quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2020 - Capítulo 5 - Eliseu - Referencial de Conduta Cristã
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
A Real Ênfase do Natal - Um Presente de Deus
Por Leonardo Pereira,
O natal durante muito tempo é e continua sendo, um grande símbolo de comemorações com presente, com alegrias e um período de um forte vínculo familiar. Esta festa que antecede o final de um ano é caracterizado pelo marketing e pelos eventos como um momento de festejar a data, mas não o real propósito da data. Figuras como o Papai Noel e filmes e séries retratando o Natal adentraram-se nos lares e fazem-se presente com um pinheiro, símbolo da árvore de natal aonde enfeita-se toda a árvore e embaixo dela, colocam-se os presentes para as crianças e os demais familiares. Realmente, é muito bonito nesta data poder presenciar famílias e amigos comemorando e festejando durante um ano de lutas e de intensas provações. Longe de aqui neste artigo desafazer o maravilhoso espírito do Natal ou mesmo ser totalmente crítico aos que comemoram e mantém as tradições familiares. Meu propósito com este artigo é apresentarmos o verdadeiro Natal Bíblico, para além dos marketings e das figuras que "buscam" obter para sí o símbolo do Natal. Nesta data tão festejada e comemorada, pretendo aqui trazer aos leitores um panorama bíblico do Natal e um pouco da história que ele representa, à luz das Escrituras Sagradas, para nosso entendimento e para a glória do Senhor. Primeiramente detalhemos alguns princípios acerca do Natal.
O Início das Festividades
A origem da comemoração natalina se deu historicamente a partir do século IV, quando a Igreja Católica Romana instituiu esta comemoração, e daí se expandiu ao protestantismo, e ao resto do mundo. Pelo exame da Bíblia é muito difícil precisar que Jesus nasceu em dezembro! Lucas 2:8 diz: Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam os seus rebanhos, durante as vigílias da noite. Dezembro é tempo de inverno naquela região. Costuma chover e nevar na região da Palestina, assim, os pastores não poderiam permanecer ao ar livre nos campos durante as vigílias da noite. Naquela região, as primeiras chuvas costumam chegar nos meses de outubro e novembro. Durante o inverno os pastores recolhem e guardam as ovelhas no aprisco... Eles só permanecem guardando as ovelhas ao ar livre durante o verão! Mas existem outras teorias a respeito do nascimento por exemplo:
- 25 de março – seria a data do nascimento ou da anunciação do nascimento;
- 06 de janeiro também é considerada, por alguns, como a data do nascimento, mas a maioria comemora a Epifania (Batismo de Cristo). Perceba se a anunciação foi 25 de março o nascimento deverá ser 25 de dezembro (9 meses de gestação).
A Origem do dia 25 de Dezembro
Muitos creem que a data de 25 de dezembro foi retirada de uma comemoração pagã relacionada com o Solstício de inverno (Época em que o Sol, tendo-se afastado o mais possível do equador, parece deter-se e estacionar durante alguns dias, antes de voltar a aproximar-se de novo do equador), entre 17 e 21 de dezembro. Baseado nesse solstício, toda civilização que estudavam os astros adotaram a adoração ao sol ou ao seu “deus” mais ilustre nesta data. Notadamente em Roma existia o “Nascimento do Sol Invicto” celebrando o “Novo Sol”. Essas festividades pagãs eram muito populares e, segundo alguns, foram sincretizadas para o cristianismo por Constantino, pois depois da conversão do imperador romano ao cristianismo, a população não queria abandonar esse costume.
Assim eles relacionaram Cristo com o “deus-sol”. Note que sincretismos é coisa comum na historia, perceba o da Bahia, na qual cada “santo católico” possui um similar nos cultos africanos, da mesma forma os deuses romanos se sincretizaram com os santos católicos. É percebida varias semelhanças, por exemplo entre Mercúrio e Santo Antonio, também no culto prestado a ambos, além das atribuições de funções a cada deus/santo, um é responsável pela cabeça, outro pela mão, outro pelo parto, etc. Até mesmo a questão dos ex-votos na qual os fiéis depositam pedaços do corpo humano de cera, já era costume dos gregos e romanos. Já outros crêem justamente o contrário. Que a data 25 de dezembro já era comemorada pelos cristãos primitivos, e um imperador romano, para enfraquecer a fé cristã, colocou a festa do “Nascimento do Sol Invicto” para certamente, enfraquecer esta data.
A Árvore de Natal e os Presentes
Mais uma vez alguns crêem que a origem da árvore de natal vem de Lutero, que quis relacionar com o céu, outros crêem que a origem da árvore de Natal vem da antiga Babilônia, de Ninrode, neto de Cão, filho de Noé. Segundo a qual a árvore representa o próprio Nirode redivivo, e que em determinado período, seu espírito se apossava da árvore. Realmente existem em muitas culturas, os cultos as árvores e animais também. Entre os druidas, o carvalho era sagrado, entre os egípcios as palmeiras, em Roma era o Abeto, que era decorado com cerejas durante a Saturnália, inclusive o “santo daime” que é uma droga usada por seitas latinas atuais, etc.
Já o costume de dar presente vem dos Reis Magos, na qual eles trouxeram presentes para Jesus, E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra (Mt 2.11). Ou ainda, como alguns acreditam, de um costume pagão atribuído a Odim, deus nórdico, na qual Odim dava presente a seus adoradores através de uma árvore.
O “Papai Noel” e a prática de dar presentes as escondidas
O nome “Papai Noel” é uma corruptela do nome “São Nicolau”, um bispo romano que viveu no século V. São Nicolau, bispo de Mira, um santo venerado pelos gregos e latinos no dia 6 de dezembro… A lenda de suas dádivas oferecidas as escondidas, de dotes, às três filhas de um cidadão empobrecido. Daí teria surgido a prática de se dar presentes “as escondidas” no dia de São Nicolau (6 de dezembro). Mais tarde essa data fundiu-se com o “Dia de Natal” (25 de dezembro), passando a se adotar também no natal essa prática de se dar presentes “às escondidas”, como o fazia o Saint Klaus (o velho Noel!). Então surgiu daí a tradição de se colocar os presentes às escondidas junto às árvores de natal! Também a imagem de Papai Noel que conhecemos foi criado pela Coca-cola em uma de suas propagandas, há mais ou menos 150 anos atrás.
Velas e luzes
O Uso de velas é um ritual de dedicação aos deuses ancestrais. A vela acendida está fazendo renascer o ritual dos solstícios, que mantêm vivo o sol, ou ainda iluminando as almas no mundo do além túmulo. Não tem nenhuma relação com o candelabro judaico (ou Menorah).
Presépio
O presépio não precisaria nem explicar o que é, é uma representação do nascimento de Jesus, porém a Bíblia manda não fazer imagens de esculturas, nem representações de nada no Céu ou na terra. Então alguns acreditam ser este um altar a Baal, consagrado desde a antiga babilônia. E um estímulo à idolatria! Em Êxodo 20.1-6, temos: "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos".
O que a Bíblia diz sobre o Natal?
O Natal não é mencionado nenhuma vez nas Escrituras. Todos os anos, em todo o mundo, algumas pessoas guardam o dia escolhido pelos homens para comemorar o nascimento de Jesus. Algumas pessoas o guardam como um dia santo especial, enquanto muitas outras fizeram dele um tempo de comercialização, de interesses egoístas. As modernas comemorações do Natal têm pouco a ver com os fatos da Bíblia. A Bíblia não revela a data do nascimento de Cristo, nem mesmo o número de magos que o visitaram em Belém. As Escrituras não autorizam uma comemoração especial na igreja, nem um dia santo para comemorar o nascimento de Jesus. Evidentemente, a Bíblia não dá aprovação ao materialismo egoísta, tão comum nessa época do ano.
Mas Jesus nasceu, e por um motivo muito bom. Ele veio para salvar-nos do pecado (1 Tm 2.6). Ele é o Rei, não só dos judeus, mas de todos os homens (Mt 28.18-20). Sua grande vitória veio, não com seu nascimento, mas com sua morte e ressurreição. Esta é a vitória que o faz nosso Redentor, digno de honra e adoração (Ap 5.8-14). Hoje, precisamos imitar os magos, que procuraram tão esforçadamente encontrar Jesus. Não podemos nos contentar com as crenças tradicionais, as doutrinas humanas, ou os dogmas das igrejas. Temos que examinar as Escrituras (At 17.11). Temos que aceitar o que é certo e rejeitar o que é errado (1 Ts 5.21,22). Temos que estar certos de que Jesus veio a esta Terra uma vez, e que ele voltará para chamar-nos ao julgamento (At 17.30,31; 2 Co 5.9,10).
O Verdadeiro Significado do Natal para os Cristãos
O Natal é quando celebramos o nascimento de Cristo. Deus enviou seu filho, Jesus, ao mundo. Seu nascimento trouxe grande alegria! Os pastores de Belém, os três reis magos e anjos compartilharam a emoção de conhecer o Salvador. Eles sabiam que este não era um bebê comum. Os profetas haviam falado sobre Ele, centenas de anos antes. A estrela de Belém foi enviada apenas para marcar o caminho para aqueles que estavam procurando por essa criança especial. O Evangelista Lucas descreve os eventos que seguiram este acontecimento magnífico: "E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens" (Lc 2.10-14).
O Verdadeiro Significado do Natal
Por que o Natal? Por que Deus enviou Seu filho a este mundo? Ele nos enviou Jesus para que um dia, Ele crescesse e se tornasse a parte mais importante da história da humanidade. Sua vida em verdade e amor trouxe salvação e esperança a todos nós. Sem Jesus, morreríamos em nossos pecados. Jesus nasceu para pagar o preço exigido por Deus, para que pudéssemos ser perdoados. A Bíblia diz que todos pecaram. Todos nós nascemos com uma natureza pecaminosa. Fazemos coisas que não agradam a Deus. Através dos pecados de Adão e Eva, todos nós herdamos essa natureza inclinada ao mal. Precisamos que isso seja controlado. O único caminho é através de Jesus. Jesus veio para que Ele pudesse morrer na cruz por nossos pecados. Se acreditarmos que Jesus morreu em nosso lugar, podemos pedir que Ele venha ao nosso coração e nos perdoe: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 Jo 1.9). Nós podemos realmente ser felizes no Natal! Não importa o que aconteça, podemos saber que somos os Seus filhos. Nós nos tornamos filhos e filhas de Deus.
Conclusão
Na época do Natal, quando muitas pessoas mostram uma religião superficial e falam sobre um Jesus desconhecido para elas, nós devemos lembrar que é possível ser só cristãos, seguidores de Jesus. Não devemos ensinar ou defender doutrinas de homens. Temos que simplesmente seguir a Jesus e encorajar outros a fazerem a mesma coisa. Que possamos adorar a Cristo de acordo com a vontade dele!
Referências:
AGUIAR, Rubens Silva. O Natal e os Cristãos Evangélicos. Artigo publicado em: http://www.jacuipenoticias.com/religiao/dezembro/natal.htm. Consulta dia: 19/12/2020.
ALLAN, Dennis. O que a Bíblia diz sobre o Natal? Artigo publicado em: https://estudosdabiblia.net/bd412.htm. Consulta dia: 19/12/2020.
SILVA, Isael. O Verdadeiro Significado do Natal para Cristãos e Evangélicos. Artigo publicado em: https://brasilgospel.club/jesus/nascimento/o-verdadeiro-significado-do-natal/. Consulta dia: 19/12/2020.
Comentário Bíblico Mensal:Dezembro/2020 - Capítulo 4 - O Legado de Eliseu
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2020 - Capítulo 3 - Os Milagres de Eliseu
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
Jesus Cristo pelos Evangelhos - Vida, Obra e Salvação para a Humanidade
domingo, 13 de dezembro de 2020
Como confiar em Deus
O Salmo 46 ensina o cristão a confiar em Deus em meios as tempestades da vida. Lutero fez o hino “Castelo Forte” com base nele. Podemos perceber que, além de o Salmo ensinar a confiar em Deus, ele também direciona há uma vida de gratidão ao Senhor.
Nesse texto, extrairemos algumas lições que esse precioso Salmo tem a nos instruir como podemos depositar nossa confiança em Deus.
Deus é o nosso refúgio e fortaleza
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações (Sl 46:1).
Primeiramente, o cristão deve entender que Deus é a sua proteção em meio as tribulações da vida. Além disso, ele tem que confiar que o Senhor é o seu socorro bem presente nas aflições, como disse o salmista: “não temeremos ainda que à terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares (Sl46:2)”. Por que o cristão não deve temer? Porque Deus é o seu refúgio e fortaleza, o Senhor cuida do seu povo e é bondoso com ele. Portanto, confie no Senhor.
Deus ajuda o seu povo
Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã (Sl 46:4,5).
Segundo, o cristão deve entender que a presença de Deus estar no meio de seu povo. Nada pode abalar o povo de Deus, pois o Senhor o guarda de todo o mal, Jesus mesmo assegurou: “estou com vocês todos os dias e até o fim dos tempos (Mt 28.19).” Além do mais, o Salmo demonstra que Deus “ajudará desde o amanhecer.” O Senhor ajuda o seu povo a vencer as batalhas da vida, fortalecendo em tempo de crise e de desanimo. Dessa forma, o crente precisa olhar para o alto, isto é, para o Senhor porque é dEle que vem o auxílio.
As obras de Deus
Vinde, contemplai as obras do Senhor, que assolações efetuou na terra (Sl 46:8).
Terceiro, o cristão deve olhar para as obras do Senhor. Olhar para as obras do Senhor é voltarmos para a palavra de Deus, contemplar os feitos poderosos que o Senhor realizou no passado e que continua no presente. Isso elevará a mentalidade do cristão a confiar mais em Deus, principalmente entendendo os seus atributos, compreendendo o quão grande é o Senhor e poderoso em toda terra. Ademais, devemos nos aquietar e saber que o Senhor é Deus, ou seja, confiar que Ele luta em favor do seu povo amado.
Conclusão
Em síntese, essas são lições que podemos tirar desse salmo. Deus é o nosso refúgio em meios as tribulações. Deus ajuda o seu povo com a presença do Espírito Santo na vida do cristão. Precisamos olhar para as obras de Deus por meio da sua Palavra para elevar nossa confiança a cada dia mais nEle.
Sidney Muniz
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2021 - Capítulo 2 - Eliseu - O Sucessor de Elias
Comentarista: Leonardo Pereira
Texto Bíblico Base Semanal: 2 Reis 2.9-15
10. E disse: Coisa difícil pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, porém, se não, não se fará.
11. E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
12. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
13. Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se, parou à margem do Jordão.
14. E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o Senhor Deus de Elias? Quando feriu as águas elas se dividiram de um ao outro lado; e Eliseu passou.
15. Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra.
Momento Interação
O ministério profético de Eliseu se decorre em muitas etapas de sua vida a partir do seu chamado, chegando até ao arrebatamento do profeta Elias aos céus. Durante este período, houve muitos momentos pelos quais ele passou sendo ele preparado no poder do Senhor para uma preciosa missão em Israel confirmando o seu ministério profético. A atuação do Senhor em seu ministério e em sua vida traz para nós um amadurecimento espiritual de fé e de virtude para todo o seu povo. Bons Estudos!
Introdução
Neste capítulo, estudaremos acerca do começo do ministério profético de Eliseu. Logo após que Eliseu foi arrebatado, Eliseu iniciou o seu ministério profético e momentos importantes da trajetória do profeta de Abel-Meolá adquirimos em nossas vidas a medida que nos aprofundamos na vida e no ministério deste grande homem de Deus. Eliseu, com decorrer de seu ministério, percebemos o que Deus faz na vida daquele que busca verdadeiramente à Ele, e faz de uma pessoa, um poderoso instrumento em suas mãos para a sua honra e glória. Assim como Deus usou a Elias, neste estudo compreenderemos que Deus utiliza os seus servos de modo extraordinário.
I. O Início do Ministério Profético de Eliseu
Agora como profeta do Senhor em toda Israel, Eliseu começa o seu ministério com alguns momentos impressionantes que confirmam cada vez mais o seu ministério. Para o povo, muitas ações divinas por intermédio de Eliseu são provas indiscutíveis de que Deus tem mostrado à muitos, sinais e maravilhas para perseverarem na fé. Eliseu como profeta de Deus e no poder de Deus é o seu representante em uma nação com constantes mudanças que carecem da palavra e do poder de Deus.
1. Os acompanhantes de Eliseu. O Senhor em todos os momentos envia a sua poderosa provisão aos seus obreiros, e não foi diferente com o profeta Eliseu. Logo após o início do seu ministério profético, Eliseu recebe a palavra dos filhos dos profetas que o rogam que lhe acompanhassem por temerem que uma situação similar a de Elias acontecesse com Eliseu (1 Rs 2.16b). Eles insistiram em muito para acompanharem o homem de Deus até que eles o encontraram e prosseguiram com ele, ainda que com ressalvas de Eliseu (1 Rs 2.17,18). O ministério profético sempre contará com o auxílio de Deus e com a sua poderosa provisão. Deus sempre enviará o seu socorro e seu auxílio nos momentos mais variados. O Deus que proveu auxiliares para acompanharem ao profeta Eliseu, é o mesmo que sempre proverá as nossas necessidades (Sl 46.1; 90.1).
2. O Milagre das Águas de Jericó. Precisamos de água para sobreviver. A água é formada e Hidrogênio e de Oxigênio. Ela sacia a nossa sede e refresca o nosso ser. O corpo humano é composto de 80% de água, e sem água, morreríamos pois ela é que mantém ativa a nossa estrutura física. Eliseu quando chegou a Jericó, foi consultado por homens que disseram que ali é um bom lugar para habitar, porém havia um problema que tornava o local inabitável: as águas eram más e a terra era estéril (1 Rs 2.19). Eliseu pela Palavra do Senhor e do seu poder, realiza ali o milagre das águas de Jericó, tornando-as próprias para beber e para outras funções, tirando dela a morte e a esterilidade (1 Rs 2.21). Pela Palavra do Senhor, aquelas águas foram purificadas e se tornaram abençoadas para a Cidade de Jericó. A Palavra do Senhor é vida e flui como rios de águas vivas (Jo 4.10). O Senhor é o manancial da vida (Jr 17.13), pois a nossa alma tem sede de Deus (Sl 42.1; Is 55.1; Jr 2.13; Zc 13.1), o único capaz de saciar completamente o desejo de nossas almas (Jo 4.13,14).
3. Deus está com Eliseu. O Senhor Deus de Israel se encontra em palavras a ações com na pessoa do profeta Eliseu. Observamos que a cada instante a confirmação do seu ministério profético em Israel falando somente em nome de Deus e cumprindo somente a vontade de Deus. Eliseu verdadeiramente é um profeta do Senhor. Seu ministério é ilibado, sua índole é inquestionável e o Deus à quem ele serve mostra em obras e palavras aos israelitas que realmente o profeta de Abel-Meolá é o sucessor do profeta Elias. Ainda que sejamos falhos e percorramos um caminhar difícil aqui nesta terra (1 Jo 2.14,15), jamais devemos nos esquecer que aquele que nos conduz, é o mesmo que conduziu a vida e o ministério de Eliseu. Busquemos servir ao Senhor e a executar a sua gloriosa vontade (Sl 72.1-8).
II. A Autentificação do Ministério Profético de Eliseu ao Povo
A autentificação do ministério profético não é tão aceito como o ministério evangelístico. Havia muitos perigos de um falso profeta buscar se infiltrar no meio do povo para enganar a muitos com as suas falsas mensagens e ações. Contudo, o ministério de Eliseu foi ratificado pelo Senhor e confirmado pelos filhos dos profetas que viram as obras e palavras logo após ao arrebatamento de Elias aos céus. Com a continuidade, Eliseu vem mostrando a atuação divina em Israel através dele e nele para a honra e glória do Senhor.
1. A situação de Israel na época de Eliseu. Acabe foi o rei mais ímpio de Israel superando em maldade e apostasia mais do que os seus anteriores. Da sua casa ímpia para a nação israelita, intentava fazer o mal sempre contra o Senhor e buscar irritá-lo cada vez mais. Após a sua morte, seu filho Acazias assumiu o trono da nação ficando pouco tempo, por um período de dois anos. A semelhança de seu pai, executou um reinado ímpio e por conta de suas maldades, morreu após uma perda de cem homens em um confronto contra o profeta Elias. Após a morte de Acazias, Jorão filho de Acabe, assume o trono de Israel seguindo os exemplos de seu pai e de seu irmão, não tanta quanto estes (2 Rs 3.2), mas não se voltando para os caminhos do Senhor.
2. Conflitos entre as nações. Neste tempo, surge um forte conflito entre Moabe e os reis de Israel, de Judá e de Edom. Neste momento, por indicação de Josafá, rei de Judá, haveriam eles a necessidade de os três consultarem a um verdadeiro profeta do Senhor. Este homem era Eliseu, discípulo de Elias e agora, profeta do Senhor em Israel (2 Rs 3.11,12). Em meio a conflitos, homens e mulheres de Deus são usados nas mãos do Senhor para o cumprimento da sua obra. Eles foram a pessoa certa no momento certo. Os reis foram em direção de um profeta do Senhor a fim de que não Eliseu, mas o próprio Senhor no seu Espírito, os guiassem prudentemente em meio aquela crise entre as nações.
3. Eliseu e o rei de Israel. O conflito entre Eliseu e Jorão era visível. Não fosse a presença de Josafá, o profeta de Deus não receberia os reis de Israel e de Edom. Estes dois reis eram ímpios e não tinham nenhum compromisso com Deus Todo-Poderoso. Eliseu como profeta autêntico não iria se envolver em questões das quais não há ali a presença do Senhor para glorificá-lo. Diferentemente de Josafá, Jorão estava pensando no seu reino e somente por isso buscou Eliseu. Aonde se encontra os interesse pessoais e não a glória do Senhor, ali não se faz presente Deus. Seguindo o caminho ímpio da casa de Acabe, Jorão não se converteu diante da situação e a busca por um profeta do Senhor era somente para salvar o seu reino e a sua posição (2 Rs 3.13). Deus não se compraz no interesse próprio, fruto de muitos males ao redor do mundo desde os tempos bíblicos (cf. Gn 4.4-8; Nm 16.1-50; Js 7.1-26; Mt 6.43-48; 24.10,12; Jo 6.25-27; Fp 1.27-29).
4. O livramento do Senhor às nações. Elias ministrando a Palavra de Deus aos reis sobre o que deveriam fazer é detalhista e específico, falando somente o que o Senhor lhe permitiu falar. Com todas as ações feitas, a batalha se realizou com a vitória dos três reis contra o rei dos Moabitas (cf. 2 Rs 3.20-27). Eliseu diante do povo e diante dos reis é confirmado com o profeta do Senhor, falando somente o que o Senhor lhe ordena falar, indo aonde o Senhor lhe ordena ir, e fazendo o que o Senhor lhe ordena fazer. Eliseu no Espírito do Senhor, salva os três reis e os seus reinos. Ainda que dos três reis, dois não se encontravam nos caminhos de Deus, misericordiosamente para com a promessa à Abraão (Gn 12.1-3) o Criador poupa os reinos e demonstra a sua benignidade não tem fim (Sl 136.1) e que a sua fidelidade, um dos seus atributos, é imutável: "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.13).
III. Deus Confirma os seus Ministros da Palavra
Eliseu nos mostra que um profeta do Senhor é aquele que o serve e cumpre plenamente a sua vontade. Ele tem prazer, coragem e dedicação para levar à frente o seu ministério profético na vontade de Deus. Indo além das críticas e das dúvidas, o discípulo de Eliseu demonstra sabedoria e integridade em seu ministério. Em tempos tão conflituosos entre o ministério profético, da palavra, do ensino e do ministério evangelístico, observamos que ao olhar para estes homens de Deus que antes da vinda do Senhor, nos eram intermediários como boca de Deus na terra, as suas confirmações como homens do Senhor nos serve de exemplo para que nos tornemos o sal da terra e a luz do mundo.
1. O Ministério da Palavra. A Palavra é a plena autoridade da mensagem e a autoridade do mensageiro. Não é o mensageiro mais importante que a Palavra de Deus; é a Palavra de Deus mais importante que o mensageiro. Devemos ministrar a Palavra do Senhor e não as nossas próprias palavras. Conhecemos os verdadeiros ministros da mensagem do Altíssimo quando eles estão falando aquilo que é de Deus e não de suas próprias mentes e corações. O perigo em nossos dias é que o que está sendo ministrado aos povos não é a Palavra do Senhor, mas mensagens desprovidas de conteúdo bíblico e espiritual do Senhor da Glória. Como autênticos ministros da Palavra do Senhor devemos cumprir o Ide do Senhor de ensinar as suas palavras, a sua mensagem (Mt 28.19). O compromisso que devemos obter é somente com a Palavra do Senhor, que rege as nossas vidas, e que nos instrui com toda sabedoria e crescimento espiritual que provém de Deus.
2. O Ministério do Discipulado. Eliseu passou por um período de discipulado com o profeta Elias. Em atenção as ações do seu mentor, Eliseu cresceu em sabedoria e maturidade para quando fosse ele, o próximo profeta do Senhor em Israel, Deus atuaria em seu ministério confirmando ainda mais a sua trajetória diante do povo. Atualmente encontramos uma banalização no ministério do discipulado, do qual, muitos não se encontram preparados devido a falta de preparo de muitos líderes que estão no comando de seminários e muitas igrejas. Para um discipulado poderoso na presença do Senhor, devemos ter igrejas firmes e líderes firmes com o intuito de passar às próximas gerações, maturidade, sabedorias e qualidades dignas para serem vozes proféticas na nação como o foi Eliseu.
3. Integridade e Moralidade. Uma das graves crises as quais encontramos em nosso tempo, e em evidência na nação brasileira são as crises de integridade e de moralidade. Integridade é a qualidade de se manter em justiça (ser justo, imparcial) e corretividade (ser correto); é não se corromper com os conceitos do mundo e do pecado. É não caminhar por estradas das quais o Senhor não se encontra no caminho. Moralidade é a condição de uma pessoa ser moral, ou seja, exemplar em sua conduta como um referencial para muitos irmãos em Cristo, especialmente para as próximas gerações. A falta destas qualidades nas igrejas evangélicas brasileira, especialmente nas lideranças tem deixado rastros de pecaminosidade e de muitas dores para os crentes fiéis, bem como de falta de exemplos, de modelos para se seguir. Ambas as qualidades são próprias para que o ministro da Palavra do Senhor possa estar com seu alvo voltado para o que o Criador lhe revelar aos cristãos que almejam a verdade revelada nas Escrituras, e em evidência no ministro da mensagem divina.
4. Fidelidade com o que o Senhor nos confiou. A fidelidade é um dos atributos de Deus, os quais se expressam pelas Escrituras Sagradas com sublime poesia do salmista o exaltando: "A tua misericórdia, Senhor, está nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens" (Sl 36.5). Fidelidade é a observância de fé devida, é uma lealdade indissolúvel, incorruptível e inegociável. Devemos ser fiéis ao Senhor com tudo aquilo que tem feito à nós e o que Ele fez por nós. Esmeremo-nos com bons despenseiros das responsabilidades que Deus tem nos confiado para que o recebamos em honras para sua glória: "Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim" (Lc 12.43).
Conclusão
O ministério profético de Eliseu foi sendo confirmado com suas palavras e ações. Desde o Jordão seguindo até Jericó e Samaria, o profeta mostra as nações que Deus é o Supremo Criador e Mantenedor de Todas as Coisas. A fidelidade de Eliseu ao Senhor é inquestionável, ainda que com ressalvas de muitos o acompanharem, os filhos dos profetas sabem que se encontra na nação um verdadeiro homem de Deus que cuida da nação israelita com muito esmero, integridade e sinceridade. Assim como o Eliseu, cuidemos nós dos ministérios aos quais o Senhor tem nos confiado, e vigiemos para que não ocorra de entrarmos em um juízo pela apostasia e pela infidelidade à Ele: "E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá" (Lc 12.47,48).
Sugestão de Leitura da Semana: SILVA, Oliveira. Arautos de Deus. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.