sexta-feira, 29 de junho de 2018

Oposição na obra de Deus



Quando fazemos a obra de Deus, ou mesmo quando nos esforçarmos para crescer espiritualmente, enfrentamos oposições. Jesus certa vez disse que, quem quisesse se tornar seu discípulo, deveria levar a cruz (Mc 8:34). Sabemos que não existe evangelho sem cruz, por isso, quem serve a Cristo sempre passará por oposições.

Um exemplo disso, é o que os israelitas passaram quando voltaram do cativeiro babilônico de 70 anos registrado no livro de Esdras. Os hebreus passaram por muitas dificuldades para construir o templo, e a dificuldade maior foi gerada pelos inimigos que se levantaram contra aquela obra.

Nesse texto, abordaremos os tipos de oposições que os filhos de Deus enfrentaram naquela época, não somente isto, mas também mostraremos como eles venceram.

As Oposições
1. Falsas companhias

Quando os “adversários” souberam que os israelitas estavam construindo a casa de Deus, disseram: Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus; como também [já] lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos fez subir aqui. Porém Zorobabel, e Jesuá, e os outros chefes dos pais de Israel lhes disseram: Não convém que nós e vós edifiquemos casa a nosso Deus; mas nós sozinhos a edificaremos ao SENHOR Deus de Israel, como nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia (Ed 4:2,3).

Os adversários se prontificaram a ajudar na construção do templo, eles também afirmavam que ofereciam sacrifícios ao Senhor, tudo isto com objetivo de Jerusalém não ser ocupada. Mas os líderes de Israel não viram com bons olhos essa disposição, até porque eles eram politeístas, isso traria prejuízo para o povo de Deus.

Aqui encontramos um exemplo prático que podemos trazer para nossas vidas. Existem pessoas que se aproximam de nós com aparente boa vontade, entretanto, devemos tomar o devido cuidado com essas companhias, e devemos ficar vigilantes para analisar por qual caminho essas pessoas querem nos conduzir. Os inimigos do templo estavam querendo se unir ao povo, mas essa união influenciaria eles a adorarem outros deuses. Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes (1Co 15:33). Que possamos sempre analisar os tipos de pessoas que estão a nossa volta e não deixarmos de praticar os bons costumes.

2. Desânimo

A segunda forma utilizada para impedir a obra de Deus foi o desânimo. Todavia o povo da terra desanimava as mãos do povo de Judá, e inquietava-os no edificar(Ed 4:4).

O povo da terra, não queria que a obra fosse concluída, com isso, fizeram de tudo para que a construção não tivesse andamento. Eles conseguiram o que queriam, o texto registra que a obra ficou parada por algum tempo (Ed 4:24).

Todos nós que servimos a Deus, de certa forma enfrentamos algum tipo de desânimo na nossa caminhada cristã; não somos homens de ferro, somos pessoas frágeis e pecadoras. Ficamos desanimados quando tiramos o nosso olhar de Cristo, Pedro começou a andar sobre as águas em direção a Cristo, mas quando olhou para os ventos e tempestades começou a afundar (Mt 14:22-32). Olhe para Cristo, porque se fixarmos nossos olhos nas dificuldades, iremos desanimar.

Em 1 Tessalonicenses 5.14 os crentes são instruídos a “consolar os de pouco ânimo”, isto é, encorajar aqueles que estão temerosos ou desencorajados. Que possamos fazer isso para a gloria de Deus.

3. Frustração de planos  

E alugaram contra eles conselheiros, para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia (Ed 4:5).

As nações vizinhas, “contrataram conselheiros para frustrarem os planos dos construtores do templo”. Isso não aconteceu em um dia apenas, mas todos os dias de Ciro e Dario; o povo passou todo esse tempo ouvindo palavras de frustação. O que eles passaram, é semelhante ao que Neemias enfrentou com Sambalate, que contratou uma profetisa para o assustar, a fim de que este parasse a construção dos muros de Jerusalém. Porém, os artifícios de Sambalate não tiveram sucesso diante de Neemias.
Os apóstolos de Cristo, enfrentaram problemas como estes, entretanto, em nenhum momento, os opositores conseguiram frustrar os planos que eles tinham de anunciar o Evangelho.

Todos os planos que você traçar em prol do reino de Deus, ou de sua vida espiritual, terão oposições presentes.  Porém, devemos confiar nas palavras de Cristo: eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28:20).

4. Acusação

No reinado de Assuero, no princípio do seu reinado, escreveram [uma] acusação contra os habitantes de Judá e de Jerusalém (Ed 4:6).

Um grupo de pessoas levantam acusações contra Jerusalém, e nessa acusação estava escrito: Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti, vieram a nós em Jerusalém, e reedificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os [seus] muros, e reparando os [seus] fundamentos. Agora saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se restaurarem, eles não pagarão os direitos, os tributos e os pedágios; e [assim] se danificará a fazenda dos reis (Ed 4:12,13).

Aquele grupo de pessoas não estava errado ao afirmar que a nação foi rebelde ao Senhor, até porque sua desobediência a lei culminou no cativeiro de 70 anos. Mas quando o povo estava construindo o templo depois do cativeiro, eles não estavam sendo rebeldes, apenas estavam obedecendo a ordem de Ciro, quanto a isso, foi profetizado por Isaías.

Quando nos dispomos a fazer a obra de Deus, sempre há pessoas que se levantam para nos difamar. O próprio Cristo passou por situações como essa, chamaram-no de glutão e beberrão, será que os seus seguidores ficarão imunes a isso? Ele disse que o servo não é maior que o seu senhor. 

Como As Oposições Foram Vencidas
1. Ouviram as palavras dos profetas

Ora, os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram. Então se levantaram Zorobabel, filho de Salatiel, e Jesua, filho de Jocédec, e começaram a edificar a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles estavam os profetas de Deus, que os ajudavam (Ed 5:1,2).

Por causa das oposições sobre os israelitas, a construção do templo tinha parado por algum tempo. Aqui que entra em cena a importância de dois profetas, Ageu e Zacarias profetizam ao povo sem esperança e que tinha perdido completamente o foco da construção. Através da profecia desses homens, a liderança de Israel começou novamente a edificar a casa de Deus.

Aqui aprendemos a importância da pregação da palavra de Deus, os profetas pregaram para um povo que se encontrava desviado do seu propósito. Quando estamos em situação parecida, o certo é nos voltamos para a pregação do Evangelho que é o poder de Deus (Rm 1:16). A palavra de Deus nos edifica, consola e nos exorta (1Co 14:3), por isso que devemos ouvi-la para vencer qualquer tipo de oposição.

2. Obedecer  

Então Zorobabel, filho de Salatiel, e o sumo sacerdote Josué, filho de Jocédec, juntamente com todo o resto do povo, obedeceram a voz do Senhor seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o Senhor seu Deus o tinha enviado; e temeu o povo diante do Senhor. Então Ageu, o mensageiro do Senhor, falou ao povo, conforme a mensagem do Senhor, dizendo: Eu sou convosco, e diz o Senhor (Ag 1:12,13).

Percebemos que a nação não apenas ouviu os profetas de Deus, contudo, obedeceram a palavra do Senhor falada por meio dos seus servos. Talvez uma das mensagens falada por eles, estava no fato de lembrar das profecias de Isaias referente a Ciro; que esse homem, Ciro, depois que se completasse o cativeiro, ordenaria o povo a voltar para sua terra e edificar o templo (Is 44:28). 

O interessante, é que quando o povo se dispôs a obedecer ao Senhor e confiar nas suas promessas, eles temeram a Deus. Essa também deve ser a nossa obediência, uma obediência que nos leva a temer a Deus e a confiar nas suas promessas, contidas nas Escrituras para vencermos as barreiras.

3. Recompensas

Pelo fato da liderança de Israel e do povo ouvir a palavra dos profetas e se dispor a seguir a ordem do Senhor, eles foram recompensados. E as recompensas foram:

Primeiro, encorajamento. Depois que eles ouviram a palavra do Senhor por intermédio dos profetas, oespírito do sumo sacerdote Josué, filho de Jocédec, e o espírito de todo o resto do povo; e eles vieram, e começaram a trabalhar na casa do Senhor dos exércitos, seu Deus (Ag 1:14). Todo animo que eles tiveram para trabalhar na casa de Deus, foi por meio da palavra de Deus, ela que os motivou quando eles ouviram e colocaram em prática.

Segundo, os olhos de Deus estava sobre o povo. Os olhos de Deus estavam sobre a nação, ou seja, a ação e o cuidado de Deus estavam sobre seu povo amado. Isso fez com que eles não parassem de fazer a obra de Deus. O que podemos aprender com isso é: somente em Deus está o encorajamento que precisamos para fazer a obra dEle, e somente nEle encontramos o cuidado que necessitamos. Que possamos ter isto em mente ao fazer a obra de Deus.

Conclusão 

As lições práticas que podemos aplicar para nossas vidas é que: as oposições sempre se levantarão quando fazemos algo para o reino de Deus, seja na vida pessoal ou para uma igreja local. E a forma de vencer é estarmos sempre dispostos a ouvir Sua voz por meio da Sua Palavra. Sabendo que recompensas virão quando obedecemos suas ordens, elas são encorajamento no tempo de dificuldade, e o seu cuidado amoroso por meio da sua providência.

Sidney Muniz

Notas:
Comentário bíblico de Warren W. Wiersber 
Dicionário Wiclyffe


terça-feira, 26 de junho de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Junho/2018 - Capítulo 5 - O Julgamento das Nações



Comentarista: Leonardo Pereira

Texto Bíblico Base Semanal: Joel 3.1-10

1. Porque, eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém,
2. Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra.
3. E lançaram sortes sobre o meu povo, e deram um menino por uma meretriz, e venderam uma menina por vinho, para beberem.
4. E também que tendes vós comigo, Tiro e Sidom, e todas as regiões da Filístia? É tal o pago que vós me dais? Pois se me pagais assim, bem depressa vos farei tornar a vossa paga sobre a vossa cabeça.
5. Visto como levastes a minha prata e o meu ouro, e as minhas coisas desejáveis e formosas pusestes nos vossos templos.
6. E vendestes os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para os apartar para longe dos seus termos.
7. Eis que eu os suscitarei do lugar para onde os vendestes, e farei tornar a vossa paga sobre a vossa própria cabeça.
8. E venderei vossos filhos e vossas filhas na mão dos filhos de Judá, que os venderão aos sabeus, a um povo distante, porque o Senhor o disse.
9. Proclamai isto entre os gentios; preparai a guerra, suscitai os fortes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra.
10. Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte.

Momento Interação

Prezados estudantes da Palavra de Deus. Chegamos ao final de mais um Comentário Bíblico Mensal. Estudamos muito à respeito do profeta Joel e o livro que leva o seu nome. No último capítulo deste Comentário Bíblico, estudaremos sobre o juízo de Deus sobre as nações que afligiam o povo de Judá. É importante para nós percebemos que o Senhor preza pelos seus e não deixa a iniquidade impune. Mas sempre age com justiça e juízo que são a base de Seu trono (Sl 89.14). Que o Senhor abençoe os seus estudos, e Deus vos abençoe! Até o próximo Comentário Bíblico Mensal.

Introdução

O capítulo 3 de Joel dedica-se a descrever a restauração final de Israel e o Julgamento das Nações, dois eventos que se darão no Final dos Tempos. Duas verdades muito claras e enfatizadas nessa passagem bíblica são que as nações serão julgadas pela sua impiedade e que esse julgamento incluirá também como critério a forma como as nações trataram Israel.

No caso específico do castigo divino sobre Tiro e Sidom, mencionado nos versículos 4 a 8, acredita-se que ele tenha ocorrido, pelo menos parcialmente, no quarto século a.C., quando as duas principais cidades da Fenícia, localizadas ao Noroeste de Israel, foram subjugadas pelo conquistador Alexandre, o Grande, e, pouco tempo depois, por Antíoco III. Esse castigo, aliás, fora predito também pelos profetas Amós (Am 1.9-10), Ezequiel (Ez 26) e Isaías (Is 23). Nos versículos 17 a 21 do capítulo 3, segue a descrição da restauração de Israel.  Enfim, a grande lição desse capítulo é que Deus é o Senhor da História. O livro de Joel começa falando de destruição e termina falando de restauração; inicia com juízo e conclui com a bênção de Deus. A sua mensagem ao final é que a última palavra na história das nações pertence a Deus; que quem determina o destino final das nações não são os chamados grandes líderes mundiais, mas o Senhor do Universo. E, no final, o mal perecerá e o bem triunfará. Porque Deus está no controle de tudo. 

 I. A Restauração de Judá

O iminente Dia do Senhor incluirá julgamento contra as nações que se rebelaram contra Deus e perturbaram o seu povo. Começa-se o capítulo com a expressão naqueles dias e naquele tempo. Sinônimo de "naquele momento", essa frase marca o início de mais uma série de promessas para o povo de Deus (Jr 33.15; 50.4,20), onde o Senhor mudará a sorte deles que também pode ser interpretado como "trarei de volta do cativeiro" (cf. Jr 29.14).
A restauração também incluiria o julgamento dos inimigos de Israel ("todas as nações") por todas as injustiças contra o povo de Deus e contra a terra. As nações seriam ajuntadas e Deus as faria descer ao vale de Josafá, também conhecido como o "vale da Decisão" mencionado no vs. 14. O nome significa "o SENHOR julga" e é um símbolo do que estava para acontecer no Dia do Senhor. Não se trata de menção a um vale específico, mas seria ali que o Senhor entraria em juízo contra elas. Isso porque o seu povo e a sua herança havia disso espalhado e repartido entre eles e também, depois de os prisioneiros terem lançado sortes (Ob 11; Na 3.10), as crianças indefesas foram negociadas e vendidas para propósitos de libertinagem (Am 2.6).

II. O Castigo Divino sobre Tiro e Sidom

A acusação legal contra Tiro e Sidom (isto é, a parte costeira da Fenícia) e as regiões da Filistia (isto é, a parte costeira da Palestina; Js 13.2,3) refere-se ao seu envolvimento na captura e no tráfico de israelitas como prisioneiros de guerra. As duas regiões venderam israelitas como escravos para os gregos (vs. 6) e para Edom (Am 1.6,9). A prata e o ouro da Terra Prometida, assim como seus habitantes, pertenciam ao Senhor (Ag 2.8) e Tiro e Sidom haviam se enriquecido desse comércio ilegal.

Os judaitas vendidos aos gregos estavam tão longe de casa que era praticamente impossível localizá-los ou fazer a viagem para comprar a liberdade deles e mandá-los de volta para a Terra Prometida. No entanto, Deus agiria de forma espetacular realizando o grande milagre de trazê-los de volta à terra e o povo de Deus restaurado haveria de agir como mediador da punição de Tiro, Sidom e da Filístia. Em retribuição ao que fizeram, cairiam nas mãos dos judeus que não teriam piedade deles e semelhantemente venderiam seus filhos e filhas aos sabeus, mercadores da distante terra de Sabá (1 Rs 10.1-13; Jr 6.20). Isso viria do Senhor e quem poderia mudar? (Jl 3.8).

De modo amargamente irônico, Joel convidou à batalha aquelas nações que seriam derrotadas pelo Senhor. Eles deveriam forjar dos seus arados, espadas; e de suas foices, fazerem lanças. Depois dizerem ao fraco: "Sou um guerreiro!" – é interessante observar o contraste com Isaías 2.4 e Miquéias 4.3 que fala justamente o contrário. O lugar da grande batalha seria o vale de Josafá que é explicado no vs. 12, o verso seguinte, que diz que as nações deveriam se despertar e avançar para o vale de Josafá, pois ali Deus se sentará para julgar todas as nações vizinhas.

Tal como o grão pronto para ser segado (Is 17.5) e como as uvas a serem prensadas (Is 63.3), as nações extremamente pecadoras estavam prontas para serem colhidas (cf. Ap 14.15,18,20). O lagar estava cheio e os seus compartimentos transbordavam. O lagar cheio e os compartimentos transbordantes enfatizam o tamanho da impiedade das nações reunidas no vale para serem julgadas. Eram multidões e multidões no vale da Decisão, pois estava perto o Dia do Senhor. A iminência do grande Dia do Senhor, um dia quando ele trará vingança sobre as nações, é mais uma vez enfatizada (Jl 1.15; 2.1). O vale de Josafá é agora identificado como o vale da Decisão, o lugar onde o julgamento do Senhor será exercido sobre as multidões. A natureza responderá ao aparecimento do Senhor no dia do julgamento (Jl 2.10,31; Am 5.18). A linguagem cósmica normalmente figurada representa acontecimentos de importância nacional; porém, no dia final do Senhor, o próprio universo será realmente destruído e recriado (2Pe 3.7-12; Ap 21.1).

III. Bênçãos para o povo de Deus

Até o final do livro, agora veremos as bênçãos para o povo de Deus. Embora as nações sejam julgadas, o povo de Deus, arrependido, será abençoado para sempre no Dia do Senhor. E quanto aos que não se arrependerem? Somente restará para eles o mesmo juízo das nações. Por isso que o escritor de Hebreus exorta o povo a entrar e a se esforçar por entrar no descanso de Deus para não serem achados no engano da incredulidade. “Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hb 4.11).

Uma das expressões favoritas de Ezequiel aparece aqui também “saberão que eu sou o Senhor”. Em Ezequiel há cerca de 96 expressões dessas e sempre associadas ao juízo de Deus quando este não tinha mais jeito de se evitar. Aqui a expressão vem acompanhada com a explicação de que o Senhor habita em Sião. A experiência de Judá quanto à proteção de Deus – ele habitando conosco -, mesmo enquanto ele está irado, aprofundará a sua noção da realidade da presença de Deus em seu meio, ou seja, em Sião, o santo monte do Senhor (SI 46.4; Isa 8.18; 52.1-2; Zc 2.10; 8.3). O Novo Testamento explica que essa promessa será finalmente cumprida nos novos céus e na nova terra (Ap 21.3).

A cena final do drama (Jl 3.18)  é de prosperidade e de bênçãos paradisíacas (cf. Jl 2.19-26), como uma fonte da Casa do SENHOR, como a nascente de um rio que dá vida (SI 46.4; Ez 47.1-12) e que rega até mesmo o vale seco e estéril onde crescem as acácias. O Novo Testamento prevê o cumprimento dessa profecia na volta de Cristo (Ap 22.1-2).

Comentário Bíblico Mensal: Junho/2018 - Capítulo 4 - O Derramamento do Espírito Santo




Comentarista: Leonardo Pereira

Texto Bíblico Base Semanal: Joel 2.22-32

22. Não temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, a vide e a figueira darão a sua força.
23. E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia.
24. E as eiras se encherão de trigo, e os lagares trasbordarão de mosto e de azeite.
25. E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército que enviei contra vós.
26. E comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado.
27. E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado.
28. E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
30. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.
31. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
32. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar.

Momento Interação

O Pentecostes é até hoje um dos maiores momentos lembrados pelos estudiosos da Palavra do Senhor, devido à sua mudança de antes da ascensão do Senhor, e depois da descida do Espírito Santo. É um estudo importantíssimo pois é um evento à qual alí se dá início à obra da Igreja à qual o Senhor instituiu e inaugurou (Mt 16.18). O profeta Joel já profetiza acerca deste evento, sendo que a profecia é ao mesmo tempo presente e futura. Presente para a nação de Judá, futura para a Igreja de Cristo. Que possamos nesta semana, aproveitarmos ao máximo o estudo sobre o derramamento do Espírito Santo, e a sua ação ainda hoje em nossas vidas. Ótimos Estudos!

Introdução

A progressão expositiva do capítulo 2 do livro do profeta Joel enfoca especificamente no Dia do Senhor, que na profecia do livro de Joel se encontra plenamente em um contexto histórico da época, e escatológico para os tempos futuros. Joel menciona que em meio a importância da nação clamar ao Senhor, sendo o próprio profeta que está à frente deste momento de clamor e intercessão pela nação de Judá. Entre esta oração juntamente com os sacerdotes e com o povo,temos de modo único e maravilhoso a mensagem divina, vemos a poderosa mão do Senhor atuante restaurando e curando o povo quando este é conscientizado de seus erros e de suas falhas perante a Deus. Conferimos isto dos versículos 14 à 27. Neste capítulo, a partir dos versículos 28 à 32 do capítulo 2 do livro de Joel, conferiremos de forma mais abundante, o estudo sobre o Derramamento do Espírito Santo e a perspectiva desta promessa real, escatológica e espiritual que inunda por completo as nossas vidas com o grande poder de Deus atuando na Sua Igreja.

I.  Uma Promessa Escatológica

No dia de Pentecostes (At 2.16-21), Pedro citou uma passagem do livro de Joel, ele diz: “Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel”. Em outras palavras, esse é o mesmo Espírito Santo do qual Joel falou. Vemos que as maiores bênçãos colocadas diante do povo de Deus são: 1) O derramamento do Espírito de Deus sobre toda a carne; 2) O julgamento das nações; e 3) A glorificação do povo de Deus. Estas características não são mantidas estritamente em separado, mas, mesmo assim, são indicadas com clareza e relacionadas de perto umas com as outras. “E há de ser que, depois (um dia, no futuro), derramarei o meu Espírito sobre toda a carne” (Jl 2.28). Se o Senhor deu a chuva temporã e a serôdia na forma de bênçãos materiais, também estava pronto para derramar (Is 32.5; Ez 39.29) bênçãos espirituais no dom do seu Espírito. Sob este aspecto, Pedro se refere ao comentário de Joel. Se o primeiro grande ensino em Joel é o arrependimento diante das adversidades, o segundo é o derramamento do Espírito sobre toda a carne.

II. O Julgamento Vindouro

Num tempo futuro, marcado pelo advérbio “depois” (Jl 2.28), o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne. Examinando Oséias 3.5, veremos neste livro que essa promessa abrange os últimos dias Israel, iniciando-se com a tribulação e adentrando o reinado do Messias, que vem em seguida (Cf. Is 2.2; At 2.17. O tempo é enfático, no versículo 29 do capítulo 2. Deus faz questão de repetir que tal se dará “naqueles dias”. Ou seja, depois do arrependimento nacional e restauração futura de Israel (Zc 11.10; 13.1), eventos que serão simultâneos à Segunda Vinda de Cristo. Esse “grande e terrível Dia do Senhor" se apresentará com prodígios de Deus na terra e no céu (Jl 2.30-31). Mas Jerusalém e Sião permanecerão (Jl 2.32), e acontecerá depois... que o Espírito Santo será derramado ao remanescente fiel. Note que não haverá qualquer restrição à recepção desse dom: nem diferenças de idade (velhos e jovens), nem de sexo (filhos e filhas), e nem de posição social (servos e servas). O que aconteceu em Atos 2 foi o cumprimento dessa profecia, mas o cumprimento total ainda está por vir (Is 32.15; 44.3,4; Ez 36.27,29; 37.14; 39.29). 

III. A Promessa Cumprida no Pentecostes

É importante ressaltar que o derramamento do Espírito Santo aponta para a salvação. Diz Joel: “… e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo” (Jl 2.32). Naquele grande e terrível Dia do Senhor haverá salvação para aqueles que invocam o seu nome, pois o derramamento do Espírito Santo anunciou também o caminho da salvação. O Pentecostes foi um evento de salvação. Naquele dia, Pedro pregou o evangelho e três mil pessoas foram salvas (At 2.39-42). Paulo, citando Joel, diz que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10.13). A salvação em Cristo, recebida pela fé, agora, é estendida a todos os povos, de todos os lugares, de todos os tempos. Nos dias de Joel, como nos dias de Pedro e de Paulo e também nos nossos, invocar o nome do Senhor é o único caminho para a salvação. 

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Progresso Espiritual


A vida cristã é comparada diante das Escrituras Sangradas, como um progresso espiritual. Paulo escrevendo aos filipenses disseNão que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo, para ver se poderei alcançar aquilo para o que fui também alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prémio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:12 -14; grifo do autor).

Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra (Os 6:3; grifo do autor).

Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade (2Pe 3:18; grifo do autor).

Existem outros textos nas Escrituras sobre o assunto, porém esses três são suficientes. Podemos entender por meio dessas passagens bíblicas, que a vida cristã está em continuo movimento, ela não é uma vida parada; jogada ao enfado do comodismo. Pelo contrário, a vida cristã não se conforma em viver uma vida vazia, sem propósitos, mas em sempre querer algo a mais de Deus. Para Calvino, a palavra conversão não significava apenas o ato inicial de abraçar a fé; significa também renovação e crescimento diários em seguir a Cristo. 

Se alguém não tem o desejo de crescer diariamente na sua vida cristã, é sinal que tal pessoa parou quanto ao progresso espiritual. Geralmente, quando alguém deixa de avançar nas coisas espirituais, é porque ela rejeitou os meios de graças, como ensinavam os puritanos; e os meios são: oração, estudo da Bíblia e os sacramentos (a Ceia). Não podemos rejeitar esses meios, eles nos alimentam na caminhada rumo a eternidade, rejeitá-los, é provar que a eternidade não tem valor algum.

Objetivo desse texto é nos ajudar quanto ao progresso espiritual, por isso, três passos importantes precisam ser praticados para alcançá-lo, esses são:

1. Investimento 
        
Para ter um investimento é necessário dispor de tempo, dedicação e interesse. Caso contrário, não haverá um progresso quanto a vida cristã.

Tempo. Sobre o tempo as escrituras nos dizem: Remindo o tempo; porquanto os dias são maus (Ef 5:16). Em outras traduções, fala sobre “aproveitarmos ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Todo aquele que quer crescer na graça, precisa investir no seu tempo. A cada dia que passa a maldade cresce no mundo, e mais perto da morte nos tornamos. Os puritanos ensinavam que o desfrutar da graça nessa vida é passageira, por isso que não podemos perder tempo com coisas fúteis. Portanto, saiba como separar suas obrigações e não deixe as coisas de Deus de lado, lembrando o argumento que você usa de não ter tempo é uma desculpa para você mesmo e não para Deus; porque Ele diz em sua palavra que “há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3:1).

Dedicação. Precisamos nos dedicar no nosso crescimento espiritual, se quisermos realmente uma vida espiritual estável. Nosso maior exemplo nisso é o próprio Cristo, nEle encontramos um exemplo de oração, leitura das Escrituras e obediência a Deus (Lc 2:40 - 48). Os Evangelhos nos mostram que Jesus nunca teve uma espiritualidade relaxada, Ele sempre estava em progressão nas coisas divinas. Os apóstolos aprenderam isso de seu Mestre, temos alguns exemplos, como o de Pedro, mostrado no início, sobre crescer na graça e no conhecimento; Paulo, quando fala sobre sermos fervoroso no espírito, servindo ao Senhor (Rm 12:11) e outros.

Olhando para a história da igreja, temos vários homens de Deus que são um exemplo nessa área de dedicação, tanto na vida pessoal como na obra de Deus. Podemos citar nomes como o de João Calvino, Guilherme Farel, Martinho Lutero, John Wesley, Charles Spurgeon, Jonathan Edwards e outros; todos são exemplos de servos de Deus que seguiam a Cristo.

O exemplo de Cristo e desses outros homens de Deus, deve nos inspirar a viver uma vida piedosa. O propósito de Deus ao nos criar, foi glorificar o seu Santo nome.

Interesse. O fato de não crescermos espiritualmente, muitas vezes é resultado de não termos interesse pela espiritualidade cristã. Deus espera que seus filhos demonstrem interesse pela sua pessoa. Jesus ensinando no sermão do monte disseBem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos (Mt 5:6). Jesus descreve que bem-aventurado são aqueles que se “interessam pela progressão espiritual”. Encontramos Davi demonstrando isto pela presença de Deus: Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus? (Sl 42:1-3). Que assim seja o desejo do nosso coração pela presença divina.

2. Examinar se estamos na fé

Paulo escrevendo a igreja de Corinto diz: Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados (2Co 13:5; grifo do autor). Paulo fala para a igreja de Corinto se autoanalisar, para averiguar se de alguma forma eles estavam na fé. Calvino fala sobre examinarmos a fé:


“Aprendamos a examinar-nos e a averiguar se aquelas marcas interiores pelas quais Deus distingue seus filhos dos estranhos nos pertencem, a saber, a raiz viva da piedade e da fé”. “No ínterim, os fiéis são ensinados a se examinarem com solicitude e humildade, para que a segurança carnal não se insinue, no lugar da certeza de fé”.

Para saber se estamos progredindo na fé, devemos provar a nós mesmos quanto a isto, e de qual forma? A primeira coisa a se fazer, é termos um panorama da nossa vida e nos fazermos perguntas, como: será que estou buscando a Deus mais hoje do que antes? ou eu buscava a Deus mais no passado? Perguntas como essas, nos ajudam a refletir em que tipo de cristianismo estamos vivendo.

A segunda pergunta a fazer, é se estamos no primeiro amor. Quando não estamos mais vivendo esse amor, as escrituras nos dão diretrizes para recuperarmos ele:

Tenho porém contra ti, que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres (Ap 2:4; grifo do autor).

Cristo não estava satisfeito com o tipo de amor que a igreja de Éfeso estava oferecendo, por isso Ele disse: Tenho, porém, contra ti, que deixaste o teu primeiro amorSe Jesus não estava satisfeito com o amor dessa igreja, será que Jesus está satisfeito com o tipo de amor que você dá a Ele? Se não, saiba que Ele tem algo contra você.

O texto aponta três formas de recuperarmos o amor perdido. Primeiro: “lembra-te donde caíste”. Tenho que averiguar qual pecado causou esse esfriamento. Segundo: “arrepende-te”. Depois de averiguar, tenho que me prostrar ao pé da cruz e pedir perdão pelos pecados cometidos. Terceiro: “praticar as primeiras obras”. Após pedir perdão de Cristo, devo praticar as primeiras obras que o pecado me privou.

3. Jejum  

O jejum hoje é algo que muitos não dão valor. E geralmente isso acontece quando as pessoas não possuem conhecimento sobre o assunto ou quando não há interesse. Mas quando olhamos para o Antigo e o Novo Testamento, encontramos pessoas praticando o Jejum.

No Antigo Testamento, encontramos o profeta Joel convidando a nação a se humilhar diante de seus pecados, por meio do jejum (Jl 1:14); Esdras jejua por proteção (Ed 8:21); Davi afligia sua alma com jejum (Sl 35:13). No Novo Testamento, temos Cristo ensinando sobre isto no sermão do monte. E o ensino de Jesus, não era como o dos fariseus, que jejuavam para obter status, Ele orientava a realização do jejum com discrição, porque assim livraria seus discípulos do orgulho e os levaria para o caminho da humildade.

O jejum particular está ligado a atos externos e internos. Os atos externos estão relacionados com a abstenção de alimentos, seja comida ou água, levando-se em conta as condições de saúde (2Sm 3:35; Ed 10:6; Dn 10:3; Et 4:16; At 9:9). A parte interna, está relacionada a dois fatos ou aspectos: oração e arrependimento. O arrependimento se compõe em duas partes: primeiro, profunda tristeza pelos pecados passados. Segundo, correção da vida com vista no futuro. Já a oração está fundamentada em realizar fervorosos pedidos por coisas boas e suplicar a Deus que afaste de nós todo o mal.

O jejum muitas vezes é praticado de forma errada, as pessoas quererem barganhar com Deus. O jejum serve para mudar o cristão e não a Deus. Esse é um período onde o cristão se humilha diante do Senhor, reconhecendo seus pecados, mortifica os desejos carnais, procura renovo espiritual. O jejum serve para abrir nosso apetite para as coisas espirituais. Assim como um remédio que é ingerido, e aumenta o nosso apetite para que fiquemos saudáveis e fortes, o mesmo devemos fazer com o jejum, para que assim venhamos crescer na graça e no conhecimento.

Se você sente que sua vida cristã está acomoda, fria e precisando de renovo espiritual, pratique o jejum, sua vida irá mudar completamente, mas sempre tenha em mente, que tudo isso deve causar uma mudança que leve você a se parecer mais com Cristo Jesus.

Conclusão     

Os princípios que podemos colocar em prática para obter um progresso espiritual são: investimento, que requer interesse, tempo e dedicação. Analisarmos se estamos na fé e na pessoa de Cristo. E por último, o jejum, que deve ser usado como um meio para o crescimento e assemelhaçao da imagem do nosso Senhor Jesus Cristo.

Lembrando também, que não existe fé sem obras, se realmente fui alcançado pelos méritos de Cristo na cruz, automaticamente essa fé vai me levar as boas obras. Como disse Paulo: Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas (Ef 2:10).

Sidney Muniz

Notas:
Teologia Puritana de Joel Beeke
A prática da Piedade de Lewys Bayly
Os puritanos e a Conversão de Samuel Bolton, Nathaniel Vincent e Thomas Watson
Espiritualidade Reformada de Joel Beeke