidade, encorajamento e cuidado mútuo. Entre alguns termos que ele usa para se relacionar a Timóteo, estão “meu cooperador”, “meu filho amado e fiel no Senhor” e “irmão” (Rm 16.21, 1 Co 4.17, Fp 2.19, Cl 1.1). Além disso, Paulo mostra conhecimento e proximidade com a família de Timóteo (2 Tm 1:5). Em certo momento, pela necessidade do Senhor e da igreja na época, Timóteo foi enviado por Paulo para cuidar da igreja em Éfeso e, assim, ajudar a resolver seus problemas. Nesse tempo, havia pessoas que ensinavam outra doutrina e que se ocupavam com fábulas e genealogias sem fim, o que promovia discussões entre os irmãos. A missão de Timóteo era árdua: tratar com essas pessoas e trazer a Igreja em Éfeso de volta ao amor procedente de coração puro, à boa consciência e à fé sem hipocrisia (1 Tm 1.3-5). Todo esse cenário abalou a Timóteo (1 Tm 4.16), o que levou Paulo a escrever duas cartas com recomendações e encorajamento.
Nessas duas cartas, podemos ver o cuidado de Paulo. Vemos que esse cuidado não era meramente de um líder, mas de alguém que conhecia a situação e conhecia a necessidade de Timóteo. Paulo promoveu o cuidado de amigo íntimo, pois esteve junto com Timóteo em viagens, o que lhes concedeu experiência, aumentou a amizade e a intimidade. O versículo 23 do capítulo 5 de 1 Timóteo mostra bem isso: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades”. Paulo conhecia a Timóteo ao ponto de saber que vivia constantemente doente. Paulo ainda exorta-o sobre a sua mocidade, para não desprezá-la, mas para se tornar padrão dos fiéis (4.16). Na segunda epístola, podemos ver mais ainda do encorajamento de Paulo para com Timóteo. De fato, Paulo foi um grande amigo para Timóteo.
Podemos tirar dessa amizade algumas lições sobre a importância de termos amigos na igreja: Precisamos de amigos que tenham a mesma visão que nós, que tenham o mesmo objetivo, que vivam para o Reino e se envolvam com os serviços na igreja. LIÇÃO 1: amigos possuem mesma visão e objetivo na vida cristã. São esses amigos que nos encorajam nas dificuldades, quando estamos fracos e desanimados em prosseguir firmes na fé. LIÇÃO 2: amigos se encorajam nas dificuldades. Precisamos estar perto dos irmãos, são as situações pelas quais passamos juntos que nos tornam íntimos. Paulo e Timóteo, por exemplo, viajavam juntos, serviam juntos, cuidavam de igrejas juntos. LIÇÃO 3: amigos fazem coisas juntos (inclusive, servem a Deus juntos). “Procura vir ter comigo depressa” (2 Tm 4.9). Nosso coração deve ser o de sempre poder estar perto dos irmãos e poder cuidar pessoalmente. LIÇÃO 4: amigos tem o coração de cuidar pessoalmente um do outro. Mesmo com a distância, podemos cuidar daqueles a quem amamos e precisam de atenção. Paulo usou uma carta para falar com Timóteo, era a ferramenta que tinha na época. Hoje, nós temos meios que nos permitem comunicação mais rápida com os irmãos como as redes sociais, o telefone, o celular, SMS, que podemos usar debaixo da luz do Senhor e com moderação. Mas também podemos usar cartas, muitos irmãos tem o hábito de mandar cartas e os que recebem são muito encorajados. LIÇÃO 5: amigos mantém contato mesmo com a distância.
II. Amizades na Família
Um objetivo muito importante dentro do âmbito da educação familiar é o cultivo da amizade. Trata-se de levar os filhos a saber o que vem a ser a amizade e a distinguir os amigos autênticos dos falsos. Mas, além de idéias claras e de critérios corretos sobre este tema, os filhos devem ser também capazes de fazer amizade e de ser bons amigos. O cultivo da amizade está intimamente relacionado com dois objetivos ainda mais amplos: aprender a querer bem às outras pessoas e aprender a conviver. São duas capacidades que se desenvolvem de modo natural na família, na medida em que esta última é lugar de amor e escola das virtudes da convivência. A influência do ambiente familiar costuma ser decisiva para o desenvolvimento, primeiro do comportamento social e depois dos hábitos de amizade. É verdade que o ambiente extrafamiliar - os colegas de estudo, da rua, etc. - pesa cada vez mais, mas os pais e os irmãos continuam a ser os principais agentes de socialização da criança, principalmente nos primeiros anos de idade.
Deve-se frisar, por isso, o impacto que as primeiras experiências sociais vividas no lar têm para os filhos. Se essas experiências forem gratas, eles tenderão a repeti-las, desenvolvendo assim atitudes de abertura para com os outros e hábitos de convivência. Se, pelo contrário, forem desagradáveis, procurarão evitá-las. As experiências sociais positivas ajudam fortemente os filhos a ser ativos, extrovertidos, independentes e curiosos; as experiências sociais negativas levam-nos a ser passivos, dependentes, introvertidos e reservados. As crianças do primeiro caso estarão em condições de influenciar os outros - terão liderança - e de ser criativas; as crianças do segundo serão, provavelmente, mais influenciáveis e conformistas. De que depende que as experiências sociais vividas no lar fomentem ou não a atitude dos filhos para a convivência?
Um dos fatores é o caráter global do lar. Quando o ambiente da casa se caracteriza pela tensão e pelo atrito habituais, é muito provável que isso gere atitudes sociais negativas nos filhos. Pelo contrário, quando se respira um clima de compreensão entre os membros da família, os filhos desenvolverão atitudes positivas. Outro fator é o das condutas que os filhos observam em casa. Os pais e os irmãos mais velhos são modelos de conduta que os filhos pequenos observam e imitam continuamente. É bom, por exemplo, que possam observar comportamentos que denotam preocupação pelos outros, compreensão, ajuda, flexibilidade... Os filhos percebem igualmente se o pai e a mãe se relacionam entre si com a benevolência e o altruísmo próprios do amor e da amizade, se têm ou não amigos, se sabem encontrar tempo para a amizade, se são generosos, sinceros, respeitosos e leais com seus amigos.
Um terceiro fator é o valor que os pais dão ao fato de os filhos serem sociáveis e terem amigos. Muitos pais encaram o tema da amizade como algo secundário. Ignoram assim que, como disse Aristóteles, os amigos são o que há de mais importante na vida. Ignoram que as relações de amizade ajudam as pessoas a conhecer-se, corrigir-se e superar-se em todos os aspectos. Se os pais, por exemplo, não permitem que os seus filhos tragam para casa companheiros de diversão e amigos, estarão aplicando uma nota negativa à conduta social dos filhos. Para que as crianças pequenas se desenvolvam como pessoas sociáveis, é preciso animá-las a sê-lo e premiar os esforços que façam. Mas isso apenas não basta, apesar de já ser algo bom: é preciso ensiná-las também a comportar-se de um modo socialmente aceitável. Uma forma de estimular os filhos à abertura para os outros é convencê-los com fatos de que vale a pena. É bom que vejam, por exemplo, que os seus irmãos e companheiros de estudo se comportam melhor com eles quando são tratados com generosidade e pior quando são tratados de maneira agressiva.
Um quarto fator para ajudar os filhos a desenvolver atitudes de convivência e amizade é a participação na vida da família. Existem lares participativos e lares não-participativos. Nos primeiros, há muita comunicação pessoal entre pais e filhos e entre irmãos. Os pais explicam o motivo por que existem certas regras na família, os filhos são consultados antes que se adotem algumas decisões que os afetam diretamente, pais e filhos colaboram nas tarefas domésticas... Nesses lares, existe um clima de confiança e diálogo espontâneo e sincero, como é próprio da vida de família. As decisões dos pais não são caprichosas ou arbitrárias.
III. Jesus, o Verdadeiro Amigo
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos” (Jo 15.13,14a). Uma amizade na igreja só é completa se Cristo faz parte. Nós temos um amigo que, sendo perfeito, deu a própria vida por nós e levou sobre si nossos pecados, transgressões e iniquidades para que pudéssemos finalmente poder estar perto dele e não se envergonha de chamar-nos de irmãos (Hb 2.11). Não faz o menor sentido deixarmos Cristo de fora das nossas amizades. Por isso, devemos buscar em cada amizade, especialmente com aqueles que são nossos companheiros espirituais, orar um pelo outro, orar juntos e ter uma relação de intimidade com Cristo. O Senhor quer ser nosso amigo, ele nos chama de irmãos e quer fazer parte das nossas amizades. Definitivamente: não podemos deixá-lo de fora!
Por isso, inclua Cristo nas suas amizades. Infelizmente, o que temos visto muito nas igrejas são amizades destrutivas entre os jovens. Por não ter o Senhor como amigo, muitos jovens na igreja usam as suas amizades com outros jovens que também são irmãos para, juntos, desfrutarem do mundo e se envolverem com o pecado. É uma situação, infelizmente, recorrente no meio cristão, irmãos indo juntos para o mundo e até parando de se reunir. À respeito disso, Paulo exorta Timóteo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2.22). Há, sim, o perigo de estarmos andando com irmãos que não invocam o Senhor de coração puro. É necessário que tenhamos discernimento quanto a isso, principalmente quando jovens, para que não sejamos enganados e venhamos a nos envolver com as paixões da mocidade, com o mundo e com o pecado, nos afastando do Senhor Jesus, que é o nosso verdadeiro amigo. Amigos influenciam muito uns aos outros. Por isso, para não ser influenciado negativamente, fuja de amizades destrutivas que te levam para o mundo e te afastam de Deus.
Ter amizades na igreja nos garante um vínculo mais forte com a família da fé, à qual nós podemos sempre recorrer e contar nas nossas necessidades. No fim de tudo, podemos concluir que ter amizades na igreja é muito importante. Precisamos de companheiros espirituais que nos ajudam a combater o bom combate, que correm conosco a carreira que nos foi proposta. Além disso, precisamos de Cristo em nossos relacionamentos com os irmãos, pois ele é a luz (Jo 8.12). Por ser a luz, Ele nos vem mostrar quais relacionamentos vão trazer edificação ou não. Se andamos nele, mantemos comunhão uns com os outros e Ele tem espaço pra cuidar de nós por meio dos irmãos. Faça suas amizades andarem sob a luz. Em todo relacionamento, tenhamos Cristo como nosso amigo e nossa luz!
Conclusão
Muitos que se dizem cristãos postam e compartilham conteúdo imoral. Outros escrevem e usam um linguajar estranho aos seguidores de Cristo. Eles falam palavrões, discutem, amaldiçoam e compartilham conversas imorais. Mas eles se esquecem de que Deus pedirá conta de toda palavra frívola que sai dos lábios do homem e, neste contexto, dos teclados de computadores e smartphones (Mt 12.34-36; cf. Ef 4.29; 5.4). O cristão deve tomar cuidado para não expor sua privacidade e a privacidade de sua família nas redes sociais. Especialistas da área de segurança da informação advertem para os perigos de informar a estranhos aquilo que acontece na intimidade de seu círculo familiar.
O cristão deve ter sabedoria para saber se posicionar em determinadas situações nas redes sociais. Ele deve estar ciente que nas redes sociais ele está sujeito a críticas, provações e comentários desagradáveis. No contexto evangélico, por exemplo, há muitas discussões acerca de certos pontos teológicos. É triste ver a facilidade com que a ira toma conta de alguns cristãos que se digladiam uns com os outros. É comum encontrar crentes que leram apenas um pequeno artigo teológico, mas se acham doutores em teologia nas redes sociais. O objetivo dessas pessoas geralmente não é mostrar a verdade da Palavra de Deus, mas mostrar o quanto eles sabem mais do que os outros.
A ética cristã sempre estará pautada nas Escrituras e buscará nelas os princípios que norteiam a vida do homem em sociedade. Jesus diz que seus seguidores devem ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14). O apóstolo Pedro escreve que o cristão foi escolhido para anunciar as grandezas daquele que chamou das trevas para sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9). O mesmo apóstolo também indica que o cristão deve ser caracterizado por sua boa conduta (1 Pe 2.12). Portanto, o cristão deve usar suas redes sociais de acordo com os limites estabelecidos pela Palavra de Deus. Aqui também podemos recordar como o apóstolo Paulo corrigiu o argumento dos cristãos de Corinto que alegavam poder fazer tudo o que quisessem. Ele escreve: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são permitidas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Co 6.12).
Sugestão de Leitura da Semana: GONÇALVES, Matheus. Vida com o Senhor. São Paulo: Evangelho Avivado, 2019.
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