quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Agosto/2017 - Capítulo 5 - Jesus: O Exemplo de Excelência em Oração




Introdução

Temos vários exemplos de orações no decorrer das escrituras. Mas nenhuma delas se compara com as orações de Cristo, ele é nosso maior exemplo nessa área, vamos tratar mais dessa parte nesse capitulo.

1. Jesus - Um homem de Profunda Oração

Sem duvida alguma não teve nenhum homem na Bíblia que foi tão profundo na oração como Jesus. Os discípulos perceberam a profundidade da oração de Cristo que eles chegam até pedir para ensinar eles, com certeza os discípulos percebera uma diferença muito grande na forma que Jesus buscava a Deus. Nos evangelhos a muitos registo de Jesus buscando ao Pai em oração, os autores dos evangelhos descreve Jesus como um homem que buscava de forma intensa a presença de Deus. Em uma ocasião que os discípulos não puderam expulsar um demônio de um homem, Cristo mostrou uma importante lição aos seus discípulos sobre a oração, dizendo que eles não expulsaram por não ter uma vida aprofundada na oração.

2. Jesus nos Ensina a Orar

Por Jesus ter uma vida profunda de oração como falamos anteriormente, isso chama atenção dos discípulos que eles chegam a pedir que Jesus ensine eles a orar. E Cristo ensina um modelo de oração que conhecemos como Pai Nosso, em cada parte dessa oração Cristo nos traz um aprendizado sobre a forma de orar, vejamos a oração do Pai Nosso:
Pai no nosso que esta nos céus, isso nos ensina que a oração deve ser dirigida unicamente ao Pai. Santificado seja teu nome, isso nos diz para adorarmos a Deus e louva-lo. Venha o teu reino, é um lembrete que devemos orar pelo plano de Deus em nossas vidas e no mundo. O pão nosso de cada dia, isso diz quanto as nossas necessidades básicas. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores, aqui nos lembra que devemos confessar os nossos pecados diante de Deus e assim perdoar as pessoas que nos ofenderam. Não nos deixe cair em tentação, isso é um pedido por socorro em alcançar a vitória sobre o pecado e proteção contra o diabo. Esse foi o exemplo de oração que Jesus ensinou os seus discípulos.

3. Jesus mostra seus Exemplo em Oração

Podemos perceber que Jesus não apenas ensinava aos seus discípulos como também fica evidente que ele mostrava tudo isso na prática. Quando foi para o mesmo escolher doze apóstolos passou a noite toda em oração, Jesus se retirava para lugares tranquilo para buscar a Deus em oração, isso fica bem claro nos evangelhos. Encontramos nos evangelhos Jesus orando no Getsêmani onde os discípulos dormiram e não acompanhou o mestre nem se quer uma hora orando, Jesus orou três vezes nessa noite. O exemplo de Cristo influenciou grandemente seus discípulos, podemos perceber isso em Atos dos Apóstolos onde eles se tornaram homens de oração, que possamos seguir o exemplo de Cristo sobre a oração.

4. Jesus Roga pelo Seus Discípulos


No capitulo 17 do livro de João temos a oração sacerdotal de Jesus pelos seus discípulos. Na oração, Jesus roga ao Pai que os discípulos tenham conhecimento de Deus como o único e verdadeiro Deus, como também ora para que eles sejam guardado de todo mal. Uma parte que chama atenção é o fato de Jesus pedir pela santificação do deles, e nos mostra que somente a verdade da palavra do Senhor pode santificar. De fato essa oração de Cristo é uma bela expressão de amor e cuidado pelos seus, Cristo demonstra nessa oração que cumpriu sua missão nessa terra enquanto esteve aqui. Depois da sua morte e ressurreição esta a interceder por todo aquele que crê em Deus. Que possamos aprender com o mestre Jesus Cristo; orar para que as pessoas tenham um conhecimento de Deus, por proteção, unidade e santificação do povo de Deus. 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Agosto/2017 - Capítulo 4 - A Oração em Tempos Difíceis



Introdução

Todo cristão passa por tempos difíceis, Jesus disse que no mundo teríamos aflições. Queremos mostrar forma que pode nos ajudar a enfrentar esses tempos de dificuldades, e só podemos vencer por meio da oração.

1. A Perseverança na Oração

Diante das dificuldades da vida, devemos perseverar em oração. Foi dessa maneira que Paulo aconselhou os irmãos de Roma na sua epístola: Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração. (Rm 12:12). Veja que Paulo está ensinando os irmãos que eles devem ter alegria na esperança diante das tribulações, porque eles deveriam ter essa alegria nas dificuldades? Porque nos capítulos 5 dessa carta ele diz que devemos nos gloriar nas tribulações porque ela produz resultados positivos na vida cristã, como: Paciência, experiência e esperança. Sabemos que é difícil encaramos os problemas muitas das vezes, mas devemos seguir a orientação do texto que nos ensinar a perseverar, ou seja, suportar com braveza as aflições, e a maneira de fazer isso é em oração. Jesus é o maior exemplo disse quando ele estava no jardim do Getsêmani.

2. A Eficácia da Oração nesses Tempos Trabalhosos

Paulo escrevendo para Timóteo disse que nos últimos dias virão tempos trabalhosos, porque os homens serão mais amigos do mundo do que do próprio Deus. Em tempos difíceis o que devemos fazer é permanecer em oração diante do Senhor, um exemplo disso é a igreja primitiva quando prenderam Pedro por causa da pregação do evangelho (At 12), a igreja ficou em oração, eram tempos difíceis que eles estavam enfrentando naquela época. No antigo Testamento percebemos que o rei Ezequiel quando estava sendo cercado por seus inimigos, eram tempos trabalhosos para eles, o rei entrou na casa do Senhor e o buscou em oração e assim obteve vitória. Assim que devemos fazer também nesses tempos.

3. Buscai Primeiro o Reino de Deus


Jesus disse que devemos buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça, e as outras seria acrescentada na nossa vida (Mt 6:33). Olhando para o contexto desse versículo, Jesus estava ensinando seus discípulos a confiar inteiramente na providência divina, ele mostra que o Pai alimenta as aves e veste os lírios do campo. Jesus cita esses exemplos para ensinar eles sobre a providência divina. Podemos concluir que quando Cristo falou sobre buscar o reino de Deus e sua justiça, ele estava falando de confiamos na poderosa providencia de Deus, nos seus cuidados e não ficarmos ansiosos quanto as coisas da vida porque Ele cuida dos seus, Ele mostra isso dizendo que as coisas serão acrescentadas em nossa vida, como: veste, comida e beber. 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Pequei! Perdi a Salvação? Por Carlos Vagner





Ao nos deparamos com os elementos doutrinários constituídos da fé de algum segmento religioso, temos em discussão o ponto de vista da confissão auricular que é um dos sete sacramentos (meio pelo qual a pessoa recebe graça), que tem por sua característica a confissão ao sacerdote e o mesmo pode perdoar os pecados em nome da Igreja e passa uma penalidade para o fiel.  Isso é um grande equivoco, pensar que o sacerdote ou a Igreja tem o poder de perdoar os pecados ou declarar perdão de pecados a alguém.  O perdão dos pecados acontece com o arrependimento e a confissão dos pecados a Deus, não é que não podemos confessar os nossos pecados a alguém, podemos sim, porém com o intuito de nos orientar, ajudar e apoiar, mas nunca para perdão dos nossos pecados. O interessante é que encontramos os mesmos ensinos dentro de algumas comunidades evangélicas, onde a liderança determina que você tem que confessar os seus pecados ao seu pastor, e há a distinção entre pecados e geralmente o pecado sexual é o mais grave nessas comunidades. Não quero tirar a gravidade dos erros cometidos, pois todos os pecados têm as suas consequências. Infelizmente, muitos têm a alma “católica”, mesmo sendo evangélico, pois a sua influencia no Brasil é muito grande.

Diante disso, surge uma pergunta hipotética: cometi um pecado, sou cristão, seguidor de Jesus e logo após morri. Fui para o inferno?

Essa é uma pergunta que no fundo é latente na alma de muitas pessoas. De fato essa duvida é de grande parte do mundo evangélico.

A Corrupção do Pecado

Precisamos entender que o homem é completamente corrompido pelo pecado, depravado totalmente, tanto que Paulo mostra a condição humana, descrevendo que todos pecaram e carecem da gloria de Deus, e que não há um justo sequer, ninguém que busque a Deus. Então a condenação eterna, é estabelecida pelo fato da culpa do homem, não simplesmente pelos seus pecados. Pelo estado que se encontra diante de Deus, por causa do pecado original (pecado transmitido de Adão e Eva a todos os homens), levando os homens a condenação eterna. O único meio para a retirada dessa culpa é o arrependimento e crença no sacrifico vicário de Jesus na cruz do calvário.

Nenhuma Condenação Há

O que as escrituras afirmam é que nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus Rm 8:1. Significa que você se arrependeu dos seus pecados, e creu Nele como seu Senhor e Salvador, então já não há mais nenhuma condenação. Sendo o caráter de Deus o padrão moral absoluto do universo, Deus manifesta a sua ira contra o pecado. Em seu sofrimento na cruz, Cristo se tornou objeto da ira plena de Deus. Cristo foi feito pecado por nós, Ele sofreu toda a fúria da ira do Deus santo contra a imundície, a rebelião e a maldade que provém do coração contaminado dos pecadores. Então, quando nos arrependemos, somos perdoados da culpa do pecado. Nesse momento ocorre a Justificação, a declaração para o pecador que agora ele está justificado diante de Deus, ou seja, pela justiça de Cristo e seu sacrifício na cruz em favor do homem, satisfazendo à ira de Deus. Então, quando Deus olha para o homem Ele vê a justiça de Cristo. Todos os nossos pecados são perdoados. A nossa culpa é retirada. Isso aconteceu com Lutero, Quando descobriu a justiça de Deus em Romanos 1.17: “o justo viverá pela sua fé”, foi ali que lançou de fora todas as suas vestiduras das obras meritórias e rendendo assim a graça salvadora mediante a fé somente em Jesus Cristo.

Pecadores Justificados

Contudo, isso não significa que deixamos de ser pecadores. Somos pecadores justificados e ainda temos no nosso corpo a natureza corrompida, pela qual somos inclinados a falhar e errar o alvo. A partir do momento da experiência da salvação, o que se estabelece é o sentimento de gratidão a Deus, procurando viver uma vida santa, justa e fiel, longe de viver na licenciosidade, nos apetites na nossa própria natureza pecaminosa, quem vive em harmonia com o pecado, nunca entendeu ou teve a consciência do evangelho, apenas brinca de religião. A experiência da salvação em Cristo, muda realidades interiores, na convicção inabalável que é de Cristo, ainda que tropece na caminhada. A roleta russa que muitos colocam a salvação, é um leso engano, pois se pequei estou no inferno, se estou me santificando estou no céu, torna a salvação meritória, com base totalmente no homem. Quando erra torna a mente escravizada ao pânico, e não liberta em descanso nas mãos do Salvador. Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós (1 Jo 1:8-10). Somos salvos com base na justificação e não nos nossos méritos. Estamos totalmente nas mãos de Deus, guiados pelo bom Pastor. Por isso, sou um pecador justificado, redimido, alcançado pela graça, sem possibilidade que os meus pecados me afastem das mãos do Salvador.  Afirmo sem sombra de duvidas que minha salvação está em Cristo e que não vivo sob a histeria religiosa, vivendo uma dubiedade existencial agonizante, mas sem cinismo e com gratidão. A descrição do salmista é maravilhosa, “Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir (salmos 139:16) ”. A minha salvação vem de Deus, pela graça somos salvos e isso não vem de vós é dom de Deus (Ef 2.8,9). 

Carlos Vagner!

O que é o Ministério Evangelho Avivado e o Comentário Bíblico Mensal?



O que é o Ministério Evangelho Avivado?

O Ministério Evangelho Avivado é uma organização evangelística sem fins lucrativos visando somente a evangelização do Senhor Jesus Cristo através das redes sociais. Também é uma organização que visa estudos bíblicos de qualidade totalmente imparciais visando passar aos estudantes da Palavra de Deus, o que a Bíblia Sagrada nos fala. Seja pelo site, seja pelas redes sociais do Ministério.

O que é o Comentário Bíblico Mensal do Ministério Evangelho Avivado?

Dentro do Ministério Evangelho Avivado, existe um estudo específico mensal cujo nosso foco é nos inteirarmos no devido assunto e explorá-lo, que é o Comentário Bíblico Mensal.
Cada mês de cada ano, a equipe de revisão do Ministério Evangelho Avivado convida uma pessoa bastante hábil nas Escrituras Sagradas para comentar um estudo específico à respeito do tema em questão. Este estudo envolve um conjunto de 5 capítulos sobre o estudo daquele mês. O estudo do mês contém 5 capítulos, 1 por semana, para estudo nosso.

Exemplo: Estudo Sobre o Sermão do Monte no mês de Maio de 2020: Serão 5 capítulos sobre este tema. Um capítulo por semana.

Como são organizados os estudos, os capítulos e por quem?

Os estudos são organizados e elaborados pela equipe de edição do Ministério Evangelho Avivado, equipe  totalmente voluntária de diversos membros de diversas cidades do Brasil,  já preparando todo o material de antemão para o comentarista se preparar bem em torno de 1 ano, e retornar com o comentário elaborado por ele para a equipe de edição. Os estudos englobam à partir de Janeiro de 2018: Texto bíblico Semanal em cada capítulo, Interação com Estudante, Introdução do estudo e os tópicos do estudo de cada capítulo do Comentário Bíblico Mensal.

Aonde encontro estes estudos?

Estes estudos poderão sempre ser encontrados em dois lugares. Em nossa Página no Facebook: www.facebook.com/evangelhoavivadocristao - Seção Notas. E no site do Ministério Evangelho Avivado: www.evangelhoavivado.blogspot.com - Seção Comentário Bíblico Mensal do ano em que corresponde o mês em que estudo acontece, selecionar o mês do comentário e verificar os estudos alí publicado. Ambos, tanto na Página quanto no site, estão sempre atualizados semanalmente.

O que são os Livros-Textos?

Livros-Textos são os livros que acompanham o Comentário Bíblico Mensal do mês. O autor do comentário bíblico do mês também escreve o livro com o mesmo título para uma maior compreensão do tema, com mais subsídios encontrados no livro. O livro geralmente tem em torno de 75 à 80, devido à ser um livro do tema do estudo do mês que o acompanha.

Aonde posso encontrar estes livros?

Você pode encontrar gratuitamente estes livros escritos pelos comentaristas em EBOOK, no próprio site do Ministério Evangelho Avivado: www.evangelhoavivado.blogspot.com.br, na seção do área Biblioteca Bíblica - Livros- Texto. Sempre quando se iniciar o mês iremos publicar o anúncio de um novo livro-texto que acompanhará o comentário bíblico mensal daquele mês. Ou ainda se preferir querer ler ele em impresso,  pode adquirir no formato impresso pelo site: www.clubedeautores.com.br (organização parceira de publicações). Os links estarão no site do Ministério Evangelho Avivado e nas redes sociais do Ministério. A parceria com o Clube de Autores, no formato impresso, cada livro comprado lá, a renda é destinada à empresa de reflorestamento, 100%. Visamos somente a proclamação do Evangelho.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Agosto/2017 - Capítulo 3 - Exemplos de Homens de Oração



Introdução

Nas sagradas escrituras temos vários exemplos de homens de Deus que buscaram a Deus em oração. Iremos citar alguns exemplos para que podemos aprender com os mesmos sobre a oração.

I. O Exemplo de Davi.

Davi foi um grande exemplo de oração, no Salmos 55:17 fica claro que ele orava três vezes ao dia. No livro de 1 Samuel nos mostra varias vezes Davi consultando ao Senhor quando ia saí para guerrear contra os seus inimigos. O Salmos 51 é dos mais conhecido onde o salmista pede a Deus que crie um coração puro e renove nele um espírito inabalável. Esse homem de Deus teve uma comunhão extraordinária com o Senhor. Que esse exemplo venha se refletir na nossa comunhão com o nosso Deus.

II. O Exemplo de Neemias.

Temos o exemplo desse grande homem de Deus que foi Neemias. Sabendo dos seus irmãos no palácio de Susã que não foram levados cativos para a babilônia e que se encontrava em Jerusalém, e esses se encontrava em estado de miséria. Neemias se compadeceu desses e passou a orar pelos seus irmãos que se encontravam em situação crítica, percebemos um homem orando cheio de compaixão pelo seu povo. O exemplo desse homem nos incentiva a orar pelos os missionários que estão pregando a palavra de Deus e que muitas vezes se encontra em momentos difíceis.

III. O Exemplo de Paulo.


Outro exemplo de homem de oração é o apóstolo Paulo. Em suas cartas percebemos no final que Paulo mostrava que estava orando pelos os irmãos, e não somente orando como também ensinando o valor da oração para as igrejas onde sua carta era endereçada. Para a igreja de Tessalônica ele disse que eles deveriam orar sem cessar (1 Ts 5:17), aos irmão de Roma Paulo ora pela a unidade deles (Rm 15:13), em Filipenses 1:9-11 ele ora para que o amor dos irmãos um para com o outro aumentasse mais a cada dia. Paulo nos deixa um exemplo de sempre oramos pela igreja de Cristo, pela unidade e crescimento espiritual dos irmãos. 

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

INVESTIMENTO BÍBLICO PESSOAL X INDIVIDUALISMO EVANGÉLICO: UMA REVISÃO DE FATOS ATUAIS



Recentemente no meio evangélico brasileiro na última década, cresceu a gama de muitos pregadores, ministros do evangelho, evangelistas e até professores bíblicos se alegrarem com um vasto crescimento de pessoas com sede de aprenderem mais do Senhor e da Sua Palavra (Sl 1). Mas infelizmente, temos um outro lado menos nobre e mais antropocêntrico, no sentido de investimento bíblico (até mesmo, dentro das redes sociais). Esse é um termo muito delicado que precisamos entender o seu "modus operandi".

Quando menciono o tema "investimento bíblico pessoal", falo de pessoas (pastores, educadores cristãos, ministros do evangelho, evangelistas) que tem grande envergadura bíblica correta e sincera, mas que não passam esse conhecimento à frente (o que é errado), ou não investem em pessoas que haverão de guiar rebanhos, institutos bíblicos para às próximas gerações. Não menciono aqui, cursos bíblicos ou faculdades teológicas que são pagas (o que não entra em questão aqui devido às questões financeiras), mas aquelas que todos tem oportunidade de participarem e de serem os próximos professores de EBDs, pastores, educadores cristãos, evangelistas e líderes de grupos de estudos que levarão à frente esta nação, regida pela palavra de Deus. É importante frisar que é o nosso dever enfatizarmos a importância real e plena de que devemos sempre pensar na próxima geração. Paulo doutrinou o jovem líder da igreja de Éfeso, Timóteo, de forma à ser uma pessoa extremamente capacitada, moral, ética e espiritualmente. O Senhor Jesus Cristo passou-lhes o ensino adequado para as situações que lhes passariam (Mt 10; Lc 10).

Nós devemos também executarmos esta grande missão confiada pelo Senhor (Mt 28.19), de modo que muitos venham à ser instruídos de forma correta, e jamais sermos soberbos ou pensarmos em nós mesmos. Roguemos ao Senhor que possamos passar para às próximas gerações, um ensino fiel, pleno e digno das Sagradas Escrituras (Mt 22.29; Jo 5.39; 2 Tm 3.16,17).

domingo, 13 de agosto de 2017

Más Companhia


Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes (1Co 15:33).

O apóstolo Paulo ao escrever para a igreja de Corinto trás uma advertência para os irmãos, alertando - os a tomar cuidado a cerca de assuntos que envolve o cristianismo; e o assunto que Paulo tratou nessa época foi sobre a ressurreição dos mortos que estava gerando dúvidas os irmãos. No capítulo 15 ele trás uma ótima ou podemos assim dizer, defesa da ressurreição de Cristo Jesus. 

Mas no texto de 1Co 15:33 o apóstolo do Senhor adverte os cristão, sobre as amizades que os mesmos estavam se envolvendo, porque na cidade de Corinto as pessoas não acreditavam na ressurreição dos mortos, podemos vê isso claramente quando Paulo visitou a cidade de Atenas, ele falou de Cristo, da sua morte e ressurreição dos mortos. Ao ouvirem isso de Paulo, as pessoas zombavam porque a cidade não acreditava nisso. Mas quando ouviram falar em ressurreição de mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos ainda outra vez (At 17:32).

Por isso, Paulo no capítulo 15 faz uma defesa perfeita dessa doutrina, no caso a ressurreição de Cristo. Nos primeiros versículos percebemos isto de forma clara: 

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras;que apareceu a Cefas, e depois aos doze; depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormiram; depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos (1Co 15:3-7).

Aqui percebemos duas provas dessa doutrina, o testemunho das escrituras e as pessoas que presenciaram a ressurreição de Jesus. Além do mais, se não existe a ressurreição; logo a fé do cristianismo é vã e não serve de nada (1Co 15:14).

Após o apóstolo Paulo mostrar varias provas da ressurreição de Cristo, ele aconselha os irmãos da igreja com as seguintes palavras que queremos analisar: 

Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes (1Co 15:33). 

O que Paulo quis dizer não vos enganeis? Ele estava dizendo para a igreja tomar cuidado; ficar em alerta, ou seja, não se deixar levar por falsos argumentos. Em seguida Paulo diz: As más companhias corrompem os bons costumes. As companhias aqui podemos entender como: amizades ou comunhão. Portanto, o apóstolo do Senhor Jesus admoesta os irmãos a tomarem cuidado com tipo de amizade que eles estavam adquirindo; porque elas acabariam prejudicando a compreensão deles sobre a doutrina da ressurreição de Cristo. Em outras palavras, Paulo estava advertindo a igreja a se apartar de pessoas que negam completamente o ensino da ressurreição de Jesus, contudo, se eles não se apartassem desses, a influência deles acabaria corrompendo os costumes cristão. 

Quero aqui destacar três tipos de más companhias diante das escrituras:

1. Os falsos Mestres.

Jesus certa vez disse aos seus discípulos: Olhai, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus (Mt 16:6). O fermento aqui pronunciado por Cristo, é a doutrina dos fariseus e saduceus conforme o contexto da passagem. Jesus alerta os discípulos a não se associarem com essas doutrinas e nem com os ensinadores delas; porque as mesmas perverteria a compreensão pura do evangelho de Cristo. Paulo assim como Jesus, alertou a igreja de Filipo dizendo: Acautelai-vos dos cães; acautelai-vos dos maus obreiros; acautelai-vos da falsa circuncisão (Fp 3:2). 

2. Os descrentes.

Encontramos o apóstolo Paulo falando para igreja de Corinto: Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? (2Co 6:14,15). Paulo demonstra claramente aqui que, não há nenhuma harmonia entre o cristão e o incrédulo. Entretanto, ele demonstra isso por meio de um jugo, usando como referencia uma passagem de Deuteronômio 22: 10 que diz: Não lavrarás com boi e jumento juntamente. Não tinha como lavrar uma terra com um boi e um jumento sobre o mesmo jugo, porque na lei ensinava que o boi era um animal limpo e o jumento imundo (Dt 14:1-8). A ideia de Paulo fica evidente que, não era compatível uma amizade íntima entre um incrédulo e um cristão, pois são jugos completamente diferentes. Porém, não devemos entender que, um cristão não pode falar com uma pessoa que não é cristã, as escrituras em nenhuma parte ensina tal pensamento. Jesus conversava com publicanos e pecadores como diz Marcos 2:15-17, só que, a conversa de Cristo era de levar aquelas pessoas ao caminho da salvação. Será que nós temos seguido o exemplo de Cristo? De levar pessoas próximas que não são cristãs ao caminho da salvação.

3. Os falsos crentes. 

Paulo trata bem dessa questão sobre os falsos crentes, quando escreveu sua primeira carta para igreja de Corinto:

Já por carta vos escrevi que não vos comunicásseis com os que se prostituem; com isso não me referia à comunicação em geral com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem sequer comais. Pois, que me importa julgar os que estão de fora? Não julgais vós os que estão de dentro? (1Co 5:9-12).

É importante analisarmos a palavra empregada por Paulo, não vos comuniqueis, ela tem a mesma ideia do que ele falou no capítulo 15:33 sobre as más companhias. Essa comunicação tratada por Paulo, fala de uma intimidade entre duas pessoas, e a ideia que o apóstolo está passando para os irmãos da igreja era que eles deveriam se afastar desses pseudos crentes; porque se os mesmos não seguissem o seu conselho, se tornariam igual esses que se intitulavam cristãos, mas de fato não eram coisa alguma. 

Conclusão. 

Portanto, as conclusões que podemos tirar das más companhias são varias, mas podemos destacar que elas tem um poder de corromper todo bom costume como Paulo mesmo declarou. É por isso que devemos estar atentos sobre os tipos de companhia em que estamos nos envolvendo, seja na igreja, no trabalho, escola ou em qualquer lugar. Devemos ter em mente o conselho prático de Provérbios 13:22 que diz: Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição. Desse modo, devemos buscar amizade que nos leve para mais perto de Deus e não naquelas que nos distancie dEle. Sendo assim, devemos nos afastar dos falsos crentes, falsos profetas e descrentes. Porque nenhuma dessas amizades trás edificação para alma, por isso, devemos sempre ter em mente que a comunhão com Deus sempre deve está em primeiro lugar. É necessário diante disso, sermos sinceros com nós mesmos, fazendo pergunta: será que as minhas amizades estão me levando para mais perto de Deus? Será que estou influenciando ou sendo influenciado? Será que estou me comportando igual a Jesus diante dos descrentes, no sentido de levar eles a Cristo?

Pense bem sobre as suas companhias. 


Sidney Muniz 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Agosto/2017 - Capítulo 2 - Frutos da Oração



Introdução

Nessa parte desse comentário queremos mostrar os frutos de uma oração. Quando desenvolvemos uma vida de oração ao nosso Deus, frutos acontecem por meio desse relacionamento com o Criador.


I. A Oração lhe mostra seus Pecados e Delitos.

Por meio da oração Deus nos mostra em qual área estamos errando. Um exemplo disso é sobre a nação de Israel quando eles saíram do Egito e caminharam para terra prometida sobre a liderança de Josué, conquistaram a cidade de Jericó, mas quando subiram contra a cidade de Ai perderam completamente. Josué busca a Deus em oração e o Senhor lhe mostra onde eles tinham errado. Depois que Josué ter descoberto por meio da oração o pecado do povo, eles subiram contra a cidade de Ai e derrotaram e tiveram vitória (Js cap 7,8).

II. A Oração lhe dá Saúde e Vigor

No texto de Tiago 5: 14 - 15 nos é dito que se alguém esta doente, devemos chamar o presbítero da igreja para orar sobre o doente; e a oração da fé salvará o mesmo, se ele tiver cometido pecado deve ser perdoado e assim a oração da fé salvará a pessoa acometida de tal enfermidade. Por meio desse texto percebemos que a oração traz saúde e vigor.

III. A Oração lhe dá Maturidade Espiritual e Moral


Paulo escrevendo aos Tessalonicenses disse: orai sem cessar (Ts 5:17). Aqui o apóstolo do Senhor estava mostrando a importância da oração e o dever de sempre buscar a Deus, mas aqui podemos entender também que por meio da oração; passamos a obter maturidade espiritual por meio desse relacionamento com Deus, que vai afetar claramente na nossa conduta moral.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Agosto/2017 - Capítulo 1 - O que é a Oração



Introdução

O que é oração? Podemos definir a oração como a respiração da alma, ou até comparar a oração como um combustível de um carro, sabemos que sem o combustível o carro não anda, do mesmo modo não tem como um cristão viver uma vida cristã sem a oração. Podemos definir a oração também como único meio que o cristão tem de falar com Deus, o Senhor tem várias formas de falar com o seu povo, mas nós só tememos uma forma de falar com Deus, que é por meio da oração.
Vejamos como alguns homens de Deus entendia a oração:
"A oração é o encontro da sede de Deus e da sede do homem."
Agostinho de Hipona (354-430 d.C)

"Atualmente estou tão ocupado que não posso passar menos de quatro horas por dia na presença de Deus."
Martinho Lutero (1483-1546)

"Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração."
John Bunyan (1628-1688)

"Sempre que Deus tenciona exercer misericórdia para com seu povo, a primeira coisa que faz é levá-lo a orar."
Matthew Henry (1662-1714)

"Pela fé e pela oração, fortaleça as mãos frouxas e firme os joelhos vacilantes. Você ora e jejua? Importune o trono da graça e seja persistente em oração. Só assim receberá a misericórdia de Deus."
John Wesley (1703-1791)

"Tenho passado dias e até semanas prostrado ao chão, orando, silenciosamente ou em voz alta."
George Whitefield (1714-1770)


1. O propósito da Oração

A oração tem como seu principal propósito a glória de Deus. Jesus disse aos seus discípulos que se eles perdi-se em seu nome Ele o faria para que o pai fosse glorificado (Jo 14:13). Logo entendemos que a oração não tem o objetivo de engrandecer o homem, mas sim a Deus o criador do universo.
Todos aqueles que se aproxima do Senhor por meio da oração deve ter em mente a Sua gloria. 

2. Como devemos orar

A palavra de Deus nos ensina como devemos orar a Deus. E umas das formas que devemos orar é com fé, sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11: 6). Jesus nos montes das oliveiras ensinou seus discípulos como se deve orar. Ele mostrou que se deve entrar no quarto (aqui ele estava falando de um lugar privado) e orar ao pai em secreto, isso Jesus estava indo contra orgulho que havia entre os fariseus, eles tinham transformado a oração como um meio de buscar glória para si (6:6). Sempre que nos aproximamos de Deus por meio da oração devemos fazer com humildade, sinceridade e reverencia. 

3. Uma relação intima com o Senhor

A oração podemos dizer e como muitos sabem, é falar com Deus. Sem orar não temos como ter uma relação intima com o próprio Senhor criador dos céus e da terra. A Bíblia mostra claramente que vários homens de Deus tiveram uma relação intima com o nosso Deus por meio da oração, assim devemos ter também e apresentar a Ele todas as nossas petições. Um exemplo de uma intima com Deus foi Jesus na sua oração sacerdotal em João 17.


terça-feira, 1 de agosto de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Julho/2017 - Capítulo 5 - A Oração de Habacuque



Introdução

Habacuque pede a Deus que implemente (aviva) a sua obra. Ora, a obra maravilhosa e admirável é o suscitar dentre as nações os caldeus, e que, ao longo dos anos os homens haveriam de conhecê-la. Embora fosse anunciado pelos profetas que Deus haveria de levantar os caldeus para castigar o povo de Israel, quando os profetas contavam a maravilhosa obra, o povo não cria. Eles não se arrependeram e veio o cativeiro conforme a visão dos profetas "...vós não crereis, quando vos for contada" (Hc 1:5).

I. A Reflexão de Habacuque

Depois que Deus revela a Habacuque os seus desígnios, ele orou ao Senhor. O capítulo 3 do livro de Habacuque e uma oração em forma de cântico. É um salmo profético!
Ao ouvir a palavra de Deus, Habacuque teme, ou seja, ele deposita confiança em Deus. O temor ao Senhor é proveniente dos seus ensinos. Após ter ouvido, ele creu em Deus, ou seja, ele segue o que disse Miquéias "A voz do Senhor clama à cidade, temer-lhe o nome é sabedoria. Escutai a vara, e quem a ordenou" (Mq 6:9). Embora a obra do Senhor que Habacuque faz referência era o suscitar dos caldeus contra Israel e Judá (Hb 1:6), ele não teme e pede a Deus que implemente (avive) a sua obra. Deus haveria de levantar os caldeus contra o povo de Israel, porém, Habacuque confia na misericórdia do Senhor.
Habacuque sabia que os caldeus eram um povo feroz e impetuoso, e que, segundo o oráculo que viu, Judá e Israel seriam levados cativos, porém, à vista deste quadro de sofrimento e ignomínia, ele confia na misericórdia de Deus "Fez com que deles tivessem compaixão os que os levaram cativos" (Sl 106:46).
Em nossos dias este versículo tem um valor totalmente diverso da ideia que Habacuque procurou evidenciar. Perceba que Habacuque não pede um avivamento 'espiritual', o que é comum interpretarem em nossos dias. Ele ora a Deus que realize a sua obra, ou seja, a mesma obra anunciada na primeira visão "Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos, porque realizo em vossos dias uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada. Suscito os caldeus..." (Hc 1:5 -6).
Perceba que a oração de Habacuque é segundo a vontade de Deus, ou seja, ele não pede que Deus livre a Israel do castigo, antes que os caldeus venham segundo a palavra anunciada. Mesmo sabendo que os caldeus viriam, a confiança de Habacuque não é abalada! Ele confia que o povo de Israel seria preservado "Nós não morreremos", pois os caldeus somente foram estabelecidos para castigar o povo de Israel (Hb 1:12).
Habacuque pede a Deus que implemente (aviva) a sua obra. Ora, a obra maravilhosa e admirável é o suscitar dentre as nações os caldeus, e que, ao longo dos anos os homens haveriam de conhecê-la. Embora fosse anunciado pelos profetas que Deus haveria de levantar os caldeus para castigar, quando os profetas contavam maravilhosa obra, o povo de Israel não cria. Eles não se arrependeram e veio o cativeiro conforme a visão dos profetas "...vós não crereis, quando vos for contada" (Hc 1:5).

II. A Supremacia do Senhor

Por intermédio da palavra de Deus o homem tem vida e vida em abundância. Ora, Deus dá vida àquele que é participante da água que faz jorrar uma fonte para a vida eterna. É possível a quem bebeu da água da vida tornar a ter sede? A resposta é 'Não'! Do mesmo modo que é impossível àquele que beber da água que faz jorrar uma fonte para a vida eterna ter sede novamente, é impossível a ideia apregoada de avivamento para a igreja de Cristo (Jo 4:13 -14).
A igreja de Cristo é viva e não dorme. Ela é perfeita, pois o Senhor a estabeleceu para ser templo e morada do Espírito. A igreja de Cristo não precisa de avivamento, pois jamais a igreja tornou-se morna.
Perceba que há um grande diferencial entre o que Habacuque pediu, que é: implemente (aviva) a tua obra, da ideia que muitos apregoam: Deus trará um avivamento para a sua igreja. A obra que Habacuque fez referência não tem relação alguma com a igreja. Enquanto Habacuque pede misericórdia por causa da obra que estava por vir, a igreja só está a aguardar a nova terra onde habita a justiça.
Embora Habacuque estivesse temeroso com relação a vinda dos caldeus (a obra maravilhosa e admirável suscitada dentre as nações), após ouvir a palavra do Senhor, ele creu. O temor não mais existia, pois estava confiando no amor e na misericórdia de Deus. Liberto do medo, Habacuque espera que Deus realize a sua obra e a torne conhecida de todos os homens (v. 2).
Ora, se o 'avivamento' fosse algo desejável do ponto de vista humano Habacuque não clamaria por misericórdia (Hc 3:2). Habacuque também não estaria esperando o dia da angustia do seu povo (Hc 3:16 b).
Apesar da aflição do seu povo, Habacuque expressa quão grande é a glória de Deus: ela cobre os céus. Ele descreve que a Terra encheu-se do seu louvor, isto porque na terra Deus estabeleceu uma das suas maiores obras: fez dos homens Seus filhos (v. 3); (Ef 1:11 -12).
O resplendor da glória de Deus se fez como a luz, revelou Deus aos homens (Jo 1:18). A luz de Deus que ilumina os homens (v. 4) (Jo 1:9). O resplendor da glória de Deus é inacessível aos olhos dos homens, porém, ao se fazer luz, 'vimos a glória do Unigênito de Deus'!

III. Ainda que a Figueira não Floresça

Habacuque utiliza a figura do mar e das águas para falar das nações (v. 15). Do mesmo modo, João na ilha de Patmos utilizou a figura das águas e do mar para fazer referência as nações da terra: "Então o anjo me disse: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas" (Ap 17:15).
Ao ouvir a voz do Senhor que marcha entre os povos da terra, o profeta Habacuque sente temor e tremor, visto que a sua carne não suporta a voz do Altíssimo. Por não poder suster-se em pé, Habacuque considera que a podridão acometeu os seus ossos (v. 16).
Apesar de toda glória revelada, o profeta aguarda a invasão dos caldeus, que prefigura o dia da angustia, o tempo da grande tribulação (v. 16b; Mt 24:21).
Diante desta revelação maravilhosa, o profeta que estava orando ao Senhor irrompe em adoração. Ainda que as maiores adversidades acometessem a existência de Habacuque, todavia o profeta estaria alegre no Senhor. O exultar do profeta é a salvação de Deus, apesar dos contra-tempos desta vida.
Habacuque apresenta um quadro de transtorno das coisas naturais: não florescer a figueira; a vide não produzir frutos; a oliveira não produza; os campos não produzam mantimentos; as ovelhas exterminadas; os currais não tenham gado. Ora, os homens confiam piamente na natureza, pois ela não os decepciona. Alegram-se quando vêem o que a natureza produz, porém não esperam no Deus da nossa salvação.
Ao final da sua oração Habacuque bendiz ao Senhor. Por confiar em Deus, Ele tornou-se a força do profeta. Os pés do profeta serão ágeis e fortes como os pés das corças. As corças andam por lugares inatingíveis a outros animais do campo, e o profeta, segundo a força do Senhor, trilhará caminhos altos.
Este trecho final da oração de Habacuque é semelhante a fala de Paulo: "Não digo isto por necessidade, pois já aprendi a contentar-me em toda e qualquer situação (...) Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fl 4:11 -13). O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza dos homens!