sábado, 18 de dezembro de 2021

Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2021 - Capítulo 3 - A Conduta da Família Bíblica

 




Comentarista: Maxwell Barbosa



Texto Bíblico Base Semanal: Efésios 5.22-33; 6.1-6


Efésios 5.22-33

22. Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; 

23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. 

24 Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos. 

25 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 

26 a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, 

27 para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 

28 Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 

29 Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja; 

30 porque somos membros do seu corpo. 

31 Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. 

32 Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja. 

33 Todavia também vós, cada um de per si, assim ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie a seu marido.

Efésios 6.1-6

1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 

2 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), 

3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. 

4 E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor. 

5 Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, 

6 não servindo somente à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus,

Momento Interação

A Bíblia apresenta a estrutura familiar organizada de modo que o marido é o líder social e espiritual da família que conduz a esposa, e, juntos, eles conduzem os filhos. Isso significa que a estrutura da família de acordo com a Bíblia deve obedecer aos princípios divinos para o matrimônio. O propósito de Deus para o casamento é que ele seja uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher. Assim, unidos em uma só carne, marido e mulher são incentivados a se reproduzirem, expandindo seu lar. Mas por causa do pecado, muitas vezes a família é deformada. Nos tempos bíblicos, por exemplo, era comum a prática da poligamia – um tipo de pecado que afrontava diretamente o propósito monogâmico do casamento instituído por Deus. Também era frequente o exercício da autoridade familiar de forma tirânica pelo líder da família.

Deus deu ao homem a responsabilidade de liderar a família, mas essa liderança deve sempre ser exercida em amor. O mandamento bíblico é que a esposa deve ser sujeita ao marido; mas o marido também deve amar e cuidar da esposa como a si mesmo. Os filhos devem obedecer, respeitar e honrar os pais; mas também os pais não devem causar a ira em seus filhos. Na verdade os pais devem orientar os filhos e treiná-los para que eles sejam pessoas maduras e de caráter. Além disso, os pais têm a responsabilidade de conduzir seus filhos ao conhecimento do caminho do Senhor; eles instruí-los de acordo com os preceitos da Palavra de Deus; e devem servir de exemplos para eles de uma vida em obediência, temor e adoração a Deus.

Introdução

Um casamento cristão, fundamental para uma família cristã, segue as instruções bíblicas relativas ao sexo. A Bíblia contradiz a opinião em muitas culturas de que o divórcio, a convivência sem o casamento e o casamento entre pessoas do mesmo sexo são aceitáveis aos olhos de Deus. A sexualidade expressa de acordo com os padrões bíblicos é uma bela expressão de amor e compromisso. Fora do casamento, é pecado. As crianças têm duas responsabilidades principais na família cristã: obedecer aos pais e honrá-los (Ef 6.1–3). Obedecer aos pais é dever das crianças até que atinjam a idade adulta, mas honrar os pais é sua responsabilidade por toda a vida. Deus promete Suas bênçãos para aqueles que honram seus pais. Idealmente, uma família cristã terá todos os membros comprometidos com Cristo e Seu serviço. Quando o marido, a esposa e os filhos cumprem todos os papéis designados por Deus, a paz e a harmonia reinam no lar. No entanto, se tentarmos ter uma família cristã sem Cristo como Cabeça ou sem aderir aos princípios bíblicos que o Senhor nos providenciou amorosamente, o lar sofrerá.

I. A Conduta do Marido na Família

A Bíblia diz tanto sobre ser um marido cristão que um livro poderia ser escrito sobre o assunto. De fato, vários livros têm sido escritos sobre isso. Este artigo fornece apenas uma breve visão geral. A imagem mais clara de um marido cristão é apresentada em Efésios 5.15–33. Esta é a parte central da aplicação do apóstolo Paulo do que significa estar em Cristo, isto é, estar em um relacionamento correto com Deus. As instruções de Paulo para a esposa cristã, começando no versículo 23, explicam que ela deve reconhecer em seu marido o tipo de líder que Cristo é para a Sua amada igreja. Duas sentenças depois (versículo 25), Paulo diz a mesma coisa diretamente ao marido cristão. Então, o modelo cristão para a conduta do marido é o próprio Jesus Cristo. Em outras palavras, Deus espera que os maridos cristãos amem suas esposas de modo sacrificial, pleno e incondicional, da mesma forma que nosso Salvador nos ama.

Espera-se que o marido cristão esteja disposto a dar tudo, inclusive seu sangue, se necessário, pelo benefício e bem-estar de sua esposa. O plano de Deus é que o marido e a esposa se tornem um (Mc 10.8), então o que o marido possui pertence à esposa. Não há egoísmo no amor (1 Co 13.5); há apenas dar de si mesmo. O sentimento do marido cristão por sua esposa vai além da paixão, do romance ou do desejo sexual. O relacionamento é baseado no amor verdadeiro - o espírito de sacrifício que reflete o próprio Deus e é dado por Ele. O marido cristão está mais interessado no bem-estar de sua esposa do que no seu próprio. Ele promove o seu bem-estar espiritual como coerdeira da vida eterna (1 Pe 3.7). Ele não pergunta o que pode obter dela, mas pensa no que pode ser e fazer por ela.

Efésios 5 descreve como um marido cristão amoroso é o instrumento do amor de Cristo por sua esposa e é, ao mesmo tempo, um modelo do amor de Cristo por Sua igreja. Que tamanha honra é essa! E que responsabilidade. Somente submetendo-se à força viva de Jesus Cristo pode qualquer homem realizar tal desafio. É por isso que ele deve confiar no poder da habitação do Espírito Santo (Ef 5.18) e, em reverência por Cristo, submeter-se ao serviço de sua esposa (versículo 21 e o restante da passagem).

Muitas vezes um marido cristão também é pai. Os papéis de marido e de pai estão entrelaçados. Deus criou o homem e a mulher como pessoas sexuais para vários propósitos. Um deles é dar-nos a alegria de perpetuar a raça, de povoar a terra com gerações de pessoas que levam o nome de Deus e refletem a Sua imagem (cf. Gn 1.27,28 e 2.20–25; Dt 6.1–9; Ef 6.4). A família – a família cristã - está no centro do plano de Deus para a humanidade e é o próprio fundamento da sociedade humana. O marido é o chefe dessa família. Assim como um marido cristão não pode amar e liderar sua esposa sem o poder do Espírito Santo, ele não pode amar e educar seus filhos na admoestação do Senhor à parte do poder do Espírito Santo. Maridos e pais têm uma profunda responsabilidade e privilégio. Quando buscam a Deus e seguem a Sua liderança, eles servem bem às suas famílias e trazem honra ao nome de Cristo.

II. A Conduta da Esposa na Família

Uma esposa cristã é uma crente em Jesus Cristo, uma mulher casada que tem suas prioridades retas. Ela escolheu a piedade como o foco de sua vida, e traz esse foco em todos os relacionamentos, inclusive o seu casamento. Uma esposa piedosa decidiu que agradar e obedecer a Deus é mais importante do que sua felicidade ou prazer temporário, e está disposta a fazer todos os sacrifícios necessários para honrar o Senhor em seu papel de esposa. O primeiro passo para se tornar uma esposa cristã é render-se ao senhorio de Jesus. Somente com o poder capacitante do Espírito Santo pode qualquer um de nós viver como um povo piedoso (Gl 2.20; Tt 2.12). O momento em que colocamos a nossa fé em Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor (Jo 3.3) é semelhante ao dia do casamento. Toda a direção de nossas vidas mudou (2 Co 5.17). Começamos a ver a vida a partir da perspectiva de Deus, em vez de perseguir nossas próprias agendas. Isso significa que uma mulher cristã abordará o casamento com uma mentalidade diferente da de uma mulher mundana. Ela deseja não apenas ser uma boa esposa para o marido, mas também uma mulher piedosa para o seu Senhor.

Ser uma esposa cristã envolve viver o princípio encontrado em Filipenses 2.3,4: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Se seguido de perto, este princípio eliminaria a maioria dos argumentos conjugais. Já que somos por natureza egoístas, devemos confiar no Senhor para crucificar esse impulso egoísta e nos ajudar a buscar o melhor interesse de nossos cônjuges. Para uma esposa, isso significa permanecer consciente de que seu marido não é uma mulher e não pensa como uma mulher. Suas necessidades são diferentes de suas necessidades, e é sua responsabilidade entender essas necessidades e procurar satisfazê-las sempre que possível.

Uma das áreas mais frequentes de conflito no casamento é o sexo. Os homens, em geral, desejam sexo com mais frequência do que suas esposas. Os homens também valorizam mais a relação sexual, e sua autoestima pode se sentir ameaçada quando suas esposas se recusam a cooperar. Embora nem sempre seja o caso, a maioria das esposas perde o nível de interesse pelo sexo que tinham no início do relacionamento e encontram satisfação emocional através de outros relacionamentos, como filhos e amigos. Isso pode levar ao ressentimento e hostilidade do marido quando sua esposa não entende sua verdadeira necessidade de expressão sexual. Uma esposa cristã procura satisfazer essa necessidade, mesmo quando está cansada ou não interessada. 1 Coríntios 7.1-5 explica que maridos e esposas não têm controle total sobre seus próprios corpos, mas têm se entregado um ao outro. Uma esposa cristã percebe que, ao submeter o seu corpo ao marido, ela está, de fato, se rendendo ao plano do Senhor para ela.

Efésios 5.22-24 aborda a questão da submissão, que infelizmente tem sido maltratada por muitos. As esposas são instruídas a se submeterem aos seus maridos como fazem ao Senhor. Muitas mulheres ficam atemorizadas com a palavra submissão porque tem sido usada como uma desculpa para tratá-las como escravas. Quando esses três versículos são arrancados de seu contexto e aplicados somente às mulheres, tornam-se uma ferramenta nas mãos de Satanás. Satanás frequentemente distorce as Escrituras para realizar seus propósitos malignos, e usou isso para corromper o plano de Deus para o casamento. O comando sobre a submissão realmente começa no versículo 18, que diz que todos os cristãos devem se submeter uns aos outros. Aplica-se então àquelas esposas no matrimônio, mas a maior parte da responsabilidade é colocada sobre o marido para amar a sua esposa da maneira que Cristo ama a igreja (Ef 5.25-32). Quando um marido vive em obediência ao que Deus espera dele, uma esposa cristã tem pouca dificuldade em se submeter à sua liderança.

Embora existam esposas cristãs sem filhos, a maioria das mulheres casadas se tornará mães em algum momento. Durante essa transição, é natural que ela dê todo o seu esforço e atenção às crianças. Pode levar algum tempo para se ajustar às novas responsabilidades familiares, mas uma esposa cristã lembra que seu marido é a sua primeira prioridade. Suas necessidades ainda importam. Ela pode sentir, às vezes, que não tem mais nada para dar a ele no final de um dia frustrante, mas pode correr para o Senhor e encontrar força e energia para continuar sendo esposa primeiro e mãe em segundo lugar (Pv 18.10; Sl 18.2). 

A comunicação é fundamental durante os primeiros anos de criação dos filhos, e uma esposa cristã iniciará conversas sem julgamentos com o marido, explicando como ele pode ajudar e o que ela precisa dele para ser mais sensível às suas necessidades. Casais que permanecem conectados e reservam momentos intencionais para passarem juntos acabam se fortalecendo e construindo laços mais profundos que manterão seu casamento saudável. Uma esposa cristã também percebe que ter tempo para si mesma não é egoísmo. Ela é honesta com o marido sobre suas próprias necessidades emocionais e psicológicas. Esposas que negligenciam ou deixam de expressar suas próprias necessidades por medo de parecerem egoístas estão apenas se preparando para ressentimentos e esgotamentos posteriores. Antes que uma esposa e mãe possa cuidar das necessidades da família, ela deve cuidar de si mesma.

III. A Conduta dos Filhos na Família

Os filhos são uma "herança do Senhor" (Sl 127.3). Ele os coloca nas famílias e dá orientação aos pais sobre como devem ser criados. O objetivo da boa educação é produzir filhos sábios que conhecem e honram a Deus com suas vidas. Provérbios 23:24 mostra o resultado final de criar os filhos de acordo com o plano de Deus: “Grandemente se regozijará o pai do justo, e quem gerar a um sábio nele se alegrará”. Ele também disciplina os Seus filhos (Pv 3.11; Hb 12.5) e espera que os pais terrenos façam o mesmo (Pv 23.13). O Salmo 94.12 diz: “Bem-aventurado o homem, SENHOR, a quem tu repreendes, a quem ensinas a tua lei”. A palavra disciplina vem da raiz da palavra discípulo. 

Disciplinar alguém significa fazer dele um discípulo. A disciplina de Deus é designada para “nos conformar à imagem de Cristo” (Rm 8.29). Os pais podem fazer discípulos de seus filhos quando instila valores e lições de vida que aprenderam. À medida que os pais praticam a vida piedosa e tomam decisões controladas pelo Espírito (Gl 5.16, 25), eles podem incentivar seus filhos a seguirem o seu exemplo. A disciplina correta e consistente traz um “fruto de justiça” (Hb 12.11). A falta de disciplina resulta em desonra para pais e filhos (Pv 10.1). Provérbios 15.32 diz que aquele que ignora a disciplina “menospreza a sua alma”. O Senhor trouxe julgamento sobre Eli, o sacerdote, por ter permitido que seus filhos O desonrassem e porque “os não repreendeu” (1 Sm 3:13).

O tempo devocional em família é vital para mover nossa vida espiritual além das paredes da igreja e a uma fé ativa e próspera. No entanto, o que significa ter um tempo devocional em família? O tempo devocional em família é um tempo definido quando marido e mulher, ou pais e filhos, se sentam, leem a Bíblia e oram juntos. É um tempo projetado para encorajar cada indivíduo e estabelecer um senso de unidade e direção dentro das famílias. Ser intencional sobre um tempo devocional e desenvolver uma cultura familiar em torno desse hábito são muito importantes. Esse tempo devocional pode iniciar relacionamentos profundos com as crianças e expandir as oportunidades de orar com e por elas. Embora possa exigir uma mudança na forma como a família gasta seu tempo, programar um tempo devocional em família pode render dividendos eternos no crescimento e legado espiritual de uma família.

A menos que nós como pais tenhamos estabelecido uma disciplina devocional em nossas vidas pessoais primeiro, ter esse tempo em família pode parecer estranho ou difícil. No entanto, o desejo de começar a ter um tempo devocional pessoal pode se tornar um modelo para nossos filhos enquanto buscamos ativamente um relacionamento com o Deus vivo. Nosso próprio compromisso com a leitura da Bíblia e a oração fala muito sobre a importância que nós, como pais, colocamos em nosso próprio desenvolvimento espiritual. Se é algo em que crescemos com nossos filhos, então há uma jornada maravilhosa pela frente. Transparência e perseverança são fundamentais!

O objetivo é criar filhos que permanecem devotos a Deus como adultos. Nosso desejo é criar filhos que usam a oração, a Palavra de Deus e o núcleo sólido da família, amigos e comunidade da igreja para orientar suas decisões, suas metas de vida e seus relacionamentos. Deus instruiu a nação de Israel: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6.6,7). Efésios 6.4 diz aos cristãos: "E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor". Essas passagens deixam claro que os pais devem ensinar seus filhos sobre Deus e Seus caminhos. Engajar com Deus juntos como uma família, através da oração e da leitura da Bíblia, é uma ótima maneira de fazer isso. Ao ter esse tempo juntos, não apenas instruímos nossos filhos, mas modelamos comportamentos que apoiam o crescimento espiritual. Muitas vezes, ao ensinar as crianças, nós mesmos somos desafiados em nossa fé. O tempo devocional em família é muito bom para o crescimento espiritual de todos na família.

Conclusão

A Bíblia não traça em apenas uma passagem uma ordem que devemos seguir passo a passo para as prioridades nos nossos relacionamentos. No entanto, ainda podemos depender das Escrituras para aprender os princípios gerais de como dar prioridade aos relacionamentos corretos, na ordem correta. Deus obviamente deve ser o primeiro: Deuteronômio 6:5: "Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força". Deus é a prioridade número um se todo o coração, alma e força de alguém está comprometido a amá-lo. Se você é casado, seu cônjuge deve ser a sua próxima prioridade. Um homem casado deve amar sua esposa como Cristo amou a igreja (Ef 5.25). A primeira prioridade de Cristo – depois da prioridade de obedecer e glorificar ao Pai – foi a Igreja. Aqui está um exemplo que os maridos devem seguir: Deus primeiro, então a sua esposa. Da mesma forma, as esposas devem submeter-se aos seus maridos “como ao Senhor” (Ef 5.22). Podemos aprender desse princípio que seu marido deve estar em segundo lugar apenas para Deus em sua ordem de prioridades.

Se maridos e esposas estão em segundo lugar apenas para Deus em nossas prioridades, e levando em consideração que o marido e sua esposa são uma só carne (Ef 5.31), aparenta ser a lógica que o resultado desse relacionamento matrimonial – filhos- deve ser a nossa próxima prioridade. Os pais devem criar filhos que temem a Deus e que vão ser a próxima geração daqueles que amam a Deus de todo o seu coração (Pv 22.6; Ef 6.4), mostrando mais uma vez que Deus deve ser o primeiro em nossa lista de prioridades e que todos os outros relacionamentos devem refletir essa verdade. Apesar do fato de que o homem e a mulher são iguais em seu relacionamento com Cristo, as Escrituras listam funções específicas para cada um no casamento. O marido deve assumir a liderança no lar (1 Co 11.3; Ef 5.23). Essa liderança não deve ser ditatorial, condescendente ou uma liderança que trate sua esposa com ares de superioridade, mas deve ser de acordo com o exemplo de como Cristo lidera a Igreja. “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra” (Ef 5.25,26). Cristo amou a Igreja (Seu povo) com compaixão, misericórdia, perdão, respeito e abnegação; assim também devem os maridos amar suas esposas.

Conflitos sobre a divisão do trabalho no casamento provavelmente vão surgir, mas se o marido e a esposa são submissos a Cristo, esses conflitos vão ser poucos. Se um casal percebe que discussões sobre esse assunto são frequentes e rancorosos, ou se já se tornaram um padrão no casamento, o problema é um problema espiritual, e os dois devem se resubmeter à oração e submissão a Cristo primeiro, e então um ao outro, com uma atitude de amor e respeito.

Sugestão de Leitura da Semana: LINHARES, Gustavo. Tempos Trabalhosos. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.


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