sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

A importância dos Hinos em Nossas Igrejas

 




Por Leonardo Pereira



O que é hino?

Bom, podemos dizer que hino é uma composição musical de espírito religioso endereçada a uma personalidade divina ou de caráter civil – patriótico, neste em questão, fica fácil a compreensão devido ouvir, cantar e escutar o famoso HINO NACIONAL BRASILEIRO. Umas das formas de enaltecer, elogiar e prestar culto, o fazemos também com música, canções e hinos. Para nós cristãos, temos uma ligação muito particular e peculiar com os hinos. A nossa hinódia (acervo) cristã está inspirada nos Salmos de Davi, hinário oficial do povo de Israel. Nele há um compêndio de todas as formas e situações que devemos adorar ao Mestre da boa música, seja reconhecendo os Seus grandes feitos; entendendo quem somos; para que fomos criados; exprimindo as nossas súplicas e aflições confiante n’Aquele que pode resolver tudo; celebrando-O com ações de graças; reconhecendo as nossas misérias e lembrando de tudo o que Ele já fez por nós.

Uma Rápida Retrospectiva

Desde a Idade Média já existiam livros com cânticos, porém, todos eles numa escrita e linguagem padrão, o latim. Na Pré-Reforma e Reforma (séc. XII – XVI) começam a surgir textos na língua vernácula, ou seja, textos com idiomas puro, tanto no falar como no escrever, sem a utilização de outro idioma que não fosse do estado ou país. A partir de então, a importância de cantar os hinos ganhou grande extensão de divulgação e execução, pois o hino se torna uma ferramenta de ensino. Em meados do séc. XVI surgem novos hinários, com a invenção da impressa no séc. XV por Johannes Gutenberg (ca.1398 – 1468), tornou possível imprimi-los em grande número tornando acessível a todos. Em 1562, o reformador João Calvino (1509-1564) produziu o Saltério de Genebra, nele, continham os primeiros hinos dos Salmos completos. Já na Inglaterra por volta de 1709, o então considerado Pai do Hino Inglês, Isaac Watts (1674-1748), publica o Hinos e Cânticos Espirituais, hinário de grande aceitação e ampla divulgação. Aqui no Brasil, a primeira coletânea de hinos evangélicos em língua portuguesa foi o Salmos e Hinos em 1861, hinário contendo 50 salmos e hinos cantados pela 1ª igreja evangélica em língua portuguesa no Brasil fundada pelos pastores – missionários Dr. Robert Reid Kalley (1809-1888)  e Sarah Poulton Kalley (1825-1907).

Suma Importância

É de suma importância conservar os hinos nas igrejas, os hinos em sua essência carregam histórias e um legado de grandes personalidades de autores, músicos, tradutores, arranjadores de diversos países que em diferentes pontos do mundo, se unificam em um único quesito: propagar as boas-novas. Momentos devocionais, hinos de louvor a Deus, letras com base bíblicas, músicas santas que enobrecem o nome d’Aquele que desde a fundação dos séculos a criou se personaliza no hino sacro – cristão.

O processo de criação não é sentimental – relativo, e sim devocional – reflexivo. O hino em sua estrutura, enaltece e faz sempre menção de Cristo – a mensagem é sempre Cristocêntrica. Sua melodia, ritmo, harmonia sempre se une ao texto de forma singular e única. Sua execução varia de forma simples convencional – tradicional (piano – órgão), as mais elaboradas (orquestras), porém, todas com um único objetivo: que o hino louve ao Senhor e a finésse de seu texto seja o veículo que o Espírito Santo atue com grande propriedade. Não há coração que resista ao chamado e ouvido que não queira escutar:

“Vem já, vem já! Alma cansada, vem já!”
Manso e suave Jesus, convidando …

A palavra importância traz consigo a seguinte definição: grande valor, influência, relevância e prestígio. Não é porque cantamos a Deus que Ele fica mais Deus ou Santo, independente se você cantar ou não, assim Ele É – Santo e Deus.Louvamos a Deus através dos hinos porque com isso nos aproximamos mais d’Ele, nos santificamos e por bondade e misericórdia somos agraciados por sua Graça.É isto o que nos ensina e mostra o Salmos 115.8 – “A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.”. O salmista descreve com clareza a diferença daquele que é Deus e daquele que nada tem ou pode fazer, e com isso, lança o versículo citado anteriormente.



Referências:

BRAGA, Henriqueta Rosa Fernandes. Música Sacra Evangélica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Kosmos, 1961.

PEREIRA, Leonardo. Musicalidade Cristã. São Paulo: Evangelho Avivado, 2019.

Sousa, Salvador de. História da Música Evangélica no Brasil. São Paulo: Editora Ágape, 2011.


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