sábado, 31 de julho de 2021
Comentário Bíblico Mensal: Julho/2021 - Capítulo 5 - Orientações Morais e Espirituais aos Tessalonicenses
sexta-feira, 30 de julho de 2021
Por que pessoas na Bíblia vestiam-se de pano de saco?
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Qual foi o propósito dos milagres na Bíblia?
domingo, 25 de julho de 2021
Como os discípulos entenderam a Grande Comissão
Depois de Cristo morrer na cruz e ressuscitar ao terceiro dia, disse aos seus discípulos:
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século (Mt 28:19,20).
Como os discípulos entenderam a “grande comissão” e como eles colocaram em prática? O objetivo desse texto, é responder essas duas questões de forma simples e resumida.
A ordem de Jesus
A princípio, Jesus deu uma ordem aos seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”. Ele disse isso, após afirmar que toda a autoridade lhe foi dada no céu e na terra (Mt 28:18), ou seja, os discípulos poderiam pregar o Evangelho porque o trabalho evangelístico daria certo.
A ordem de Jesus era “fazei discípulos” e não simplesmente pregar o Evangelho por pregar. Fazer discípulos demanda tempo, não é nada que se faz da noite para o dia, Jesus é maior prova disso, ele demorou a cerca de três anos e meio para treinar os apóstolos. Além disso, essa “grande comissão” tinha como incumbência de batizar e ensinar a guardar os ensinos de Cristo. Portanto, os discípulos deveriam colocar essa ordem em prática.
Como os discípulos entenderam a ordem de Jesus
Como os discípulos entenderam e colocaram essa ordem de Jesus em prática? Primeiro, eles foram obedientes à palavra de Jesus: “ficai em Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24:49). Segundo, eles oraram porque entendiam que para cumprir a grande comissão era necessário ter uma vida de oração (At 1:13,14; 4:27-31). Terceiro, eles pregavam mensagem de salvação e fazia discípulos. Quando Pedro pregou para uma multidão e quase três mil almas se converteram em Atos 2, eram 14 nações que estavam em Jerusalém celebrando a páscoa, essas pessoas precisavam voltar aos seus lares. Entretanto, os apóstolos inciaram o discipulado com aquelas pessoas que se converteram, deram todo o suporte que elas precisavam, a prova disso está que eles vendiam as suas propriedades para ajudar aqueles que necessitavam. A Bíblia nos informa que não havia necessitado entre eles (At 4:34). Os apóstolos entenderam que, “fazei discípulos de todas as nações”, não era simplesmente pregar uma mensagem de salvação, mas suprir também as necessidades físicas das pessoas. Dessa forma, será que nós como igreja estamos entendendo essa ordem de Jesus igual os discípulos?
As igrejas na atualidade
Atualmente, muitas igrejas se desviaram dessa ordem de Jesus. Muitas delas não tem investido no discipulado, a prova disso são membros fracos na fé, pessoas que vivem um cristianismo superficial, cristãos que não sabem defender sua fé diante do ateísmo propagado pelo mundo. A igreja primitiva crescia de forma saudável porque investia no discipulado, os novos convertidos não eram alimentados com mensagens de auto ajuda, teologia da prosperidade e confissão positiva, mas “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42).
Conclusão
Portando, os discípulos de Jesus entenderam a “Grande de Comissão” no seu sentido amplo. Semelhantemente, devemos entender que o Evangelho não é apenas para contemplar as necessidades espirituais do homem, mas físico e social também. Hoje, muitas igrejas têm deixado de colocar em prática a ordem de Jesus, pelo fato de não investir no discipulado. Se a igreja olhasse mais para o “ide” de Jesus, teríamos um impacto maior em nossa sociedade como: na cultura, política, educação e economia.
Sidney Muniz
sábado, 24 de julho de 2021
As Coisas de Deus ou as dos Homens?
Comentário Bíblico Mensal: Julho/2021 - Capítulo 4 - Exortações na Caminhada Cristã
quinta-feira, 22 de julho de 2021
O que se torna possível pela fé
quarta-feira, 21 de julho de 2021
Cristo Versus Confusão Religiosa
domingo, 18 de julho de 2021
O que podemos aprender com as murmurações de Israel?
Deus pela sua graça e misericórdia tirou o povo de Israel do Egito, onde estavam escravizados pelas mãos de Faraó. Deus fez vários milagres diante de Israel, o povo viu o mar vermelho se abrindo, Deus derrotando os egípcios, uma nuvem guiando-os pela manhã e uma coluna de fogo durante a noite. Entretanto, eles caíram no pecado da murmuração, por causa disso, sofreram muitas consequências. Diante disso, podemos tirar algumas lições para a nossa vida com as murmurações de Israel.
O que é murmuração?
Primeiramente, é importante definir o que é “murmuração” para compreender melhor as murmurações de Israel. Segundo o dicionário Michaelis, murmuração significa o “ato ou efeito de murmurar, murmúrio, falatório maledicente, calúnia, detração e maldizer”.[1] No sentido bíblico, murmuração denota resmungar, desprazer secreto não declarado abertamente.[2]
As murmurações de Israel
Após definir a palavra murmuração, podemos destacar quatro murmurações de Israel durante a sua peregrinação para à terra prometida. Primeira, pela falta água (Ex 17.1-7). O povo começou a murmurar pela falta de água quando acamparam em Refidim (Ex 17.1). Disseram a Moisés: “Por que você nos tirou do Egito, para nos matar de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos?” (Ex 17.3).
Segundo, pelo alimento (Ex 16.1-3; Nm 11.4-6). No deserto, eles murmuraram contra Moisés e começaram a sentir saudades das comidas dos egípcios, como do pepino, peixes, melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos (Nm 11.5). Ainda falaram contra Deus: “Mas agora a nossa alma está seca, e não vemos nada a não ser este maná” (Nm 11.6).
Terceiro, pela terra (Nm 13.25-33). Moisés escolheu doze espias para espiar à terra. Os doze foram e trouxeram o relatório da terra diante do povo, falaram que à terra era boa, manava leite e mel, mas o povo era mais forte que Israel porque eram gigantes e mais fortes. Por causa disso, os filhos de Israel murmuraram: "Porque o Senhor nos traz a esta terra, para cairmos a espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não seria melhor voltarmos para o Egito? (Nm 14.3).
Quarto, pela liderança (Nm 16.1-50). Corá, Datã e Abirão se levantaram com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel contra a liderança de Moisés e Arão (Nm 16. 2). O argumento dos que incitaram a rebelião era que toda a congregação era santa e Moisés com Arão estavam se exaltando sobre ela.
Portanto, será que a semelhança de Israel não estamos caindo no mesmo pecado de murmuração? Quando reclamarmos do pão de cada dia que Deus coloca em nossa mesa e da liderança da igreja quando ela faz o que é correto?
As consequências das murmurações de Israel
Apesar de Israel murmurar contra Deus de várias forma no deserto, essas murmurações trouxeram consequências para o povo. A primeira consequência, os murmuradores não entraram na terra prometida. Da geração que saiu do Egito, apenas Calebe e Josué entraram na terra prometida (Nm 14.30), os outros morreram no deserto e apenas a geração que nasceu no deserto entraram na terra. A segunda consequência, pragas no meio do povo. Os dez espias que fizeram murmurar toda a congregação de Israel contra Moisés, maldizendo da terra, esses homens morreram de praga diante do Senhor (Nm 14.36,37). Por último, foram derrotados diante de seus inimigos. Moisés conta ao povo tudo o que Deus iria fazer com eles devido a seus pecados, com isso, eles ficam tristes e decidem derrotar seus inimigos para conquistar a terra prometida. Contudo, Moisés os advertem a não enfrentarem os seus inimigos porque Deus não seria com eles, o povo não deu ouvidos a palavra do Senhor sendo derrotados pelos amalaquitas e cananeus (Nm 14.44,45).
Em suma, podemos aprender que a murmuração pode trazer consequências graves a vida cristã. Ela impediu de Israel conquistar suas vitórias diante de seus inimigos, como também de alcançar a terra prometida.
Como vencer as murmurações
Diante disso, podemos nos perguntar: como o cristão vence as murmurações? Podemos vencer de três maneiras. Primeiramente, confiando na soberania de Deus. Toda a murmuração de Israel mostrava a sua falta de confiança em Deus, quando confiamos no Senhor a murmuração não tem espaço para ocupar o nosso coração. Cremos em um Deus bom, criador de todas as coisas, Ele não abandona o seu povo e nem entregou ao acaso, mas que dirige e governa conforme a sua santa vontade.[3] Segundo, grato a Deus. Quando murmuramos contra Deus, estamos mostrando através de nossos atos e palavras que não estamos satisfeitos com a sua providência e nem gratos pelas circunstâncias. Sobre isso, Paulo escreveu: “em tudo deem graças, porque esta é a vontade de Deus para você em Cristo Jesus” (1Ts 5.18). “Um coração grato jamais se dobrará diante das murmurações”. Terceiro, cânticos de louvor a Deus. Paulo escreveu para a igreja de Éfeso: "falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando com o coração ao Senhor (Ef 5.19). Paulo demonstra que uma das características de quem está cheio do Espírito Santo, é um coração voltado para o louvar a Deus. A ordem bíblica é: "quem está triste, ore. Quem está alegre, canta (Tg 5.13). O louvor no livra de toda murmuração, como diz certo hino da harpa cristã: “Em vez de murmurares, canta. Um hino de louvor a Deus”.[4]
Dessa maneira, louvando a Deus, grato diante de qualquer circunstância e confiando na sua soberania, jamais cairemos no pecado da murmuração. Por outro lado, se cairmos, Deus perdoará os nossos pecados se confessarmos a Ele (1Jo 1.9).
Conclusão
Portanto, a murmuração prejudicou extremamente a vida espiritual de Israel. As lições diante disso, é que o povo sofreu muitas consequências por causa desse pecado e muitos não alcançaram a terra prometida. Além disso, podemos guardar o nosso coração da murmuração com um coração grato a Deus, confiando na sua providência e louvando ao Senhor. Por último, seguindo a orientação bíblica:
Fazei tudo sem murmurações nem contendas (Fp 2:14).
Nem murmureis, como alguns deles murmuraram sendo destruídos pelo exterminador. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado (1Co 10:10,11).
Sidney Muniz
Notas:
sábado, 17 de julho de 2021
Comentário Bíblico Mensal: Julho/2021 - Capítulo 3 - A Vinda de Cristo e as Manifestações do Anticristo