sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Setembro/2017 - Capítulo 5 - A Família no Séc. XXI



Comentarista: Marcos Rogério

Introdução
No século XXI vemos uma crise na estrutura familiar. A família enfrenta inúmeros dilemas nesses tempos trabalhosos! A desigualdade social, os perigos da pós-modernidade, a inversão de valor, a crise na educação e na vida social, enfim, inúmeros dilemas. Há inúmeras influências morais e religiosas que nos rodeiam, ao passo que a imortalidade, a ateísmo, a rebelião contra as autoridades, o aumento do uso de drogas, as doenças emocionais, tudo isso tem causado um grande problema para a estruturação familiar. O objetivo dessa série de comentários bíblicos na página Evangelho Avivado visa apresentar a Palavra de Deus como solução para a crise familiar em nosso século encaminhando a mente de nossa nação aos puros e enobrecedores princípios da Palavra de Deus, apresentando essa Palavra como um guia familiar nesses inúmeros desafios que a vida contemporânea nos oferece.
I. A Família e os Tempos Trabalhosos
O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus previu que nos últimos dias da história desse mundo haveriam tempos difíceis, tempos trabalhosos onde estaria cada vez mais desafiador viver a plenitude do Evangelho de Jesus nesse mundo de pecado. 
"Sabe, porém, isto: Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo a forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes" (2 Tm 3:1-5).
Nesse quatro, o apóstolo pinta os males e as corrupções dos últimos dias, nos quais a família estaria vivendo numa condição extremamente desafiadora. Os padrões morais estão sendo lançados por terra, o direito está sendo substituído pelo duvidoso, o certo sendo substituído pelo errado. 
Mais do que nunca, os padrões morais da Palavra de Deus se fazem necessários para auxiliar a família a viver uma vida melhor nessa Terra e se preparar para a vida futura, imortal e eterna! 
O lar moldado pelo Palavra de Deus tem poder para influenciar positivamente os demais lares construindo uma corrente positiva de bem. Não é só o lar baseado nos princípios da Palavra de Deus que é abençoado, seu testemunho cristão através de princípios elavadores os quais tendem a melhorar a estrutura familiar será seguido por outros lares desesperados por uma vida melhor. 
Podemos ter a salvação de Deus para nossa família, mas devemos para isso crer, por ela viver, e ter uma contínua e persistente fé e confiança em Deus, devemos depender de Deus, Jesus disse: "Sem mim nada podeis fazer" (Jo 15:5) e permanecendo em Cristo, não mais viveremos, mas Ele viverá em nós (Gl 2:20). Dessa forma, o Espírito de Deus será uma influência permanente na vida e no lar. 
Satanás faz todo o esforço para afastar homens e mulheres de Deus, e sempre consegue seus objetivos quando consegue absorver a atenção de modo que a família não tenha tempo para ler a Bíblia e orar unida. A família que estuda a Palavra de Deus e ora unida permanece unida. Satanás não consegue destruir uma família edificada sobre a Palavra de Deus, portanto enche pais e mães de ocupação, de preocupações de modo que não tenham tempo, paciência ou disposição para unir a família no clamor a Deus e a família fica sem o escudo protetor dos anjos do Altíssimo que se acampam ao redor daqueles que O temem e os livra (Sl 34:7) daquele que anda em derredor, como leão procurando alguém que possa tragar (1 Pd 5:8).
Se já houve tempo em que toda casa deveria ser uma casa de oração, esse tempo é agora! Prevalecem no mundo a incredulidade e o ceticismo. Predomina a iniquidade. A humanidade é escrava do pecado e vive em ímpias paixões. Cada alma desligada de Cristo torna-se uma marionete nas mãos do inimigo de Deus o qual as apanha em suas ciladas de tentações. Nesse tempo de crise, de perigo, os lares mesmos cristãos tem se esquecido de Deus. A religião cristã torna-se um hábito, um hobby, um passatempo. 
A religião de Cristo não deve ser tida como um entretenimento para tempo vago, mas como aquilo que é mais importante na vida dos servos de Deus.
"Hoje o grande problema é converter os convertidos" (Rodrigo Silva). Em média, os adultos ganham menos do que o suficiente para viver e trabalham quase que três vezes a mais que antes devido à corrupção estabelecida e arraigada na sociedade. Devido a esse estado de coisas premeditado pelo inimigo de Deus e pela sede de consumo de artigos desnecessários e do advento da era eletrônica consegue esse adversário separar homens e mulheres de Deus semeando o caos por toda parte. É hora de uma urgente reforma na igreja, na sociedade e em outros setores, mas essa reforma deve começar no lar.

II. A Família e os Perigos da Pós-Modernidade
A Pós-Modernidade é um conceito da Sociologia que designa a condição sócio-cultural e estética dominante no capitalismo após a queda do Muro de Berlim (1989), o colapso da União Soviética e a crise das ideologias nas Sociedades Ocidentais no final do século XX.
O pós-moderno se contrasta com o que é moderno. A Pós-Modernidade é um conceito atual que se aplica em diversas áreas da ciência, filosofia, na arte, na sociologia e na psicologia. Em cada uma delas a Pós-Modernidade tem sua definição. Mas o conceito geral é aquele que se contrasta com o moderno. 
O Pr. Rubens Paes escreveu um artigo chamado A Família e as Relações Afetivas no Mundo Pós-Moderno no qual relata a influência da Pós-Modernidade na vida familiar. Ele acredita que os novos conceitos éticos, a moral e os costumes que vão ganhando forma e conquistando espaço trazem preocupações. Afirma ele nesse artigo que há certas áreas da vida em que o homem parece regredir e que a qualidade da vida emocional das pessoas está piorando a cada dia. Como pregadores do Evangelho, cremos que isso é profético. Jesus disse que nos últimos dias haveria o aumento da iniquidade e da falta de amor (Mt 24:12). 
A empatia (Mt 7:12) está desaparecendo e as pessoas. As influências pós-modernas nessa era da informação deveriam elevar a moral, os bons costumes, a elevação da qualidade da vida familiar, mas sem Deus isso é impossível é essa era pós-moderna tem praticamente descartado Deus da vida humana em todas as áreas. 
Hoje quase todos tem um celular, um tablet, um smartfone ou algum aparelho eletrônico móvel em mãos, mas a Palavra de Deus é descartada. Outros tem a Palavra de Deus em mãos, mas longe do coração. O salmista disse: "Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra ti" Sl 119:11. Nesse texto Davi exalta a Palavra de Deus e por incrível que pareça, nessa era da informação se despreza as informações importantes e únicas contidas na Palavra de Deus! A humanidade está alienada, está vegetando espiritualmente. A humanidade precisa de Deus, está doente e se recusa a ser auxiliada pelo Médico dos Médicos.
A juventude é a mais afetada nessa era pós-moderna. O salmista também disse: "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a sua palavra" (Sl 119:9). É a Palavra de Deus a solução para os dilemas da família pós-moderna, embora o homem tarde em perceber isso.
Os consultórios estão cheios de pessoas com crise na família buscando ajuda de terapêutas. A década de 70 representou a implantação da terapia familiar no Brasil, já consolidada em outros países. Isso reflete a desintegração da família na era da pós-modernidade. A família, em especial a família cristã tem sido bombardeada diariamente pela grandiosa extensão da Pós-Modernidade nesta geração. A família, idealizada e estruturada por Deus deixando Seus reclamos tem ruído, cedendo pouco a pouco pela pós-modernidade. Esta pós-modernidade nada mais é do lado uma nova configuração cultural, cheia de novas ideologias, novas percepções filosóficas e que tem negado, contrariado os princípios espirituais da Bíblia. 
Qualquer persistência em seguir a Palavra de Deus é interpretada como regressão racional. O mundo "evoluiu" e a Bíblia extinta nas escolas é tida como fundamentalismo irracional. Outro tentativa diabólica de destruir a família é a ideologia de gênero. Nessa teoria satânica as crianças nascem sexualmente neutras e a criação deve ser neutra para que cada criança decida se quer viver como homem ou mulher. A Bíblia é clara nesse sentido, Deus fez homem diferente da mulher e para viver como homem e fez a mulher para viver como mulher sendo diferente do homem, "homem e mulher os criou" (Gn 1:27). A Bíblia condena a inversão da sexualidade: "Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação (Lv 18:22).
Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável...(Lv 20:13).
Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas conscupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si.
Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro" Rm 1:24,26-27.

III. A Família e o Perigo das Inversões de Valores
A família atual enfrenta outras crises. Além das crises mencionadas temos a inversão de valores. Isaías, em visão profética disse: "Aí dos que ao mal chamam bem, e ao bem chamam mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade; põe o amargo por doce, e o doce por amargo!" (Is 5:20). 
Isaías descreve a inversão de valores na era pós-moderna em nosso século, além de falar daquilo que também já acontecia em seus dias em sua própria nação.
A ordem dos dias atuais é: "É proibido proibir!" As crianças e adolescentes crescem sem regras. Estabelecer regras e limites é tido como crueldade e falta de amor. A disciplina é praticamente inexistente na maioria dos lares.
 As crianças e adolescentes mandam e desmandam em casa e os pais extasiados mal sabem o que fazer e como proceder. A Lei da Palmada, também conhecida como Lei do Menino Bernardo proíbe o castigo físico contra crianças e em certo sentido é uma lei justa, mas a justiça brasileira precisa tomar cuidado para não tirar a autoridade dos pais e mães, homens e mulheres de bem de seus filhos. É claro que não pode haver abuso de autoridade por parte dos pais e nem tratamento injusto e cruel contra as crianças e adolescentes, mas em último caso, como último recurso pedagógico o castigo físico como disciplina pode ser necessário. 
Não pode haver inversão de valores onde pode ser considerado errado educar e disciplinar os filhos, mas seja correto criar delinquentes em nossas ruas. Onde seja proibido educar os filhos, mas não se toma providências para tirar as crianças das ruas e do mundo do crime. 
A Bíblia orienta a disciplina que estabelece limites na medida certa e que visa desviar a criança do caminho do mal.
Veja, caro leitor as sábias palavras do rei Salomão: "O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina" (Pv 13:24).
"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele" (Pv 22:6).
"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela" (Pv 22:15).
"A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar sua mãe" (Pv 29:15).
"Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma" (Pv 29:17).
Podemos citar muitos outros exemplos de como a sociedade pode inverter os valores na área educacional. Outro ponto importante é que um adolescente plenamente capaz de assumir a responsabilidade por seus atos e que comete crimes não é classificado como criminoso, mas como "menor infrator" e não recebe punição e repreensão equivalente aos seus erros e muitos vezes escolhe consciente a vida do crime contando com a impunidade. 
Uma vítima de estupro é "culpada" porque andou sozinha ou usou roupas curtas e é discriminada pela sociedade e condenada até por autoridades. 
Um criminoso é morto na cadeia e a OAB quer que a família do criminoso receba uma indenização porque o estado não cuidou da integridade física do preso, mas um trabalhador morre nas ruas e a família sequer é visitada pelos Direitos Humanos que visita o culpado pra saber se ele está sendo bem tratado e a OAB não exige indenização para a família da vítima responsabilizando o Estado por não ter provido segurança à vítima.
 As pessoas que tem uma boa condição financeira raramente são condenadas, ao passo que os que cometem pequenos delitos são imediatamente presos.
A Ideologia de Gênero estabelece como neutro um recém nascido e quer que seus pais o criem como neutros para que o mesmo decida sua sexualidade, ao passo que nos tempos bíblicos homens eram criados como homens e aprendiam a profissão do pai e mulheres eram criadas como mulheres aprendendo as tarefas domésticas com a mãe. 
Dois homens e duas mulheres são tidos como um casal podendo até adotar filhos ao passo que a família tradicional em sua estrutura é negligenciada. 
A inversão de valores tem colocado em risco a família brasileira e a família mundial e mais do que nunca precisamos de um reavivamento e uma reforma profética aos moldes dos profetas bíblicos.

IV. A Família e a Palavra de Deus
Diante de tantos problemas que constatamos na sociedade pós-moderna diante da inversão de valores nesses tempos trabalhosos ainda temos esperança. Não fomos deixados a navegar sem um leme sendo lançados de um lado para outro contra as rochas da incredulidade. Temos o leme da Palavra de Deus e Jesus a nos guiar nesse oceano de perplexidades. 
A Bíblia sobreviveu no decorrer da história da humanidade, tentaram destruir a Palavra de Deus, hoje tentam neutralizá-la, mas "seca-se a erva e cai a sua flor, mas a Palavra do Senhor permanece eternamente (Is 40:8). "Passarão os céus e a Terra, porém minhas palavras não passarão" disse Jesus em Mateus 24:35.
O lar cristão aos moldes bíblicos foi criado como uma estrutura familiar constituído por um grupo de pessoas unidas por laços de sangue, afinidade ou adoção, os quais compartilham uma cultura comum e tipicamente vivem na mesma casa. O lar foi criado para proporcionar segurança a seus membros, e é um porto seguro contra as forças ameaçadoras da sociedade exterior, muitas vezes decadente e de má influência. 
"A proteção obtida dentro da arca por Noé, sua esposa, seus três filhos e respectivas esposas (Gn 6:18-7:1) é a mais dramática ilustração da história dessa função do lar. Por serem de um mesmo sangue e corpo, os membros de uma família devem gozar não só a proteção física contra elementos ameaçadores, mas também da segurança emocional e psicológica. Dentro da família, não há nenhuma necessidade de defesa ou fingimento. Aí os membros são livres para comunicar esperanças e dúvidas, aspirações e decepções, certos da plena aceitação e sem temor de traição" - (Tratado de Teologia, pág 807).
A comunidade cristã primitiva foi um exemplo para a família. Lemos que os discípulos "perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At 2:42). E que "da multidão dos que creram eram um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo porém, lhes era comum" (At 4:22). Esse exemplo de cristianismo relatado por Lucas e vivido pela comunidade cristã é o grande e melhor exemplo para a unidade familiar. Cada membro da família deve considerar os outros em máxima consideração. A igreja atual deve voltar a esse modelo de unidade. 
A família e a igreja devem ser uma luz num mundo de trevas para que vejam suas obras e glorifiquem o Pai que está nos Céus (Mt 5:16). 
O judaísmo rabínico também considerava a família e o casamento como uma grande bênção e afirmavam: "Aquele que não tem nenhuma esposa não é um homem no verdadeiro sentido da palavra," - Talmude Babilônico Yebamoth 63a; "vive sem alegria, sem bênção e sem bondade" Talmude Babilônico Yebamoth, 62b. 
O lar era o centro da prática religiosa. Destacavam-se as festividades, o sábado e a Páscoa judaica. Além disso, as famílias celebravam a Festa dos Tabernáculos e os rituais diários que serviam para fortalecer os laços familiares. Os cristãos devem reunir as suas famílias e orarem e estudarem as Escrituras unidos cumprindo esse mesmo objetivo. Pais e mães cristãos devem diariamente unir seus filhos e cultuarem juntos erguendo um forte clamor ao Deus dos Céus que os ouvirá e abençoará seus lares. 
A família tem instituição de origem divina e constitui um dom de Deus à raça humana. 
Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nessa relação, a família torna-se uma bênção. Preserva a pureza e a felicidade do gênero humano, provê as necessidades físicas, mentais, sociais e espirituais do homem.
A primeira obra dos cristãos é serem unidos na família. Essa influência será extendida aos visinhos que por sua vez a extenderão a outros tornando o lar cristão um cheiro de vida para vida (2 Co 2:16).
O lar cristão bem ordenado seguindo os princípios da Palavra de Deus é um dos mais poderosos testemunhos ao mundo do poder dessa Palavra. O amor cristão na família e na igreja é o único argumento irrefutável e inquestionável a favor da verdade, pois se espera-se que a religião influencie a sociedade, deve ela primeiro influenciar o lar. Se os filhos forem ensinados no lar a amar a Deus e temê-lo (Dt 6:1-5), quando saírem para o mundo conrituindo suas próprias famílias nessa mesma base estarão preparados para educar suas próprias famílias para Deus, e assim o princípio da verdade será implantado na sociedade e exercerá uma influência transformadora e santificadora no mundo.



A igreja deve capacitar seus obreiros, pastores e outros líderes a trabalhar constantemente para a elevação da moral, dos bons costumes e da família humana. A família humana está ruindo sob a influência do mal, da inversão de valores e como consequência da ignorância da Palavra e devemos como igreja atuar para erguer a família cristã ante o mundo e testemunhando o poder transformador do Evangelho de Cristo. Deus nos abençoe nessa grandiosa obra! Esse é o desejo de toda a equipe Evangelho Avivado.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Setembro/2017 - Capítulo 4 - A Família e o Senhor Jesus



Comentarista: Marcos Rogério

Introdução

A família de sucesso é centrada no Senhor Jesus Cristo. Assim como os profetas e apóstolos abordaram o assunto da família e se relacionaram com as suas famílias e também com outras famílias não foi diferente com o nosso Senhor Jesus Cristo. 
A família é tão importante que Deus se fez carne e por meio de uma família veio ao mundo assumindo a forma humana (Fp 2:6-7). 
Cristo fez parte de uma família com seus desafios como tem todas as outras famílias, o fato de ele ser Deus não fez com que sua família fosse perfeito, ao iniciar seu ministério público, Jesus não foi compreendido nem pela sua família e nem mesmo seus irmãos creram nele (Jo 7:5). Jesus compreendia a importância da família e mesmo na hora da morte  confiou sua mãe a um de seus discípulos (Jo 19:26-27).  Cristo viveu sua vida terrena sempre no ambiente familiar e fez questão de identificar seus seguidores como sua família (Mt 12:46-50).

I. Jesus menciona a Importância da Família

Jesus valorizou tanto a família que após sua morte seus familiares passaram a fazer parte da igreja primitiva ( At 1:14). A carta de Tiago no Novo Testamento é atribuída a um dos irmãos de Jesus e que foi pastor na igreja em Jerusalém. Jesus impactou sua família de tal forma que todos, inclusive seus irmãos incrédulos se tornaram cristãos. 
Em uma das menções à família, Jesus foi um tanto polêmico! Em Mateus 12:46-50 lemos: "Jesus ainda estava falando à multidão, quando sua mãe e seus irmãos, que ficaram de fora, procuravam falar-lhe. Alguém lhe disse: "Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo." Respondeu Jesus a quem lhe trouxe a notícia: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" E apontando para os discípulos, acrescentou: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe."
Alguns encontram uma certa dificuldade em entender e explicar esse texto porque aparentemente Jesus estava menosprezando sua própria família, mas na verdade Jesus estava ampliando a noção de família mostrando que irmãos na fé devem ter tanto amor de uns para com os outros chegando ao ponto de considerá-los sua família. 
Outro texto polêmico se encontra em João 2:1-5 que diz: "Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. 
Jesus também foi convidado, com os seus discípulos para o casamento. 
Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não tem mais vinho. 
Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo, Ainda não é chegada a minha hora. 
Então, ele falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser."
Em nossos dias seria grosseiro, extremamente grosseiro alguém se referir à sua própria mãe como mulher e mais ainda perguntar: Que tenho eu contigo? Mas é preciso considerar o contexto cultural e linguístico da época de Jesus. Nos dias de Cristo, se referir a alguma mulher usando o termo mulher era considerado estima e respeito e não de reprovação e sensura, afirma o Dicionário Vine. Esse era o modo natural de Jesus se dirigir às mulheres e mostrar-lhes seu apreço e respeito por elas, contrariando a cultura extremamente machista da época onde os judeus agradeciam a Deus em oração por três coisas, por não terem nascidos gentios, samaritanos ou mulheres. 
Mas o que dizer da pergunta de Jesus à sua mae: Que tenho eu contigo? Tal pergunta é interpretada erroneamente como uma afronta de Jesus à Maria,  mas o verso cinco desmente essa ideia ao afirmar que após isso Maria disse aos serventes que fizessem tudo o que Jesus ordenasse. 
Também lemos em 2 Sm 16:10 e 1 Rs 17:18 que tal pergunta significava uma recusa em participar de alguma ação proposta ou sugerida. Cristo estava se referindo à sua morte onde o derramamento de deu sangue simbolizado pelo vinho ainda não havia chegada a hora, posteriormente ele declarou: "Chegou a hora" (Jo 12:1, 23; 13:1). Portanto, Jesus valorizou a família, inclusive sua própria e aos seus olhos a família é uma instituição divina.

II. A Família de Jesus

Jesus, assim como todos nós também tinha sua família terrestre. Seu pai de criação era José, sua mãe Maria além de irmãos e irmãs, os quais alguns são nominados nas Escrituras, Tiago, José, Judas, Simão e pelo menos duas irmãs Mc 6:3 Jesus era primo de João Batista Lc 1:36 e sobrinho de Zacarias e Isabel, ver Lc 1:3-25. Uma família praticamente comum.
Logo no início de sua vida cono um feto humano, Jesus teve problemas. Maria estava noiva de um homem, José e correu o risco de ser apedrejada acusada de adultério, uma vez que José não tinha tido relações sexuais com Maria e soube que a mesma estava grávida. Devido ao fato de ser um homem justo ele resolveu deixá-la secretamente Mt 1:18-21 e somente por intervenção divina por meio de um anjo assumiu sua esposa sendo notificado que Jesus havia sido gerado sobrenaturalmente pelo Espírito Santo. Jesus era descendente de Davi Mc 12:35-37. 
Após sua morte, muitos de seus familiares, quase todos ou todos se tornaram cristãos. 
Jesus aprendeu sua profissão de carpintaria com seu pai José Mt 13:55. Isso nos mostra a importância de os pais ensinarem os filhos uma profissão e a viver honestamente com os frutos de seu próprio trabalho. Jesus era um filho obediente Lc 2:51 mostrando pelo seu próprio exemplo a importância dos filhos cumprirem o mandamento da lei de Deus, honrar pai e mãe Ex 20:12; Dt 5:16. A família de Jesus não era perfeita e, em algumas ocasiões sua mãe e seus irmãos duvidaram dele Mc 3:21; Mt 12:46-47; Jo 7:1-9. 
Jesus incluiu todos nós nessa família, a família dele Mt 12:46-50; Mc 3:31-34; Lc 8:19-21. 
Aprender sobre a família de Jesus nos ajuda a entender nosso papel no contexto familiar. Jesus não se envergonha de nos considerar como seus irmãos Hb 2:11. 
Jesus foi nosso exemplo 1 Jo 2:6 em todas as coisas e não foi diferente na vida familiar. Não vemos Jesus brigando com seus irmãos, mesmo quando o despontaram humanamente falando, não vemos Jesus respondendo aos pais, não vemos ele abandonando a família ou envolvido em intriga familiar. Jesus amou sua família apesar dos problemas e ele sabia as limitações da natureza humana e não precisava que alguém lhe desse testemunho disso Jo 2:25. 
Jesus amou sua família até o fim. Hoje eu e você somos a família de Jesus.

III. Jesus é a Esperança para as Famílias

Jesus é a esperança para as famílias pelo seu piedoso exemplo, por seus ensinos e por seu poder de regenerar e salvar. Os ensinamentos de Jesus sobre a família, sua estrutura e seu estilo de vida devem ser o funcionamento da família. A família deve edificar-se sob a Palavra de Jesus, assim como Pedro que disse: Sob tua Palavra lançarei as redes (Lc 5:5). O êxito familiar depende disso. 
Foi justamente em uma cerimônia sagrada da união matrimonial a ocasião onde Jesus Cristo realizou seu primeiro milagre transformando água em vinho mostrando sua capacidade de remediar situações consideradas irremediáveis (Jo 2:1-12). Através desse milagre Cristo provou ser ele mesmo a esperança para a família em todos os seus desafios. 
Jesus também frisou a importância de se preservar os laços familiares e conjugais mostrando a morte e o adultério como as únicas razões para um novo casamento, remetendo o modelo da estrutura familiar ao primeiro casal antes da queda (Mt 19:3-12). Jesus tomou como base Gênesis 2:24 como base para suas declarações. 
Nos tempos bíblicos e também nos atuais a formação de uma nova família era comemorada com uma festa. Podemos entender que Jesus também se regozija com a formação de novas famílias. 
Jesus usava as Escrituras como base de seus ensinos sobre a família, assim como o fazia com outros temas porque nas Sagradas Escrituras o casamento serve de símbolo da relação entre Deus e seu povo (Jr 3; Ez 16; Os 1-3). Deus corteja e desposar Israel; a relação é terna e íntima. A apostasia de Israel era comparada ao adultério. No Novo Testamento, o casamento é comparado pelos apóstolos à união entre Cristo e sua igreja (Ef 5:22-23). A consumação de todas as coisas com a inauguração do reino eterno de Cristo é comparado as bodas do Cordeiro, quando Cristo toma sua noiva para estar com ele (Ap 19:7-9). O simbolismo bíblico ensina que digno de honra deve ser o matrimônio (Hb 13:4).
As pessoas até podem viver felizes sozinhas e algumas até decidem viver assim. Mas o ser humano é um ser social e encontra realização plena no casamento onde reina amizade, companheirismo, empatia e principalmente se esse casamento é construído sobre a Rocha que é Jesus (Mt 7:24-27; 1 Pd 2:4-8). 
Uma análise da influência evangélica no Brasil e no mundo revelam o poder de Jesus de restaurar famílias. 
Quando estudamos os relatos bíblicos sobre as famílias, vemos que muitas delas enfrentaram problemas gravíssimos. A primeira família a enfrentar uma crise grave foi a de Adão. Expulso do Éden devido ao pecado teve prejuízo na unidade com sua esposa. Deus lhe trouxe esperança apontando para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29) através do cordeiro morto no Éden que cobriu a nudez do primeiro casal (Gn 3:21). 
Caim, filho desse primeiro casal começou a encher o coração de inveja e ciúme. Assassinou seu irmão Abel que manifestou de em Cristo por meio do sacrifício do cordeiro e pela sua fé, mesmo depois de morto ainda fala (Hb 11:4). Cristo foi a esperança da restauração da família na nova Terra mostrando que aqui também ele deseja uma restauração familiar de famílias que estão destruídas. Inúmeras pessoas tiveram suas famílias restauradas, filhos tirados do mundo das drogas, da promiscuidade, do crime, etc...Tem mostrado o poder de Jesus em restaurar o homem caído e restaurar as famílias assim como restaurará a humanidade onde aqueles que crêem em seu nome receberão a vida eterna (Jo 3:16). 
Todas as famílias que venceram seus conflitos, o fizeram por terem se firmado em Cristo. Cristo é a única esperança para as famílias. Nosso papel como cristãos é levar Cristo aos lares. A famílias que nunca conhecerão a Jesus e seu poder, a menos que os servos de Deus entrem em seus lares.
Na Itália existe uma torre famosa chamada de Torre da Pizza. Ela foi construída sobre um solo instável, como a areia, e começou a ficar inclinada e por isso os engenheiros tiveram que reforçar as bases dessa torre para que ela não caísse. Assim acontece quando uma família começa a declinar por não estar firmada em Cristo, mas se estabilizar quando se fundamenta nele. 
Que possamos ter Jesus como fundamento da nossa família e levar Jesus à humanidade sofredora como a única esperança para as famílias.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Comentário Bíblico Mensal de Outubro/2017 - 500 Anos da Reforma Protestante



Em comemoração pelos 500 anos da Reforma Protestante, iremos estudar neste mês um dos temas mais incríveis e maravilhosos da Bíblia Sagrada. Estudaremos sobre a Epístola aos Romanos, com o tema: Graça Abundante - A Manifestação da Salvação na Epístola aos Romanos. O comentarista deste mês é o irmão Alexandro Milesi, ministro do Evangelho e expositor bíblico. É uma oportunidade para todos nós entendermos e compreendermos sobre a essência do verdadeiro evangelho da perspectiva paulina. A Epístola aos Romanos é a epístola da qual se decorreu todo o processo da Reforma mediante ao seu conteúdo e o modo de se revelar ao homem. Não posso aqui definir em palavras a leitura desta epístola e a sua grandiosa contribuição ao evangelho do Senhor Jesus Cristo. Mas posso dizer que é uma oportunidade neste mês de compreendermos o porque desta epístola fez grande impacto na época e os seus efeitos para todos nós atualmente. No Comentário Bíblico Mensal deste mês iremos tratar sobre o efeito do pecado na humanidade, a necessidade de salvação aos gentios, a cegueira espiritual dos judeus em não compreender que Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6), sobre a justificação pela fé, e a o que a Maravilhosa Graça. Neste mês estudaremos os pontos vitais da epístola para que ao final do estudo, tenhamos uma visão bem mais robusta desta epístola e seu valor para todos nós. O estudo será toda segunda-feira do mês de Outubro na Página do Ministério Evangelho Avivado às 9 horas da manhã, e no blog Evangelho Avivado toda terça, também às 9 horas da manhã. Mediante à este estudo, devemos dizer também como o próprio apóstolo Paulo nos diz:

"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé".

Romanos 1.16,17

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Sagrado vs Secular



Quero por meio desse texto falar de uma forma resumida, sobre o sagrado e o secular. Várias pessoas tem o entendimento que, tudo que está fora da igreja é completamente secular e o que está dentro da igreja se torna de alguma forma sagrado. Mas será que devemos fazer essa dicotomia em nossa mente? Se for de certa maneira fazer essa separação, como entender questões de músicas secular, festas e amizades com pessoas que não são cristãs? Vamos analisar e ver o que a Bíblia tem a nos ensinar sobre esse assunto.

1.      Tudo para a Glória de Deus
Quando temos uma visão mais abrangente do reino de Deus, entendemos o que Paulo disse para a igreja de Corinto: Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, glória de Deus fazei tudo para (1Co 10:31). Por meio desse texto compreendemos que, não existe sagrado e secular. Tudo que foi feito no mundo, foi feito para manifestar a glória de Deus, seja em qualquer lugar. Portanto, não podemos ter em mente que na igreja é sagrado, enquanto que fora dela tudo é secular, isso não vai de acordo com 1Co 10:31.
Sabemos por meio das escrituras que, Cristo é Senhor sobre tudo. Paulo demonstra isto aos irmãos de Colossenses: Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas (Cl 1:16,17). Desse modo, a passagem deixa claro que tudo nesse mundo, pertence a Cristo. Não tem absolutamente nada que podemos dizer: isso não é de Cristo. Porque tudo é dEle. Portanto, o crente deve manifestar o senhorio de Cristo em todas as áreas de sua vida, como também em todos os lugares e não somente na igreja.
Obtendo essa cosmovisão conforme Cl 1:16,17. Podemos assim dizer que, tudo que há neste mundo é sagrado; a vida humana, a música, os alimentos e etc. Mas tudo isto é sagrado em que sentido? No sentido que tudo foi criando por Deus. Entretanto, não faz sentido separar entre sagrado e secular, porque tudo foi criado por Deus e pode ser usado para a glória de Deus; até mesmo as coisas mais insignificantes que seja para nós.

2.      Cristãos podem andar em festas?
Como já mencionamos, tudo o que Deus criou é completamente sagrado, ou seja, tudo foi criado por Ele. Tem muitos cristãos que abominam de forma até enfática, quem anda em algum de tipo de festa; já outros, tem o entendimento de que quem anda nesses lugares não são convertidos de fato. Mas como essas pessoas entenderiam a passagem de Jesus em João 2? Onde Jesus participou de uma festa de casamento, com certeza tinha pessoas dançando e pessoas bebendo vinho como mostra a passagem. Será que Jesus errou por ir nessa festa? O texto descreve o primeiro milagre de Cristo, onde Ele transformou água em vinho.
Uma parte interessante da passagem que me chama atenção, está no (v.11) que diz:Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. Veja, Jesus nessa festa de casamento manifestou a sua glória. Se o próprio Cristo tivesse em sua mente uma separação entre sagrado e secular, com certeza Ele não teria ido nessa festa. Mas Jesus é Senhor sobre todas as coisas, neste local Ele manifestou sua glória e os discípulos creram nele.
E um servo de Deus pode andar em algum tipo de festa? Certamente depende do tipo de festa, porque cada cidade tem sua cultura e temos que ter isso em mente. Outra coisa a ser observada é quais as motivações do nosso coração quanto a isto. Também devemos entender que a vida cristã não se baseia somente em estar na igreja, trabalho e casa. Temos também nossa parte de lazer que devemos usar com moderação e para a glória de Deus. Creio que não seja pecado um cristão andar em festas como: formatura, casamento (mesmo tendo bebidas), e outras festas sociais. A questão toda está: Como vou me comportar nesses lugares, isso que vai fazer toda a diferencia.  
Jesus manifestou a glória de Deus em um casamento. A Bíblia ensina que temos a mente de Cristo (1Co 2:16); demonstra que devemos ser imitadores de Cristo (1Co 11:1; Ef 5:1); somos o sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13,14). O que quero dizer com isto? Assim como Cristo manifestou a glória dEle em um casamento, devemos também manifestar a glória de Cristo em qualquer lugar. E de qual forma? Por meio de um comportamento que está firmado na palavra de Deus (Mt 5:16).

3.      Cristãos podem ouvir música secular?  
Muitos crentes aborrecem completamente quem ouve música secular, uns até colocam como algo diabólico. Insinuam que música secular é algo mundano, só porque os compositores de tais são pessoas que não são cristãs. Sendo assim, muitos crentes não deveriam assistir novelas, séries, não acessar redes sociais, não comprar roupas em lojas; porque tudo isto foram feitas por pessoas que não são cristãs. Perceba que, há uma contradição nesses argumentos dos que condenam a música secular pelo simples fato dessas pessoas não serem crentes.
Se por um lado pessoas rejeitam música secular, o que dizer daqueles hinos chamados Gospel que tem uma letra toda antropocêntrica? Sem contar sobre as letras de hinos que vão contra a Trindade e várias passagens bíblicas. Se é para condenar música secular só porque essas pessoas não são cristãs, porque não condenam a letra desses tidos gospels que fere tantos textos bíblicos? Perceba, não faz sentido esse dualismo entre sagrado e secular, não é porque uma pessoa que faz uma letra cristã; que podemos tê-lo como algo sagrado pelo simples fato dela ser crente. Do mesmo modo, não podemos desaprovar uma música secular pelo simples fato da pessoa não ser cristã.
Para resolver isto, devemos olhar para as sagradas escrituras e ver o que ela tem a nos dizer. Jesus disse certa vez o que contamina o homem não é o que entra, mas sim o que sai (Mt 15:18-20). Paulo escrevendo para os Filipenses disse: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há algumavirtude, e se há algum louvor, nisso pensai (Fp 4:8). Se uma música secular não fere esse padrão bíblico de Filipenses, creio que não posso classificá-la como algo diabólico. Além do mais, como já mencionamos, tudo foi criando por Deus e tudo que Ele criou é muito bom (Gn 1:31). A música é uma arte, onde as pessoas expressam seus pensamentos, emoções, críticas e etc. Essa arte teve como seu criador o próprio Deus; podemos classificar a música como instrumental e a com letras.
Portanto, devemos analisar duas coisas sobre música secular. Primeiro, qual tipo de letra que essa música aborda, se é uma letra que vai contra os princípios da palavra de Deus; devo automaticamente rejeitá-la. Segundo, devo analisar meu coração diante dessas músicas, se eu concordo com uma letra que exalta a pornografia, é sinal que meu coração está distante das escrituras sagradas; porque a boca fala daquilo que o coração está cheio.

4.      Cristãos podem andar com ímpios?
Essa separação entre sagrado e secular, vejo que traz muitos problemas para a vida cristã. E um dos problemas é que, o cristão acaba se isolando do mundo, assim deixando de cumprir seu papel perante a sociedade. Isso vai contra os ensinos de Jesus, Ele ensinou que somos o sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13-16). Ou seja, nós como servos fomos chamados para influenciar a sociedade e não nos isolarmos. Jesus disse: Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (Mt 5:14-16). Como as pessoas de fora da igreja vão glorificar a Deus por meios de nossas obras, sendo que nós nos insolamos delas? Não faz sentido. Cristo é Senhor sobre todas as coisas, então, manifeste este senhorio onde você estiver, seja no trabalho, escola, na sua casa, faculdade e perante seus amigos que não são cristãos. Dessa forma, você estará manifestando a glória de Deus por meio da sua conduta.
Muitas igrejas proíbem de seus fiéis terem alguma ligação com quem não é do seu meio. E muitos por acharem que seus líderes estão certo, acabam caindo em uma espécie de farisaísmo. Os fariseus na época de Jesus, não se aproximavam daqueles que não eram do seu meio, eles se afastavam completamente das pessoas que eram tidas como pecadoras. Muitos líderes hoje seguem esse mesmo sistema e ensinam aos seus membros. Em vez de eles ensinarem seus membros a influenciarem a sociedade, como Jesus fez com seus discípulos, os mesmos fazem tudo ao contrário do que Cristo ensinou.
Jesus Cristo não se distanciava das pessoas, pelo contrário, ele andava com pessoas que eram rejeitadas pela sociedade da sua época, pessoas que não tinham valor, pessoas desprezadas, tidas como pecadoras e traidoras. Com isto, Jesus não estava quebrando o Salmo 1:1 que diz: Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Essa parte do texto que fala sobre andar nos conselhos dos ímpios e se assentar na roda dos escarnecedores; tem a ver com a pessoa concordar e seguir a cosmovisão do ímpio. E Jesus agiu muito pelo contrário quando se assentou com os publicanos e pecadores conforme (Mt 9:10). Quando os fariseus perguntaram dos discípulos, porque Jesus comia com pecadores e publicanos, Jesus disse: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos(Mt 9:12). Perceba que, o objetivo de Jesus diante daquelas pessoas era de conduzi-las a Deus.
Logo, não é errado cultivarmos uma amizade com alguém que não é cristão. Agora, depende do propósito de como me aproximo de tal pessoa, Jesus se aproximava para levá-las a Deus. Será que nós estamos seguindo o exemplo de Cristo? Ou estamos desobedecendo o texto de 2Co 6:14 que, proíbe uma amizade íntima sem o propósito de levar alguém a Cristo?

Conclusão
As lições práticas que podemos tirar até aqui é:
Não existe sagrado e secular. Quando passamos ter uma visão mais abrangente do reino de Deus, entendemos que Jesus é Senhor sobre todas as coisas. Como disse Abraham Kuyper, não há um único centímetro quadrado da existência humana que não esteja sob o senhorio de Cristo. Portanto, devemos de todas as formas manifestar esse senhorio tanto dentro da igreja como fora dela.
As músicas, não devemos tratá-las como algo mundano ou diabólico como muitos fazem. Devemos entender que ela foi criada por Deus e é uma arte. Precisamos analisar mais as letras das músicas que ouvimos e verificar qual está de acordo com a palavra de Deus.
Tanto os tipos de festas e as amizades com pessoas não cristãs. É necessário verificarmos nosso coração e as intenções por detrás disso. E não esquecendo o que Paulo disse: Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. Que possamos sempre em todas áreas da nossa vida, viver de forma que glorifica o nome de Deus.

Por último deixo o texto de Colossenses 2:6,7: Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nele andai, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças.


Sidney Muniz

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Setembro/2017 - Capítulo 3 - O Papel da Esposa na Família



Comentarista: Marcos Rogério

Introdução

O papel da esposa na família é de suma importância. Tal papel é indispensável. A mulher foi colocada como uma adjutora, auxiliadora do marido (Gn 2:20) para que pudesse ser uma com ele (Gn 2:24). Assim como o marido, a esposa deve considerar o homem parte dela mesma e cuidar dele (Gn 2:21-23) e entender que esposa e marido devem refletir em sua relação a imagem e semelhança de Deus (Gn 1:27). Temos no Éden a base para que a esposa entende seu importante papel para a família. 

I.  A Esposa no Antigo Testamento

Desde o Éden, permeando todo o Antigo Testamento vemos nas páginas das Escrituras Sagradas o papel da esposa na família. 
Nos tempos do Antigo Testamento muitas famílias não cumpriam o ideal divino porque os homens tinham muitas mulheres e as crianças tinham diferentes mães e havia rivalidade entre as esposas e filho, como exemplo temos a família de Jacó que casou com duas mulheres e que mesmo sendo irmãs ele teve que colher duras consequências ver, Gênesis 30 até Gênesis 50.
Mas o Antigo Testamento mostra o papel da mulher como esposa e líder do lar ao lado do marido ajudando na criação dos filhos. Embora a sociedade nos tempos bíblicos tinha uma cultura machista, em momento algum as Escrituras diminuem a importância da esposa e seu papel na família humana.
Deus designou que a esposa ocupasse o lugar original que Deus lhe designou ao lado do marido. A família necessita de esposas e mães que o sejam não apenas no nome, mas no pleno sentido das palavras. A esposa deve compreender a santidade da sua função que vem desde os tempos do Antigo Testamento. A esposa deve ser fiel ao seu posto do dever como o marido deve ser no dele. Nem num trono o rei tem função mais elevada do que uma esposa e mãe aos olhos de Deus. A sociedade depende mais do papel das esposas dentro dos lares do que do principal magistrado da nação. É no lar que surgem os grandes homens preparados para administrar uma nação como os pais administram o lar. O lar é uma escola onde a mãe é a primeira professora ao lado do marido que é o primeiro professor. A esposa raramente aprecia seu papel ao lado do marido e, muitas vezes, pelo fato de não ser valorizada na sociedade e diferente dos tempos do Antigo Testamento as esposas acabam abandonando o posto familiar para ser reconhecida na sociedade buscando realização pessoal e profissional ou por necessidades financeiras básicas. A estrutura da família no Antigo Testamento com a mãe tendo condições de se dedicar integralmente ao lar e tendo condições de acompanhar o desenvolvimento fosse filhos é um modelo sem igual. A família e a sociedade devem reconhecer o importante papel da esposa dentro de um lar. Nenhuma obra é maior e mais santa do que o papel da esposa no lar. É a esposa que dá o equilíbrio necessário ao lado do marido, ambos se completam. Sobre o homem a Bíblia diz: "O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor" (Pv 18:22). As Escrituras reconhecem tanto o papel da esposa e sua importância como que encontrar uma esposa aos moldes bíblicos é alcançar a benevolência do Senhor. É Deus quem faz com o o solitário habite em família (Sl 68:6). Não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea (Gn 2:18). Nessas palavras inspiradas do Antigo Testamento Deus mostra a importância da família e do papel da esposa nessa família. Foi por causa da mulher que Adão deixou de ser solitário e foi ela a mãe de toda a raça humana. Adão reconheceu na esposa uma parte dele mesmo (Gn 2:23). O homem deve reconhecer na esposa uma parte de si, deve à luz dessas lições do Antigo Testamento entender o papel da esposa e sua importância dentro do lar e entender que ambos foram criados à imagem e semelhança de Deus e tem igual importância aos Seus olhos (Gn 5:1) e a união de ambos era tanta que a Tradução Almeida Revista e Atualizada descreve tal união afirmando que ambos receberam o mesmo nome, sendo o primeiro casal chamado pelo nome de Adão (Gn 5:2) e só algum tempo depois o homem passou a chamar a esposa de Eva, do hebraico hawwá, havah, que significa a que vive, a vivente, a cheia de vida, por ser ela a mãe de todos os seres humanos Gn 3:20. Logo após a queda, talvez Eva passou a se sentir responsável pela morte de todo vivente, mas bondosamente Adão a comparou à vida. A criação da mulher tinha o propósito de completar o homem (Gn 2:18, 24) e dessa forma o Antigo Testamento reconhece a função da esposa e sua importância e Deus viu que assim era muito bom (Gn 1:31).

II. A Esposa no Novo Testamento

À semelhança no Antigo Testamento, o Novo Testamento reconhece o fundamental papel da esposa na família. Mas diferente do patriarcado cultural, o Novo Testamento interpreta corretamente o Antigo mostrando a dignidade da mulher. Jesus foi um dos pioneiros do Novo Testamento a dar à mulher o devido valor e respeito na sociedade e na família. Maria recebe um destaque ao ser escolhida para ser a mãe do Filho de Deus (Mt 1:18-25 e Lc 1:26-38). As mulheres foram as primeiras destinatárias relatadas no Novo Testamento para divulgar a ressurreição de Jesus (Mt 28:1-10; Mc 16:1-11; Lc 24:1-12 e Jo 20:1-18). Dessa forma, é resgatada a importância da figura feminina que se havia perdido no decorrer da história judaica influenciada pela cultura das nações visinhas. 
Mas referente ao papel da esposa, o Novo Testamento destaca e amplia sua importância dando ênfase ao lar cristão. Em 1 Co 7 Paulo discorre sobre a união entre marido e mulher. Paulo volta ao tema do relacionamento conjugal em Ef 5:22:33 e destaca a importância da esposa e combatendo a cultura machista, o apóstolo compara a mulher à igreja Ef 5:22-25 e orienta os maridos a amar a mulher como seu próprio corpo e afirma que como Cristo amou a igreja, o marido deve amar a esposa Ef 5:29-33. Cristo sendo Senhor da igreja a ama e cuida dela tendo se entregado por ela. É nesse espírito de amor que Cristo é Senhor da igreja e é esse o modelo do senhorio do marido no lar, devendo ele reconhecer o papel da esposa e amá-la e cuidar dela. Nesse texto a submissão e o amor não colocam marido e esposa em posições antagônicas, mas o casamento os une os tornando um Ef 5:28-29 como era no princípio Gn 2:24. O amor os une a ponto de um se entregar pelo outro. Paulo continua tratando dessa relação e exortando os maridos a amarem suas esposas e reconhecerem sua importância em Cl 3:18-19 onde adverte os homens a não tratarem suas esposas com amargura. Pedro também trata da importância do estudo e me 1 Pd 3:1-7 onde dáuma série de orientações a ambos os cônjuges. Dessa forma, o Novo Testamento mostra a importância da esposa para o sucesso no lar.

III. A Esposa no Séc. XXI

Depois do movimento feminista dos anos 1960, 1970 e 1990  que visava dar às mulheres o direito de igualdade com os homens e que trouxe coisas boas e ruins, as mulheres lutaram pelo direito de igualdade, o que é justo, mas deu origem a tal independência feminina. Tal independência levou as esposas a trabalharem fora para buscar a realização profissional e pessoal, mas que por sua vez omitiu o papel de esposa e mãe na família, deixando os filhos e as casas aos cuidados de terceiros que precisa sua vez não preenchem o espaço e obra que uma mãe e esposa o faz, tendo em vista somente o interesse financeiro. 
Paulo disse: "No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher" (1 Co 11:11). Portanto, mesmo no século XXI a esposa deve lutar contra as insinuações de qualquer movimento ideológico que alega uma independência entre homem e mulher, tal ideologia por si mesma é diabólica e quebra a unidade do marido e da esposa que vem desde o princípio como Cristo disse: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mt 19:4-6). Vemos nas palavras de Jesus uma refutação a qualquer ideologia que separe homem e mulher. A mulher do século XXI deve reger-se pelos princípios bíblicos. Não discordamos de mulheres do século XXI trabalharem fora, porque a situação financeira do país e mesmo do mundo as impele à isso, mas deve ser feito um esforço para preservar a família e minimizar os efeitos da ausência da mãe e da esposa. 
A esposa do século XXI também é vítima de violência doméstica. As estatísticas são alarmantes e homens e mulheres conscientes devem lutar pelos direitos humanos da mulher e pela sua segurança e felicidade. A esposa do século XXI deve ser protegida e amada pelo marido como Cristo cuida da igreja e a ama (Ef 5:22-33). Os noticiários todos os dias trazem dezenas de casos de violência física contra as mulheres, violência sexual, violência verbal e tantas outras formas de agressão. 
As esposas do século XXI ainda lutam por reconhecimento, pelo amor e admiração do marido e buscam nas academias, nas clínicas, nas dietas e nas medicações o corpo perfeito, porque lhes falta um elogio sincero por parte do marido que por sua vez admira a beleza de outras mulheres nas ruas e nos meios de comunicação. 
Em algumas regiões conforme a cultura e a educação, mesmo em pleno século XXI, as esposas ainda são vistas e tratadas como escrava sexual e empregada. Os cristãos devem ter consideração para com sua mulher, tratando-a como parte mais frágil, com dignidade, entendendo que marido e mulher são herdeiros da mesma graça para que as orações do casal não sejam interrompidas (1 Pd 3.7). 
Alguns acreditam que a Bíblia é fruto de uma era atrasada onde o povo era ignorante, mas as reivindicações de Deus através da Sua Palavra se encaixam perfeitamente como uma luva às necessidades da esposa no século XXI como o fez no passado. A Palavra de Deus continua atual e plenamente relevante à sociedade atual. 
A esposa é a parte que falta no corpo e na mente do homem e o homem é a parte que também completa a mulher. A esposa em nosso século continua sendo "hawwá", "havah" (Eva) fonte de vida. Foram as esposas que deram a luz aos grandes homens da história e também aos homens que sequer se tornaram conhecidos. Foi uma esposa que deu a luz ao Filho de Deus que se tornou o Salvados de todo aquele que nele crê (Mt 1:21; Jo 3:16). Foi através de uma mãe que todos aqui estamos. Não devemos diminuir a importância da esposa em nosso século e menos ainda devem as esposas diminuir seu próprio valor!  O valor de uma mulher excede o de finas jóias (Pv 31:10). 
Embora a sociedade evolui na área científica e tecnológica, ainda há muito o que mudar e a esposa do século XXI que agora tem a oportunidade de estudar, de votar, de exercer um cargo público e atuar ao lado do marido muito pode fazer nesse sentido. Deve ser quebrado esse clima de competitividade entre homem e mulher, Deus os fez para andarem lado a lado e não um contra o outro. 
Hoje vemos uma tendência crescente de valorizar a mulher, depois de muita luta por seus direitos. As mulheres, até pouco tempo ganhavam metade do que os homens ganham mesmo realizando a mesma quantidade de trabalho. As esposas são tão competentes quanto os maridos tanto para a administração do lar como para o mercado de trabalho. A esposa chega ao século XXI muito mais preparadas para as incertezas e os desafios que essa era oferece. A esposa não precisa ser feminista, mas feminina, ser ela mesma. Deve apegar-se à Palavra de Deus, pois em Cristo todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos (Cl 2.3).

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Justos indo à Tribunais de Ímpios




Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julga-los os que são de menos estima na igreja? Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? (1 Coríntios 6:1-5).

Infelizmente o que se tem visto hoje em dia à respeito  de justos levando seus casos aos tribunais de ímpios é de modo impressionante. De maneira que todos nós paramos para pensar, e chegamos à uma conclusão muito impactante e surpreendente: os justos estão sem julgamento próprio e sem senso de justiça. É um retrato muito triste no meio evangélico brasileiro  vermos que a palavra mais falada e comentada hoje é a palavra: "processo". É muito comum hoje em dia vermos o certo virando o errado, e o errado virando o certo. Por isso há uma imensa e grandiosa necessidade vital e com base bíblica, de nós termos uma firme convicção à respeito sobre o que fazer, como fazer e como proceder neste mundo imerso em trevas.

O apóstolo Paulo no capítulo 6 da Primeira Epístola aos Coríntios menciona que as situações ocorrentes com os cristãos da época estava sendo levados aos tribunais de ímpios, trazendo má fama para a comunidade cristã, e a desvalorização do caráter de todos da região, sendo que não haviam pessoas que examinassem as situações e julgassem de forma correta e coerente. É claro que Paulo não está se referindo ao fato de que é necessário ser cruel e impiedoso com os irmãos, mas que analisassem todas as situações de maneira que problemas da comunidade cristã sejam resolvidas na comunidade cristã. Paulo menciona que na igreja de Corinto havia incesto (1 Co 5.1,2), partidarismo (1 Co 1) e também dissensões (1 Co 3), e mendiante à estas situações menciona a necessidade de haver pessoas sábias dispostas à diferenciar o certo do errado.

Que o Senhor nos ajude à buscarmos a sabedoria que vem do Senhor, de maneira que a nossa conduta, nossa índole e o nosso julgamento imparcial sejam claramente vistos aos olhos de Deus e dos homens como ações corretas e concretas.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Setembro/2017 - Capítulo 2 - O Papel do Marido na Família



Introdução

Qual o papel do marido na estrutura familiar? Como o marido pode cumprir o propósito original de Deus para com sua família? 

O marido recebe de Deus algumas atribuições para a vida familiar. O homem foi designado para ser o cabeça da sua casa cuidando da sua auxiliadora Gn 2:18 e de seus filhos. O marido deve ser o governante e provedor do lar atendendo às necessidades físicas, emocionais e espirituais da família e deve não ser um ditador, mas amar sua esposa e cuidar dela como a parte mais frágil Ef 5:22-33. O marido não deve confundir autoridade com autoritarismo. O senhorio do marido é comparado por Paulo na carta aos Efésios com o senhorio de Cristo que amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela. O governo do lar por parte do marido deve ser baseado no amor sacrifical, na abnegação e deve o marido estar sob o senhorio de Cristo para poder ser senhor de seu lar. 
O marido deve ter exata noção de sua responsabilidade no lar e do que Deus requer dele para poder preencher esses requisitos e estar adequado para a vida familiar.

I.  O Marido no Antigo Testamento

Nos tempos do Antigo Testamento, um homem para casar devia provar que estava capacitado para cuidar de um lar. Quando Jacó pediu à Labão sua filha Raquel em casamento, ofereceu a Labão sete anos de serviços em troca da autorização para casar-se com sua filha Gn 28:18. Tal ato mostrava para a sociedade que Jacó estava capacitado para ser um provedor do lar. Que contraste com nossos dias onde os jovens querem casar-se sem ter emprego, sem ter condições de manter uma família e sem sequer terem a intenção de trabalhar! Jackson da Mata explica que o dever do marido no Antigo Testamento era o de conduzir a família em adoração a Deus, estabelecer os princípios elementares, éticos e morais na família, demonstrando integridade e devoção a Deus com caráter plausível. O papel primordial do pai de família era de ser um exemplo na formação do caráter de seus descendentes. Salomão explicou que os pais devem ensinar os filhos no caminho em que devem andar e não o caminho em que devem andar Pv 22:6 mostrando que o pai deve ensinar no caminho e servindo de exemplo e não ensinar o caminho, mas não andar trilhando esse caminho lado a lado com seu filho.
O papel do marido no Antigo Testamento envolvia todas essas funções, além disso ele era o sacerdote do lar guiando esposa e filhos na adoração ao único Deus verdadeiro. 
A sociedade teocrática israelita era muito bem estruturada, não havia casamento homossexual e os filhos cresciam se espelhando no pai como as filhas na mãe. A profissão também era transmitida de pai para filho e cada filho se formava tornando-se um homem que transmitiria os mesmos valores e conhecimentos à próxima geração.

II. O Marido no Novo Testamento

No Novo Testamento vemos Israel não mais em uma nação teocrática, mas governada pelo Império Romano. No que tangia a educação dos filhos, ao relacionamento conjugal e as demais funções no lar o marido era praticamente semelhante ao modelo do Antigo Testamento porque a nação judaica ainda seguia as Escrituras nesse sentido. Nesse tempo a comunidade cristã estava crescendo e agregando valores morais à família, daí surge a expressão "família cristã". 
Os apóstolos deram especial contribuição na agregação dos valores familiares. Paulo explicou que o homem é o chefe da família e responsável por prover as necessidades de seus membros 1 Co 11:3; Ef 5:22--25, Cl 3:19 1 Tm 5:8. O marido deve amar a esposa e cuidar dela como quem cuida de si mesmo, da sua própria carne Ef 5:25, 28, 33 porque ambos são uma só carne Ef 5:31. 
Os pais devem ter equilíbrio no trato com os filhos, não os maltratando, mas aplicando a disciplina na medida certa criando is filhos com todo o respeito e na admoestação do Senhor Ef 6:4, Cl 3:21. 
O papel de marido e pai no Novo Testamento é ampliado pelos ensinos do Senhor por meio de Seus apóstolos. Ricos conselhos aos pais podem ser extraídos das páginas das Escrituras Sagradas. O marido deve planejar o lar com uma boa administração tornando o lar um local de amor, um lugar acolhedor e também uma escola preparatória para seus filhos. 
O marido, embora chegue cansado dos labores diários deve se esforçar para dar atenção à família, deve ser o melhor amigo de sua esposa e filhos. Os casamentos fracassam quando a esposa acha um amigo fora do casamento, quando esse amigo se torna seu "melhor" amigo. A afeição paternal exemplificada no Novo Testamento fará com que os filhos se desenvolvam plenamente em todos os sentidos e a afeição marital fará com que a esposa tenho no marido um conselheiro, um lenitivo que a ajudará nas preocupações diárias. 

No Novo Testamento a função do marido é comparada à de Cristo Ef 5:22-25 e a do pai a do próprio Deus Mt 6:9; Gl 4:6. O marido no Novo Testamento deve espelhar-se na Divindade. 
Em seu livro Pais e Educadores de Alta Performance, o educador Içami Tiba diz na página 20: "É importante que os pais e educadores saibam que a educação em nome do amor passa por quatro fases: Amor dadivoso, amor que ensina, amor que exige e amor que aplica as consequências". Deus é exemplo disciplinando aqueles que ama Hb 12:8; Ap 3:19.
O Novo Testamento ensina que o marido deve espelhar-se em Deus e basear-se nas Escrituras para preencher seus requisitos como marido e pai cumprindo suas funções.

III. O Marido no Séc. XXI

No século atual o marido dispõe de todas as vantagens para exercer seu papel com sabedoria, tendo os exemplos da cultura judaica, dos ensinos e da cultura cristã, além de viver na era da informação, da liberdade de imprensa e de expressão, mas por outro lado se depara com dificuldades contemporâneas como a falta de tempo e a degradação da família pela mídia secular. 
A família sempre foi e será a meta principal de Deus. Em pleno século XXI onde já o amor de quase todos está se esfriando Mt 24:12, os maridos devem conhecer, viver e dar exemplo de amor. Mais do que nunca o marido precisa ser o sacerdote, líder e protetor de seu lar. As influências negativas de nosso século visam destruir a família. As escolas ensinam o ateísmo aberto e declarado, ao passo que na sociedade israelita e na cultura cristã do Velho e Novo Testamentos se ensina a religião nas escolas com ênfase na adoração ao único Deus verdadeiro. Atualmente as escolas sequer aceitam a Bíblia na sala de aula. O marido tem o lar como sua única opção para uma boa educação de seus filhos e deve apoiar a esposa nesse sentido. 

O marido deve tratar sua esposa com gentileza. Reconhecer o que a esposa faz por ele e sempre tomar parte ativa em ajudá-la. 
Evitar as críticas, principalmente as desnecessárias. Reconhecer a importância das pequenas atitudes da esposa. 
Dedicar tempo à sua esposa. 
Transmitir segurança à esposa. 
Fazer o possível para tornar seu lar agradável. 
Nunca usar de ameaças ou violência. 

Procurar saber as coisas que fazem sua esposa feliz e evitar fazer qualquer coisa que a deixe triste.
Solange Lins publicou um artigo chamado Um Visão Diferenciada Para os Casais do Século XXI onde diz que os deveres do esposo são: 

1. Compreender que uma das necessidades básicas da esposa é sentir que tem importância para o marido Ef 5:25.
2. Dar às opiniões da esposa o mesmo valor que dá às suas 1 Pd 3:7.
3. Valorizar os pontos positivos da personalidade da esposa Tg 4:11.
4. Procurar solucionar os problemas em vez de tentar aconselhar a esposa Pv 23:23; Gl 6:23. 
5. Dar à esposa oportunidade e tempo suficiente para expressar suas ideias 1 Co 13:4. 
6. Manifestar sempre o pensamento de que a pessoa dela é a sua complementação Pv 31:28-29.
7. Passar bastante tempo em companhia da esposa, para descobrir o que é importante para ela, aprender a ver as coisas do seu ponto de vista Fp 2:4.
8. Aprender a recusar firmemente convites para atividades e responsabilidades que o afaste do convívio da família, nos momentos em que deve se dedicar à ela Ef 5:16; Sl 90:162. 
9. Definir normas pelas quais os filhos serão disciplinados Ef 6:4; Ml 4:5-6.
10. Se dispor a empregar o tempo que for necessário para estudar com a esposa a preparação para qualquer inovação de importância drástica que for introduzida na família Pv 20:18.
11. Disciplinar os sentimentos e atitudes para com a esposa 1 Ts 4:4.
12. Continuar a desenvolver sua liderança espiritual Ex 20:5.
13. Evitar brincadeiras de mau gosto e zombar da esposa na presença de outras pessoas Ef 4:5.
14. Perdoar as falhas passadas da esposa Mc 11:25. 
15. Reconhecer seus erros e confessá-los honestamente Tg 5:16.
16. Definir bem para a esposa suas responsabilidades básicas como marido 1 Tm 3:5. 

Portanto, o marido só século XXI não deve considerar a Bíblia um livro ultrapassado, mas estudar continuamente e em espírito de oração com toda humildade as sagradas letras que podem torná-lo sábio 2 Tm 3:15 para a salvação sua e de seus familiares. Crendo no Senhor Jesus será salvo ele e sua casa At 16:31. Mesmo em pleno século XXI a Bíblia ainda é o livro mais importante para o marido e, deve ele, considerar esse livro seu livro principal. No século XXI as Escrituras não perderam sua relevância e cabe ao marido governar o lar se baseando nesses princípios da mais alta moral e sabedoria.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Como ser um Praticante da Palavra de Deus



No livro de Tiago 1:22-24 nos diz: sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.

Muitas pessoas quando se convertem a Cristo, procuram conhecer mais a palavra de Deus. Compram teologia sistemática, comentários bíblicos e livros que auxiliam no entendimento das escrituras. Isso é bom e não tenho nada contra. O problema diante disso é que, muitas ficam apenas no campo da teoria e deixam a prática de lado.
Tiago ao escrever para o seu destinatário, sabia que a comunidade de irmãos estava passando por tribulações. Diante dessa situação, ensina aos irmãos agirem com toda sabedoria perante esses problemas (Tg 1:2-9). Mas a seguir, ele demonstra aos cristãos daquela época que, mesmo com tantas aflições; eles deveriam colocar em prática a palavra de Deus. Essa é a visão que Tiago irmão de Jesus, passou para os crentes daquela igreja; o valor que há em praticar a palavra de Deus. E nós os cristãos como devemos colocá-la em pratica para o nosso cotidiano? 

1. Devemos nos preparar

O autor ensina que primeiro, deve-se rejeitar toda a imundície e superfluidade de malícia (Tg 1:21). Fica entendido que, devemos nos livrar de tudo que impede de entendermos e obedecermos a palavra de Deus. E o que impede de entendermos são pensamentos impuros, preguiça, falta de concentração e entre outros. Portanto, é necessário que nos livremos disso para que assim venhamos exercer a piedade cristã.
Depois de rejeitar o que nos impede. É de suma importância a oração nessa preparação, e era isso que o Salmista Davi fazia: Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei (Sl 119:18). Davi sabia muito bem que, se Deus não abrisse seu entendimento, jamais ele compreenderia a palavra de Deus. Desse modo, é importante orarmos quando formos ler a Bíblia ou ouvi um sermão, porque se não fizermos isto; jamais teremos o entendimento para que em seguida venha a prática.

2.  Devemos ouvi-la

Tiago instrui os irmãos sobre como eles deveriam acolher a palavra de Deus:
Recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas (Tg 1:21). Quando ouvimos a palavra do Senhor Deus, precisamos recebe-la com toda mansidão, reverência e humildade. Mesmo que ela nos corrija, é nosso dever, nos submetermos totalmente a ela, devemos dá graça por isso porque ela vai nos conduzir para a eternidade.

No Catecismo maior de Westminster na Pergunta 160 diz: Que se exige dos que ouvem a Palavra pregada?
R: Exige-se dos que ouvem a Palavra pregada que atendam a ela com diligência, preparação e oração; que comparem com as Escrituras aquilo que ouvem; que recebam a verdade com fé, amor, mansidão e prontidão de espírito, com a palavra de Deus; que meditem nela e conversem a seu respeito uns com os outros; que a escondam nos seus corações e produzam os devidos frutos em suas vidas.
Ref.: Lc 8.18; I Pe 2.1,2; Sl 119.18; At 17.11; Hb 4.12; II Ts 2.10; Tg 1.21; At 17.11; I Ts 2.13; Hb 2.1; Dt 6.6-7; Sl 119.11; Lc 8.15.

3.  Depois de ouvi-la devemos praticá-la

Depois de Tiago orientar os irmãos sobre ouvir a palavra de Deus, ele diz: E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Tg 1:22). Aqui o irmão de Jesus é claro. Não basta ouvir um bom sermão ou ler algo, é necessário que tenhamos a prática daquilo que ouvimos ou lemos. Não devemos cair no mesmo erro dos demônios, porque eles creem em Deus e estremecem (Tg 2:19), eles acreditam na providência divina, veem a glória de Deus, sabem as maravilhas que há no Evangelho e estremecem com a glória de Deus. Todavia, eles não praticam aquilo que contemplam sobre Deus.

Primeiro, para que venhamos praticar a palavra de Deus, é importante que ela venha acompanhada de meditação. Essa foi a recomendação de Deus para Josué: Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás (Js 1:8). Deus mostra para Josué que, sua tarefa seria bem sucedida se o mesmo meditasse no livro sagrado.

Segundo, ter o zelo em obedecer a Deus. Jesus certa vez ensinou que, quem ama a Deus verdadeiramente, são os que guardam os seus mandamentos (Jo 14:23); e quem não guarda é prova que não ama a Deus. Quando nos tornamos meros ouvintes da palavra de Deus, sem nos importarmos com a prática, estamos enganando a nós mesmos; e além do mais, estamos provando que não somos filhos obedientes.

Terceiro, fazendo o uso correto das Escrituras. A Bíblia é comparada há um espelho onde uma pessoa contempla seu rosto natural. Quando olhamos para um espelho, ele nos mostra manchas e defeitos no rosto para que possamos corrigir. Assim, ao olharmos as Escrituras Sagrada, ela nos mostra em qual área estamos errando e nos corrigi para que venhamos arrependermos de nossos pecados. A Bíblia nunca vai nos lisonjear quando tivermos errado, ela sempre vai nos corrigir e mostrar a necessidade de mudança em tal área de nossa vida.

4.  Bem-aventurado os que praticam 

Tiago demonstra o valor de praticarmos a palavra. Agora ele se concentra na bem-aventurança dos que praticam. Ele diz: Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito. Mais uma vez o autor lembra daqueles que são meros ouvintes, ou seja, daqueles que não fazem caso de praticar as escrituras. Aqui o apóstolo de Cristo diz que aqueles que perseveram na lei da liberdade (escrituras), são os que são bem sucedidos na vida cristã. Os que se concentram em apenas ouvir, não terão progresso espiritual. Jesus disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.

Jesus ao falar sobre os dois fundamentos em Mt 7:24-27, estava ensinando sobre os que praticam e os que apenas ouvem. O que construiu sua casa sobre a rocha (praticante da palavra), veio os ventos e rios e não derrubaram aquela casa. O que não construiu a casa sobre a rocha (ouvinte), veio os ventos e rios e derrubou aquela casa. Desse modo, aprendemos que quando praticamos os ensinos contidos na palavra de Deus, ficamos firmes diante das dificuldades que surgem em nossa vida. E era isto que Tiago queria ensinar aos irmãos que estavam passando por tribulações, eles deveriam se apegar a palavra, porque ela manteria eles firmem como uma rocha.

O Salmo 1:2,3 descreve como são aqueles que obedece a palavra:
Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.

Conclusão

Portanto, as lições praticas que podemos tirar para praticar as escrituras são:
Primeiro, devemos nos preparar. E o meio de fazemos isto, é por meio da oração. Na oração é onde confessamos os pecados e pedimos a Deus para tirar tudo aquilo que nos impede de obedecer a Bíblia.
Segundo, devemos ouvir a palavra de Deus com mansidão e sermos grato a ela. Mesmo que ela nos corrija, devemos assim submetermos com humildade a ela.
Terceiro, devemos pôr em pratica seus ensinamentos. Não basta ter apenas o conhecimento, é de suma importância sua prática e é nisso que se baseia a vida cristã.
Quarto, se praticarmos os ensinos da Bíblia, com certeza vamos frutificar e com isso o nome de Deus será glorificado por meio de nossas ações.

Sidney Muniz